A australiana Qantas confirmou que cancelou o pedido que detinha para o A380, marcando um novo revés para o superjumbo europeu. A empresa afirmou que não receberá os oito aviões restantes do pedido, mantendo sua frota com 12 aeronaves.
A encomenda já não aparece mais no backlog da Airbus, que mantém atualmente apenas 79 pedidos firmes para o A380. As dúvidas sobre o futuro do Airbus A380 aumentaram com o cancelamento da Qantas e se somam a possibilidade da Emirates, o maior cliente do modelo, seguir o mesmo caminho. Recentemente a empresa de Dubai disse que não descarta converter a encomenda do A380 pelo irmão menor, o A350 XWB, que oferece maior felixibilidade dentro da malha de rotas da companhia.
O A380 se tornou uma grande decepção para a Airbus, acumulando menos de um quarto das vendas projetadas no início dos anos 2000, quando do lançamento do programa. Na ocasião a expectativa é que a crescente demanda pelo transporte aéreo exigiria o uso de aeronaves com grande capacidade, visando manter a normalidade no tráfego aéreo. Ainda que o transporte aéreo global tenha registrado expressivo crescimento nos últimos 19 anos, a demanda por aviões de grande capacidade, como o A380 e o 747-8I, ficaram muito abaixo do esperado.
No final de 2018, os dois primeiros A380 foram desmontados, mesmo contando com apenas 10 anos de uso. A falta de interesse no mercado de usado forçou o processo de desmonte do avião.
Atualmente a Airbus trabalha para manter a linha de produção ativa, enquanto assiste uma crescente tendência de empresas cancelarem pedidos para o A380. Nos últimos 2 anos foram cancelados 18 pedidos para o modelo, sem nenhuma encomenda adicional.
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