Os primeiros indícios da investigação sobre o atentado contra o principal aeroporto de Istambul, na terça-feira, apontam o grupo extremista Estado Islâmico (EI) como provável responsável pelo ataque, afirmou o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim. Até o momento, o EI não reivindicou o ato terrorista, realizado por três homens-bomba de nacionalidade desconhecida, por volta das 21h30 de ontem, no horário local (16h30 de Brasília).
Nesta quarta-feira, o governador de Istambul, Vasip Sahin, informou que o número de mortos subiu para 41 pessoas e outras 239 ficaram feridas. De acordo com Sahin, 13 mortos são cidadãos estrangeiros. Em sua página oficial no Facebook, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou que não há brasileiros entre as vítimas. O ataque no terceiro mais movimentado aeroporto da Europa foi um dos piores em uma série de atentados suicidas nos últimos meses na Turquia, que participa de uma coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico e sofre para tentar conter o transbordamento da guerra na vizinha Síria. O presidente Tayyip Erdogan disse que o ataque deve servir como um ponto de virada na luta global contra o terrorismo, que, segundo ele, "não respeita fé ou valores".
"Há uma ameaça global e o objetivo é matar gente inocente. A luta contra o terrorismo tem que ser assumida por todos. É significativo que este ataque tenha sido realizado logo quando estamos normalizando as relações com nossos vizinhos", declarou primeiro-ministro turco, em alusão ao pacto com Israel para recuperar relações diplomáticas, assinado ontem, e as tentativas de reconciliação com a Rússia.
Yildirim negou que houvesse falhas de segurança no aeroporto e desmentiu o rumor que um dos terroristas tenha escapado, porém, acrescentou que "todas as possibilidades estão sendo investigadas".
Aeroporto reaberto - O aeroporto de Istambul foi reaberto nesta quarta-feira, poucas horas após o atentado, e já está funcionando normalmente. Segundo a rede CNN, funcionários do local ainda estão limpando resíduos da tragédia, como sangue e vidro destruído pelas bombas. No ano passado, 61 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto Ataturk, atrás apenas do Heathrow, de Londres, e do Charles de Gaulle, em Paris.
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