A Justiça proibiu nesta quarta-feira a realização da Marcha da Maconha em Campinas (93 km de SP). A manifestação está marcada para sábado (28).
Na decisão, o juiz Maurício Henrique Guimarães Pereira Filho, da 5ª vara criminal de Campinas, diz que não cabe a ele julgar sobre a pretensão de descriminalização da maconha, mas sim "analisar e, eventualmente, coibir práticas que encontram moldura em tipos penais incriminadores e que nada têm a ver com a pretensão salutar de ver alterada legislação penal".
A marcha da maconha em São Paulo também foi proibida, um dia antes de acontecer. O evento estava marcado para o último sábado (21). Sem poder fazer alusão à maconha, os manifestantes saíram em passeata em nome da liberdade de expressão.
A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar o ato, que bloqueou a avenida Paulista. Dois policiais militares foram afastados ontem (25) sob suspeita de terem cometido abusos na confusão.
Imagens da TV Folha mostram a violência da polícia. Um repórter foi atingido por jatos de spray de pimenta por um PM e por uma agente da Guarda Civil Metropolitana. A agente da GCM ainda atacou o repórter --que portava crachá-- com um golpe de cassetete.
A PM atribuiu a reação à necessidade de cumprir a ordem judicial que proibiu o ato.
Os integrantes da marcha prometem novo manifesto no sábado, contra a repressão policial, no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Manifestantes entraram em conflito com policiais em protesto contra a proibição da Marcha da Maconha, em SP |
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