O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Régis Pitbull luta contra o vício do crack
Com voracidade e raiva, o crack abocanhou a vida de Régis Pitbull, ex-atacante do Vasco e do Corinthians. O sempre alegre jogador tenta superar uma depressão e se livrar da droga, internado em uma clínica em Amparo (SP). O sonho é voltar a jogar pela Ponte Preta, clube que o revelou, e que agora abre as portas para uma partida de despedida.
— As amizades ruins grudaram nele por causa do dinheiro, e aí ele começou a comprar o crack, que o derrubou. Já fazia tempo que estava na maconha — conta o amigo e ex-empresário do jogador, José Anchieta.
Sem conseguir se recuperar totalmente de uma contusão no joelho, Régis desanimou e se entregou ao vício. Foi suspenso pelo uso da erva já em 2008, num clube da segunda divisão de Minas Gerais.
Sem o futebol e já com 34 anos, ficou sem renda e foi obrigado a vender um apartamento de luxo no Guarujá, área nobre paulista. A família ficou desamparada. A mãe, de 60 anos, e as duas irmãs hoje vivem com dificuldade.
— Todo mundo depende dele. Fica meio difícil com ele sem trabalhar. Ainda não passou a fase ruim. Ele está aos poucos tentando se manter sem a droga — conta a irmã Tiffany, de 23 anos.
Régis tem duas filhas que vivem com a ex-mulher, e não passam por problemas. Depois de deixar a primeira clínica por problemas disciplinares, agora o jogador aceita a ajuda.
— Ele está aceitando o tratamento a cada dia que passa. Só sai de lá quando tiver curado, ele mesmo disse — relata a irmã do jogador, que recebe um auxílio de uma academia de ginástica de um amigo de Régis em Campinas para as despesas da família.
Alexandre Rodrigues, presidente da ONG Ponte Preta, que ofereceu ajuda, desde o início, ao ex-jogador do clube, lembra uma partida da qual Régis participou, no ano passado. Na época, o jogador não dava indícios de que estava viciado em drogas.
— Fizemos festa em Campinas para ex-atletas e o Régis foi convidado, parecia estar tudo bem. A gente não identificou problemas com droga.
Como um cão raivoso, o crack dilacerou a vida de Régis Pitbull. A ferida está cicatrizando. A cicatriz não sumirá.
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