Aproximadamente 500 manifestantes participam nesta quinta (01) de novo ato contra o governador Geraldo Alckmin. O protesto começou por volta das 17 horas em frente à prefeitura de São Paulo com cerca de 200 pessoas. Em seguida interditou a avenida 23 de Maio e ocupou as duas faixas da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, até chegar à Avenida Paulista. Por lá, políciais militares se dividiram em acompanhar o grupo e proteger as agências bancárias, que foram palco de depredações em outro ato desta semana.
De acordo com informações da Polícia Militar, três pessoas foram detidas após tentarem invadir uma rede de farmárcias na esquina da rua Bela Cintra e encaminhadas para o 78º DP. Entretanto, manifestantes afirmam que mais pessoas foram levadas pela PM. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), chegou a registrar 157 quilômetros de filas às 2 horas e pediu que os motoristas evitassem a região.
Cinquenta policiais militares trabalharam no início da operação e foram colocadas grades amarradas e parafusadas em frente à prefeitura, para evitar tentativas de invasão.
O major Genivaldo Antônio foi até o grupo e afirmou que a PM pretende garantir a segurança de todos e que irá agir caso ocorra qualquer tipo de depredação. Um dos manifestantes que não quis se identificar afirmou que "na frente das câmeras a polícia é cidadã, bacana".
Organizado nas redes sociais, o ato tem como objetivo pedir também o fim da repressão da Polícia Militar. Mais de 600 pessoas confirmaram presença na página.
Foram colocadas grades amarradas e parafusadas em frente à prefeitura para evitar depredação
Encabeçado pelos chamados black blocs - manifestantes mascarados que utilizam da depredação para chamar a atenção para suas reivindicações - o movimento promete não deixar as ruas da cidade enquanto Alckmin estiver no posto.
Na última terça (30), cerca de 300 pessoas fecharam vias importantes de São Paulo em um protesto contra o governador. Durante o ato, alguns manifestantes depredaram agências bancárias e entraram em conflito com a Polícia Militar. No final, cinco participantes foram presos e encaminhados para a cadeia, onde aguardam o julgamento.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os quatro homens e uma mulher são acusados de pelo menos quatro crimes. Outros quinze manifestantes foram detidos e levados para o 14º Distrito Policial no mesmo dia, mas liberados depois de prestarem depoimentos.
MPL de volta
Já no próximo dia 14, o Movimento Passe Livre (MPL) anunciou por meio de sua página oficial no Facebook que voltará às ruas. O grupo, que ganhou fama após os atos pela diminuição do preço da passagem de ônibus e levou mais de 100 mil pessoas às ruas em junho, luta agora contra uma suposta fraude nas licitações do Metrô e CTPM que podem chegar a 400 milhões de reais.
O local da concentração ainda não foi definido e deverá ser divulgado na próxima terça (6) por meio de uma carta aberta à população. O protesto será realizado em parceria com o Sindicato dos Metroviários e o Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto.
Policias acompanham o grupo de manifestantes pela avenida 23 de Maio