Há quatro anos, quando estava prestes a completar 40 anos, Thalma de Freitas entrou em crise e decidiu abandonar as novelas e se mudar para os Estados Unidos. Na época, a atriz estava grávida do namorado irlandês, o fotógrafo irlandês Brian Cross, e tinha em mente que deveria mudar de vida.
Após 18 anos trabalhando na Rede Globo - onde fez 14 novelas - Thalma foi para Los Angeles, onde vive até hoje sem nenhuma saudade das novelas.
"Não sou uma pessoa nostálgica. Trabalhei durante 18 anos na Globo, 14 como funcionária exclusiva, e sei que isso é um privilégio. Em Hollywood, as pessoas reconhecem e respeitam essa experiência. Tudo o que vivi na TV brasileira agrega muito valor à minha nova fase de vida, mas sem nostalgia", disse Thalma, que atualmente se dedica à música e em breve deve lançar seu primeiro álbum solo.
Compositora, a intérprete da empregada Zilda de 'Laços de Família' já teve suas músicas gravadas por artistas como Gal Costa (a canção Ecstasy) e Gabi Amarantos (Chuva). Seu primeiro show em território americano será não dia 4 de agosto, em Los Angeles, com músicas em português.
"Aqui, resolvi me dedicar a uma parte mais técnica [do trabalho], porque nunca tive chance de fazer isso no Brasil", explica.
Com a volta de 'Laços de Família' ao ar no canal Viva, Zilda, a empregada de Helena, personagem de Vera Fischer, voltou a ser motivo de discussão, principalmente pela suposta exploração de sua patroa.
"Helena era uma mulher honesta e generosa. Na verdade, ninguém sabe quanto Zilda ganhava, mas ela era feliz no trabalho, então concluímos que era bem remunerada. O traço principal da Zilda era justamente o fato de ela não ser uma serviçal, mas alguém que tinha voz própria. O [autor] Manoel Carlos deu muita fala para ela, uma coisa rara [para empregadas] até então nas novelas. Zilda é uma personagem que transgrediu o papel da empregada", afirma.
Atualmente, Thalma não pensa em voltar a fazer novelas e nem a voltar a morar no Brasil, no entanto, ela ainda guarda lembranças do seu tempo na Rede Globo. "Entre as minhas melhores lembranças estão os papos com Tony Ramos, que vivia contando suas histórias de vida, de viagens e até trocando receitas de jiló! Foi uma das melhores coisas em que já trabalhei no Projac", finalizou.
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