GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Garoto suspeito de matar pais frequentava a Rota, diz comandante da PM

O comandante-geral da PM, Benedito Roberto Meira, disse que Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, costumava atirar com uma arma de pressão que ele tinha, ia ao batalhão da Rota com o pai, mas não tinha históricos de violência na escola.
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O garoto teria algum motivo ou desentendimento, segundo testemunhas, para matar os pais?
Não, muito pelo contrário. Ele era uma pessoa dócil, um menino amoroso, que tinha uma convivência legal com toda a família. Não tinha nenhum traço que indicasse agressividade ou desvio de comportamento. Fiquei surpreso apenas com um depoimento colhido pelo doutor Itagiba, da Polícia Civil, que disse que um amiguinho dele disse que Marcelo queria ser um matador de aluguel.
Há outras linhas de investigação do crime?
Ontem (anteontem), tínhamos dificuldade para entender o desaparecimento do veículo. Mas descobrimos que o veículo foi deixado próximo à escola do garoto às 1h15, segundo um sistema de monitoramento de câmeras. Às 6h25, uma pessoa, identificada como se fosse o Marcelo, sai do carro e passa em frente à câmera.
Tinha quatro mortos e uma criança que e, em tese, teria praticado suicídio. Todas as vítimas, exceto o menino, foram mortas dormindo e sem sinais de que pudessem reagir.
Qual teria sido a ordem das mortes?
A gente deduz que foi o sargento primeiro porque, se ele tivesse ouvido o estampido, acordaria e teria alguma reação. Depois foi a mãe, em seguida a tia e a vó, depois o menino saiu com o carro.
O pai foi morto horas antes das outras vítimas?
Pode ter sido morto antes, mas horas não. Pode ter sido o primeiro, mas isso depende do corpo da pessoa. Alguns corpos demoram um pouco mais para se decompor.
O menino costumava manejar armas de brinquedo?
Ele tinha uma espingarda de pressão e atirava com ela. Também confeccionou um cinto, imitando o da polícia, com coldre --que serve para guardar armas.
As investigações levaram a polícia a apontar o garoto Marcelo como o principal suspeito a cometer o crime. O amigo mais próximo do garoto relatou que Marcelo já tinha comentado que desejava matar os pais e que tinha vontade de ser matador de aluguel.
O menino ia ao quartel da Rota com frequência?
Claro, o pai dele trabalhava lá. Inclusive tem fotos circulando na internet em que ele foi lá em uma homenagem com o pai. O pai e a mãe dele são policiais então com certeza o filho vai conviver em quartéis, não tenha dúvida.
Não sei se era frequente, mas eu sempre levei meus filhos também.
O senhor acha que o cotidiano dos pais, como prisões e confrontos pode ter deixado o menino mais violento?
Isso eu não posso falar para você, como pode imaginar. Você vê nos EUA, quando crianças vão lá e matam um monte de gente? Nós tivemos também o caso aqui no Brasil do filho de um médico que entrou num cinema e matou todo mundo? Tem alguma influência do pai ou da mãe? Não tem!
Isso é personalidade, depende da pessoa. Você e seu irmão tem personalidades diferentes, mas teve criação igual, não? Por isso digo que pais devem dispensar tratamento condizente com aquilo que é o filho.
O menino tinha histórico de problemas na escola, como brigas?
Não, ele não tinha antecedentes ruins na escola nem históricos de briga.
A cabo estava afastada de algumas ações da PM. Ela poderia ter arma nessa situação?
Podia sim. Ela não tinha nenhuma restrição para uso de arma. Ela não estava afastada. Estava apenas com restrição médica para exercer determinada atividade em alguns lugares, mas isso não a impede de ter uma arma consigo.
Ela teve um problema na coluna durante o deslocamento de uma viatura. Ela ficou com dores fortes e não podia usar farda para uso externo, em razão da dor causada pelo cinto de couro e colete por causa do peso.
A arma do que era do pai da cabo e foi encontrada na mochila estava legalizada?
Sim, foi pelo número dela que levantamos [as informações sobre o portador].
A perícia no computador, tablets e celulares já foi feita?
A única coisa que eu tenho certeza em relação à perícia é que a arma que foi usada para matar todo mundo é a mesma: a [pistola].40 que estava em posse da cabo Andreia.
A arma foi encontrada próxima à mão do menino?
Ele estava em cima dela, ele acabou soltando a arma.
Qual o próximo passo da PM em relação ao caso?
O caso em si está praticamente solucionado. Não posso dizer que está solucionado porque pode surgir outras provas, outros indícios. O que leva a crer é que foram quatro homicídios seguidos de um suicídio, em tempos diferentes.
Essa informação não é preliminar e pode provocar erros?
Não acho. Se eu não tivesse encontrado o carro, não tivesse a imagem obtida, não tivesse detectado que o menino foi à escola, seria uma incógnita. Mas nós temos um conjunto de provas que levam a gente a concluir que houve os homicídios e o suicídio bem depois.

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