O cabo guarda-vidas Túlio Ancelmo Borges Meneghelli, atualmente lotado no quartel de Macaé, está revoltado. Ele conta que veio com a mulher Cléia Borges participar de uma manifestação que seria pacífica, em frente ao quartel central do Corpo de Bombeiros.
Borges disse que por volta das duas da madrugada, os policiais começaram a jogar bombas, que não seriam apenas de efeito moral.
— Eu via clarões no céu. Eram bombas mesmo.
Foi nesse momento que a mulher de Borges, grávida de três meses, começou a ter sangramento.
— Eles não deixaram chamar o médico oficial de plantão.
Socorro só de manhã
Somente por volta das nove da manhã, o casal conseguiu sair do quartel e buscou atendimento em uma ambulância do Samu. Cléia foi levada para uma maternidade para confirmar o aborto.
— Temos dois filhos e esse seria o meu terceiro. Se perdeu uma vida. Vou tomar todas as atitudes cabíveis. Não tenho medo de retaliação. São mais de nove anos de corporação para ver uma coisa dessas. O pior é que estão obrigando nossos amigos de farda a tomar essas atitudes. O governador está fazendo o papel de covarde. Ele sustenta a família com R$ 950?
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