Caraguatatuba recebeu no último sábado (25), o I Fórum LGBTT do Litoral Norte. O Fórum contou com monólogo sobre o tema e também respostas do público presente. Houve também depoimentos e palestras e uma roda de conversa.
No evento foi explicado o significado de cada letra da sigla LGBTT (Lésbica, Gays, Bissexuais, Travesti e Transgêneros - Homem e Mulher) e Cisgênero, do latim, que significa ‘do mesmo lado’, ou seja, pessoa que nasceu homem ou mulher e se expressa socialmente como tal (expressão de gênero), é decodificado socialmente como tal (papel de gênero) por vestir-se, comportar-se, aparentar com aquilo que a sociedade define próprios para um homem ou mulher e reconhece-se como tal (identidade de gênero). Logo é um homem ou mulher (gênero), ao passo que transgênero é o contrário disso.
De acordo com a presidente, Thifany Félix, dentro do grupo das pessoas transgêneras há as pessoas travestis, transexuais, crossdressers, agêneras, bigêneras, genderfuck. Porém, as definições não devem ser engessadas e nem limitar identidades, de forma que, a melhor definição para uma pessoa é aquela que ela própria lhe dá.
Para a psicóloga do Instituto Federal, Campus Caraguatatuba, Cristina Daniel, iniciativas como esta são importantes.
“Tenho dúvidas sobre o assunto e participei do evento para me elucidar, para aprender mais e assim atender melhor a todos no meu trabalho”, ressaltou a psicóloga.
O evento foi uma iniciativa do LGBTT do Litoral Norte, encabeçado por sua presidente, Thifany Félix.
Palestrantes e perfil:
Reginaldo Alves do Nascimento ‘Biroska’ - Servidor público da Unicamp - fez parte da Comissão Organizadora do 8º ENUDS (Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual), é membro do Coletivo Sindical “Vamos à Luta”, e Diretor do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp).
Hélcio de S. Belclair – Jornalista, Militante das questões LGBT, HIV/AIDS, Coordenador e fundador do coletivo “Arouchianos” que atua diretamente com o público LGBT, do Largo do Arouche.
Luiz Fernando Prado Uchoa – Jornalista, Professor de inglês e espanhol, Colunista dos sites: ‘Pau Pra Qualquer Obr’a e ‘Babado Pop’, colaborador da revista Sync e Militante da Família Stronger.
Paula Beatriz de Souza Cruz – transexual, pedagoga, pós-graduada em Gestão Educacional, pela Unicamp e pós-graduada em Docência no Ensino Superior pela Universidade Estácio de Sá, Diretora de Escola na E.E. Santa Rosa de Lima, Capão Redondo e Professora na Emef Maurício Simão, Campo Limpo, Conselheira de Ética do Fórum Paulista de Travestis e Transexuais.
Neon Cunha – Formada em Publicidade e Propaganda e Artes Plásticas, trabalha como funcionária pública há 35 anos, ativista independente, defensora dos Direitos Humanos em especial no recorte mulheres e homens trans. Neon também foi a primeira mulher que conquistou na justiça, em outubro de 2016, o direito de mudar o nome e o gênero de seus documentos, sem ter de apresentar atestado médico. Até então a Justiça brasileira exigia, para mudar o sexo nos documentos de um cidadão, o diagnóstico de ‘disforia de gênero’, transtorno que se encontra na Classificação Internacional das Doenças, no qual a pessoa não se identifica com o gênero associado à genitália com que nasceu.
Informação para a Imprensa: (12) 3897-5650
Claudia Ottini (clautinni@hotmail.com)
Jornalista
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