A direção do Instituto Royal vai processar os ativistas que invadiram o laboratório da organização na madrugada desta sexta-feira, 18, em São Roque, região de Sorocaba, e fizeram o resgate forçado de 178 cães da raça beagle.
De acordo com o diretor científico João Antonio Pegas Henriques, serão usadas imagens da invasão para identificar os líderes. "Estamos acionando nosso departamento jurídico para responsabilizar nas esferas civil e criminal os autores dessa invasão, pois houve saques e danos." Segundo ele, além de retirar e levar os animais, os invasores arrombaram portas, depredaram instalações e furtaram computadores e documentos. Os cinco agentes de segurança que estavam no local nada puderam fazer. Os prejuízos não tinham sido avaliados até o início da tarde.
A Polícia Civil foi acionada para fazer uma perícia no local. Segundo Henriques, os animais levados pelos invasores não estão preparados para viver em qualquer ambiente e muitos estavam em tratamento. "Os prontuários desses animais também foram levados. O pior é que estão fazendo terrorismo com nossos funcionários."
No início da tarde, alguns manifestantes voltaram a se concentrar na frente do portão. A ativista Rosana Aparecida da Silva informou que as ações não vão parar. "Não basta tirar os animais, é preciso ir além para fechar essa organização." Um novo protesto está marcado para a manhã deste sábado, 19, no acesso do instituto, no bairro Mailasqui, zona rural de São Roque.
O Instituto Royal é investigado pelo Ministério Público pelo uso de cães em testes para a indústria farmacêutica.
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