A Comissão da Verdade do Rio anunciou nesta sexta-feira que o atentado à bomba na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio, ocorrido em 27 de agosto de 1980 foi realizado por três oficiais do Centro de Informação do Exército (CEI). Conforme O GLOBO antecipou, o sargento “Guarani” (Magno Cantarino Motta) está entre o grupo e, segundo a Comissão, foi quem entregou pessoalmente o artefato na OAB.
No dia do atentado, a carta com explosivos foi aberta pela chefe da secretaria da entidade, Lyda Monteiro da Silva, de 59 anos, que morreu a caminho do hospital.
Segundo testemunhas ouvidas pela Comissão, a ação foi comandada pelo coronel Freddie Perdigão Pereira, do CIE, e a bomba foi confeccionada pelo sargento “Wagner” (Guilherme Pereira do Rosário, morto no atentado do Riocentro).
A investigação da Comissão da Verdade durou dois anos e chegou a quatro testemunhas que ajudaram a identificar os autores.
À época, a autoria do ataque à OAB foi atribuída a grupos de direita contrários à redemocratização. No entanto, O GLOBO mostrou, em 2010, que depoimentos de militares apontavam uma conexão entre os dois ataques terroristas.
Os oficiais contaram que o mesmo grupo responsável pelo atentado ao Riocentro teria mandado a carta-bomba para a OAB. Segundo um coronel da reserva que conhecia a fundo os agentes do DOI, “Wagner” e “Guarani” (Magno Cantarino Motta) participaram das duas operações.
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