O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
domingo, 13 de janeiro de 2013
Cantor Gospel Marquinhos Menezes É Consagrado Pastor Da ADVEC
Cantor gospel Marquinhos Menezes é consagrado pastor da ADVEC.Neste último domingo (6), o cantor Marquinhos Menezes, integrante do casting da Central Gospel Music, foi ordenado pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC). A cerimônia aconteceu durante o Culto de Santa Ceia realizado no templo provisório da sede da ADVEC na Penha (RJ). Na ocasião, o pastorSilas Malafaia, presidente da igreja, ordenou pastores e diáconos ao ministério.
Marquinhos Menezes e sua esposa Lilian cantam juntos há mais de 10 anos e fazem parte da gravadora Central Gospel Music.
Marquinhos Menezes é membro da ADVEC no bairro do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Líder de louvor da igreja, o cantor, agora também pastor, começou a estudar música desde cedo, aos 14 anos de idade, e já participou de grandes trabalhos na música gospel, tanto em bandas como em gravações solo ou fazendo backing vocal e produção de voz.
O último CD do cantor ‘Eu Creio’, no qual faz dupla com sua esposa Lilian Azevedo, mostra bem o estilo que os caracteriza: adoração congregacional.
O título do álbum resume a mensagem de fé que Marquinhos e Lilian desejam transmitir e expressa em sua totalidade o ministério cotidiano do casal: música, palavra e ministrações.
Agora ordenado pastor, Marquinhos Menezes continuará desenvolvendo seus ministérios frutíferos, tanto na parte musical como no pastoreio de vidas.
Adquira o CD ‘Eu Creio’ no site da Editora Central Gospel ou pelo televendas (21) 2187-7000 .
Perlla Cantora Gospel Anuncia Que Está Grávida Da Segunda Filha
Perlla cantora gospel anuncia que está grávida da segunda filha. O ano de 2013 promete ser diferente para Perlla. A cantora, que está prestes a lançar o seu primeiro CD gospel, divulgou nesta sexta-feira (11) que está grávida de cinco meses de mais uma menina.
Perlla soube da gravidez há um mês. Após sentir muito enjoo e notar que não estava emagrecendo, resolveu fazer teste de farmácia.
O resultado positivo foi confirmado depois com exame de sangue. “Fiquei radiante quando descobri. Filho é bênção de Deus. Tenho certeza de que é um novo tempo em minha vida”, revelou a cantora, que já é mãe da pequena Pérola, de nove meses, fruto também de seu casamento com Cássio Castilhol.
A jovem de 24 anos garante que está feliz, bem disposta e que pretende trabalhar até os nove meses da gravidez na divulgação de seu novo CD ‘A minha vida mudou’, previsto para ser lançado em fevereiro pela Central Gospel Music.
Não é à toa que a cantora está a todo vapor na gravação dos clipes e dos últimos preparativos para o lançamento.Informações Verdade Gospel
Pastor Diz Que Ajuda De Zeca Pagodinho Foi Fundamental Em Xerém RJ
Pastor diz que ajuda de Zeca Pagodinho foi fundamental em Xerém RJ.Enquanto as autoridades públicas ainda estão estudando como ajudarão as centenas de pessoas desabrigadas pelas fortes chuvas que atingiram Xerém, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, organizações civis arregaçam as mangas, a exemplo do cantor Zeca Pagodinho – um dos primeiros a ajudar as vítimas.
Na Primeira Igreja Batista de Xerém, onde doações estão sendo arrecadadas, o exemplo do artista ainda repercute. “A ajuda de Zeca Pagodinho e dos seus amigos e família foi fundamental. Eles chegaram antes do poder público e deram os primeiros socorros às pessoas que tinham acabado de perder tudo”, conta o pastor Ângelo Bemvindo.
A família do cantor continua ajudando os desabrigados, organizando as doações na igreja juntamente com amigos e empresários. “Conseguimos montar uma estrutura como o que temos aqui, oferecendo cerca de 1,5 mil refeições por dia para as pessoas”, disse o pastor.
O cantor foi um dos primeiros a ajudar as vítimas da chuva em Xerém
Histórico de deslizamentos
Em janeiro de 2011, a baixada fluminense enfrentou a maior tragédia climática da história do Brasil. Foram 918 mortos e mais de 215 desaparecidos após as fortes chuvas que atingiram sete municípios da região. As cidades mais atingidas foram Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.
Em janeiro de 2011, a baixada fluminense enfrentou a maior tragédia climática da história do Brasil. Foram 918 mortos e mais de 215 desaparecidos após as fortes chuvas que atingiram sete municípios da região. As cidades mais atingidas foram Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.
No ano anterior, em 2010, uma série de deslizamento deixou 30 mortos em Angra dos Reis nas primeiras horas do dia 1º de janeiro. O deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e sete casas na Ilha Grande, matando pelo menos 19 pessoas. No continente, 11 pessoas morreram em outro desmoronamento.Informações Terra
Gabrielli fala de tudo, menos Petrobrás
De olho no eleitorado baiano, o presidente que mais durou à frente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, evita citar a empresa em seu programa semanal de rádio, transmitido em toda a Bahia desde maio do ano passado.
Procedimentos adotados na gestão do presidente Gabrielli, de 2005 a 2012, são apontados por especialistas como corresponsáveis pela atual situação da empresa, que registrou prejuízo recorde no segundo trimestre do ano passado e convive com a estagnação da produção de óleo e gás a partir de 2010.
Em nenhum dos 35 programas até agora transmitidos o ex-presidente elegeu a Petrobrás como tema. Os assuntos abordados por ele são variados, como o crescimento da produção de coco, as oportunidades de emprego e renda geradas pelos festejos de São João, os vinhos baianos e o turismo religioso.
Embora não admita, Gabrielli pleiteia disputar no PT da Bahia a indicação para concorrer em 2014 ao governo do Estado. O atual governador, já em segundo mandato, é o petista Jaques Wagner, que, assim que Gabrielli foi demitido da Petrobrás pela presidente Dilma Rousseff, nomeou-o secretário estadual de Planejamento.
Royalties. Em um só programa, o de 15 de novembro, Gabrielli falou de petróleo, ao abordar a polêmica em torno da divisão dos royalties.
Em pouco mais de três minutos, ele expôs com didatismo a questão, previu uma contenda judicial provocada por Estados prejudicados (Rio de Janeiro e Espírito Santo) e comemorou a possibilidade de vir mais dinheiro para seu Estado.
"Para a Bahia, essa mudança vai ser muito positiva. (...) Devemos ter um salto de 2,1% na participação dos royalties para 9,4% já a partir de 2013. Em 2010, a Bahia recebeu em torno de R$ 200 milhões de royalties.
Isso sem considerar os valores repassados aos nossos municípios. Se a lei estivesse em vigor teríamos acréscimo de mais R$ 560 milhões em 2010", disse Gabrielli.
Eleição. O secretário tem no programa "Encontro com Gabrielli" a oportunidade de tornar-se mais conhecido no interior da Bahia. Baiano de Salvador, formado em economia pela Universidade Federal da Bahia, Gabrielli, de 63 anos, não tem nem trajetória política expressiva nem currículo eleitoral.
A única eleição que disputou ocorreu há 23 anos, quando fracassou na tentativa de eleger-se governador do Estado pelo PT, do qual participara da fundação dez anos antes. Desconhecido, ficou em quinto lugar numa eleição em que havia seis candidatos.
A necessidade de ser apresentado ao eleitor baiano tem um outro componente; Gabrielli não é o candidato natural do Partido dos Trabalhadores à sucessão de Jaques Wagner.
Políticos com histórico eleitoral importante no PT da Bahia, como o senador Walter Pinheiro e o ex-prefeito Luiz Caetano, de Camaçari (região metropolitana de Salvador), são tidos internamente como interessados em representar o partido na disputa para governador em 2014. Eles têm passado eleitoral vitorioso. Gabrielli, não.
Gastos sociais viabilizam crescimento, diz governo
No Ministério do Desenvolvimento Social, o titular da Secretaria Extraordinária para a Superação da Extrema Pobreza, Tiago Falcão, diz que qualquer resultado na área dos programas sociais do governo deve ser analisado de maneira global, com a combinação de diversas variantes. "Os gastos sociais acabam viabilizando o crescimento econômico. Guaribas tem um taxa de crescimento maior do que a do Piauí, o Estado que mais cresceu no País nos últimos anos", afirma.
Os municípios mais beneficiados pelo Bolsa Família são os que mais registram elevações no nível de trabalho formal, segundo o secretário. Ele discorda da tese de que os Estados mais ricos acabaram sendo mais beneficiados pelo impacto do fortalecimento do salário mínimo: "Essa avaliação é reducionista, não leva em conta o movimento mais amplo. A verdade é que houve uma queda na desigualdade entre as regiões mais ricas e as mais pobres".
Ele observa que os diferentes órgãos do governo trabalham de forma organizada para garantir avanços nos bolsões de maior pobreza: "Com mais recursos para as escolas e a contratação de professores, em Guaribas o aproveitamento escolar das crianças está entre os maiores do País. No conjunto, 94% das crianças de famílias com o Bolsa Família têm um acompanhamento mensal de sua vida escolar".
Evasão escolar. Indicadores oficiais também dão conta de que a taxa de evasão escolar nas áreas do programa é menor que a nacional. Segundo Falcão, nos municípios em que a economia rural tem maior peso, o governo está investindo na assistência técnica, no estímulo à produção por meio da compra direta, distribuição de sementes, extensão da rede de energia elétrica, construção de cisternas no semiárido.
O Programa Brasil Sem Miséria, lançado em junho de 2011 pela presidente Dilma Rousseff, surgiu justamente para aperfeiçoar o formato do atendimento às famílias mais necessitadas, segundo o secretário. Ele também enfatiza que o governo mantém um programa de qualificação profissional para os beneficiários do Bolsa Família, o Pronatec: "No ano passado foram registradas 260 mil matrículas, principalmente nas maiores cidades. É uma oportunidade de qualificação profissional que nunca havia sido oferecida a essa população, sob o argumento de que não havia interesse".
O secretário também contesta a ideia de que o governo não tem uma política industrial acoplada ao investimento social: "Quem prestar atenção nos pronunciamentos do ministro Guido Mantega, verá que ele diz que o governo trabalha de maneira integral as questões econômicas e sociais. Esse é o desafio"
Peemedebista barra ação sobre enriquecimento
Candidato favorito para presidir a Câmara dos Deputados daqui a três semanas, com o apoio do Palácio do Planalto, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), é acusado pelo Ministério Público Federal de enriquecimento ilícito numa ação de improbidade administrativa. Há dois meses, ele conseguiu adiar decisão sobre a quebra de seu sigilo fiscal e bancário, bem como de suas empresas, por meio de recurso judicial. Desde 2004, o MPF sustenta que o peemedebista manteve ilegalmente milhões de dólares fora do País.
Em 19 de novembro, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, acolheu recurso dos advogados de Alves para determinar à primeira instância que aprecie, antes da continuidade da ação, se houve prescrição do caso e também se o processo estaria lastreado em provas ilícitas. Os autos correm sob segredo de Justiça na 16.ª Vara Federal em Brasília. Na ocasião, o processo estava na fase de especificação de provas que as partes pretendiam produzir, momento em que o Ministério Público havia pedido a quebra do sigilo do peemedebista.
A ação baseia-se em informações reveladas no processo de separação judicial de Henrique Eduardo Alves e Mônica Infante de Azambuja. Ao pleitear uma pensão alimentícia maior em relação à que Alves se dispunha a pagar, ela o acusou de manter US$ 15 milhões em contas bancárias não declaradas no exterior.
As acusações da ex-mulher do deputado foram encaminhadas pelo promotor que atuou no caso da separação aos colegas do Ministério Público Federal, que propôs a ação de improbidade, diante da suspeita de "evolução patrimonial incompatível com a renda de parlamentar".
Cúpula tucana fecha com Aécio e tira poder de Serra
Na construção da candidatura do presidenciável Aécio Neves, o comando do PSDB emplacará o senador mineiro como novo presidente do partido ao mesmo tempo em que deve minimizar o espaço do ex-governador José Serra na nova direção partidária e aumentar a participação do governador Geraldo Alckmin (SP).
Em maio, o PSDB elege a nova Executiva. Hoje, a maior parte da direção está fechada com a candidatura de Aécio à Presidência da República, projeto que tem o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente do partido, Sérgio Guerra - em dezembro, os dois lançaram o senador como pré-candidato ao Palácio do Planalto.
O espaço na Executiva é visto como fundamental para o grupo serrista, que voltou a colocar na pauta a discussão sobre prévias para escolher o presidenciável. "Neste ano, o PSDB tem duas tarefas essenciais pela frente: renovar a sua Executiva Nacional, usando os seus melhores quadros e garantindo que todos se sintam representados e organizar sua proposta política", disse o ex-governador Alberto Goldman em seu blog na semana passada, quando aliados de Serra disseram que ele deixaria o partido por estar isolado. Parte da direção viu na manifestação do ex-governador uma tentativa de valorização diante das negociações sobre a nova Executiva.
Os tucanos defensores do projeto Aécio avaliam que o comando do maior partido de oposição é um passo imprescindível no caminho ao Planalto. A princípio, Aécio tentou resistir à indicação por avaliar que a função causaria desgaste, inclusive com potenciais partidos aliados. Articulou até plano alternativo que envolvia outros nomes. Mas Guerra e FHC já haviam abraçado a tese.
No final de 2012, em jantar com integrantes da bancada de deputados, o mineiro ouviu o pedido para que assumisse o comando o partido, como forma de mostrar real comprometimento com o projeto - volta e meia a disposição dele de se candidatar é questionada por tucanos.
Neste mês, Aécio se encontrará com Alckmin, FHC e Serra para discutir a nova Executiva. Além da presidência do PSDB, estarão em jogo outros três cargos: a vice-presidência, a secretaria-geral e a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), centro de pesquisas e estudos do partido, com orçamento próprio.
Prefeitura disse ter reformado, em três anos, 545 mil m²
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, responsável pela fiscalização das calçadas, informou em nota no mês passado que reformou entre 2009 e 2012 mais de 545 mil metros quadrados de passeios públicos e rotas estratégicas, como os das Avenidas Paulista, Santo Amaro e Brigadeiro Faria Lima. Além disso, afirmou fiscalizar a cidade toda e, de janeiro a novembro de 2012, ter aplicado 5.705 multas com base na nova legislação das calçadas.
Todas as vias citadas no estudo da Proteste, informou a pasta, seriam vistoriadas pelas subprefeituras. Como a Avenida General Edgar Facó e a Rua Tuiuti. Ambas haviam recebido reformas no primeiro semestre do ano passado.
No caso da Avenida Jabaquara, a secretaria afirmou em dezembro que havia um projeto de reforma, "incluindo acessibilidade". Para isso, disse aguardar "liberação de verba" para as obras. Já a Rua Santa Ifigênia "foi reformada em 2011" pela São Paulo Obras (SPObras).
Resultado pode ajudar ações de acessibilidade
A pesquisa da Proteste foi feita em agosto e setembro. Nela, os mesmos três cadeirantes percorreram 4 km em cada sentido de dez calçadas no Rio e dez de São Paulo. Os resultados foram enviados às prefeituras das duas capitais, para que sirvam de subsídio a políticas de mobilidade.
Eles mostram, por exemplo, que a Avenida General Edgar Facó, em Pirituba, na zona norte, está "em péssimo estado de conservação". Em suas calçadas, foram encontrados 20 desníveis que obrigaram cadeirantes a se deslocar até o asfalto para conseguirem continuar se movendo. "Quando a pessoa está sozinha e acha esses obstáculos, tem duas opções: ou voltar, sem poder ir para onde queria, ou correr riscos", afirma a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci. Ela explica que as 20 vias de São Paulo e Rio foram escolhidas por concentrar muitos serviços e comércio.
Para a professora de Arquitetura Silvana Cambiaghi, que já foi secretária executiva da Comissão Permanente de Acessibilidade da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, a legislação precisa mudar para que os passeios possam melhorar e se tornar acessíveis. "Na maioria das cidades brasileiras, quem cria e mantém as calçadas é o proprietário do lote lindeiro. Mas isso não faz dele o dono da calçada, que é pública."
Segundo ela, essa responsabilidade "adquirida" faz com que muitos moradores construam calçadas que só beneficiam a si próprios, com rampas de estacionamento em grande desnível em relação ao passeio vizinho, dificultando a vida de pedestres e principalmente de pessoas com mobilidade reduzida.
Calçadas cariocas são melhores que as de São Paulo
Não são só as ondas de Burle Marx em Copacabana que fazem as calçadas do Rio melhores que as de São Paulo. Pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) revela que os passeios cariocas têm mais condições de receber cadeirantes. Das dez vias avaliadas na cidade, metade é boa ou muito boa. Já nas ruas e avenidas paulistanas, só as da Paulista seguem padrões ideais de segurança e conforto.
A Avenida Jabaquara, na zona sul, foi a via que recebeu a pior avaliação. Ali, só um dos sete critérios usados – acessibilidade dos cruzamentos – foi considerado bom. Os demais – presença de obstáculos permanentes, móveis, transversais ou temporários e indícios de buracos e desníveis – estavam ruins. Também visitada, a calçada da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste, foi considerada aceitável, mas só na parte que passou por reforma – o trecho a partir da Avenida Cidade Jardim não foi contemplado. No Rio, a Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, foi a mais bem avaliada.
No caminho das cadeiras de rodas paulistanas, não faltam obstáculos, buracos e desníveis. Na Rua Tuiuti, no Tatuapé, na zona leste, o problema são as árvores atrapalhando a passagem. Na Rua Santa Efigênia, no centro, o que dificulta a circulação são os rebaixamentos inadequados para acessar as faixas de pedestres. Ali, foram contados dez cruzamentos irregulares. Além disso, em praticamente todas as vias o esforço para vencer rachaduras e pedras soltas, comuns no mosaico português malconservado, foi considerado elevado.
Esses empecilhos fazem com que pessoas com problema de mobilidade se tornem mais dependentes de outras para se locomover. Eduardo de Araújo Toledo, de 19 anos, já caiu em um passeio sem guia rebaixada na Vila Mariana. "Algumas pessoas tiveram de me ajudar a levantar", lembra. Mas nem sempre há compreensão de quem compartilha a calçada com cadeirantes. "Tem quem ache ruim andarmos mais devagar, especialmente nas inclinadas, onde não temos tanto equilíbrio."
Dez anos depois, população pobre do País permanece refém de programas de renda
Implantados há uma década, os planos de combate à miséria dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff têm registrado sucesso em dois aspectos: a ampliação dos benefícios de transferência de renda à maioria das famílias mais necessitadas, garantindo alívio imediato, e a melhoria de indicadores sociais. Eles patinam, porém, quando se trata de aumentar as oportunidades de inclusão no mercado de trabalho.
Uma das cidades que simbolizam essas políticas, Guaribas, no interior do Piauí, espelha tal realidade, conforme constatou a reportagem do Estado. Foi ali que, em fevereiro de 2003, logo após a posse do presidente Lula, o então ministro do Combate à Fome, José Graziano, formalizou o lançamento do Programa Fome Zero, proposta de campanha de Lula que prometia erradicar a fome no País a partir de uma série de ações coordenadas. A escolha para o lançamento era precisa. Tratava-se da mais miserável das cidades do Piauí, o Estado mais pobre do Brasil.
Após desembarcar na cidade, Graziano distribuiu os primeiros 50 cartões do programa e previu: "Quero voltar aqui em quatro anos e dizer que vocês não precisam mais do cartão (Alimentação) porque a fome acabou." O programa Fome Zero fracassou, mas logo foi substituído pelo bem sucedido Bolsa Família.
Passados dez anos, as melhorias para os 4.401 habitantes são notáveis: Guaribas ganhou água encanada, agências bancárias, uma unidade básica de saúde, mais escolas e ruas calçadas. Os índices de mortalidade infantil e de analfabetismo caíram, o grau de aproveitamento escolar subiu e a fome praticamente desapareceu. Ao contrário do que previu Graziano, porém, a dependência do cartão de benefícios só aumentou.
'Nem pensar'. Guaribas tem 956 famílias pobres vinculadas ao Bolsa Família - o que representa 87% do total da população. O maior temor dos moradores é o fim do programa. "Ave Maria, nem pense numa coisa dessas. A gente ia viver de quê? Todo mundo ia morrer de fome. Eu era uma", diz Márcia Alves, que tem 31 anos, dois filhos, e recebe R$ 112 mensalmente do governo.
O caso de Guaribas não é único. Um estudo encomendado pela Christian Aid, instituição de igrejas protestantes do Reino Unido e da Irlanda que financia organizações não governamentais empenhadas em combater a miséria e reduzir as desigualdades pelo mundo, chegou à seguinte constatação: apesar do avanço no combate à miséria no Brasil, a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres ainda é uma das mais altas do mundo e a oportunidade de mobilidade social ainda é muito reduzida.
O estudo foi realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), sob a coordenação de Alexandre de Freitas Barbosa, professor de História Econômica Universidade de São Paulo (USP). Publicado inicialmente em inglês e lançado aqui com o título O Brasil Real: a desigualdade para além dos indicadores, ele relativiza as estatísticas usadas para comemorar os avanços dos governos petistas.
Observa, por exemplo, que quando se fala na elevação do nível de emprego, não se menciona que, de cada dez postos de trabalho que surgem no mercado formal, nove têm remuneração inferior a três salários mínimos.
Os avanços obtidos até agora, segundo o texto, não terão sustentabilidade se não forem acompanhados de uma política industrial capaz de absorver trabalhadores mais qualificados e propiciar elevações reais da renda; e se não criar condições de maior mobilidade nas zonas mais pobres.
Sem iniciativas adequadas, sinaliza o estudo, os programas de transferência de renda podem, em vez de reduzir desigualdades, acentuá-la. Numa cidade do Nordeste, com grande número de dependentes de programas de transferência de renda, os maiores beneficiários serão, por essa avaliação, o comerciante local e as indústrias do Sul e do Sudeste, fornecedoras dos produtos que ele vende.
O assunto começa aos poucos a despertar o interesse dos tucanos, já pensando nas eleições de 2014. Ao analisar os programas de transferência de renda, o cientista político Bolívar Lamounier, ligado ao PSDB, observa: "O modelo atual não tem sustentabilidade. É preciso fortalecer uma classe média baseada na pequena empresa, na produtividade do trabalho, na qualificação profissional".
Dez anos depois do início do já esquecido Fome Zero, as coisas não são as mesmas em Guaribas. Mas a estrada para uma vida melhor continua pedregosa.
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