Um morador de Maresias, na costa sul de São Sebastião(SP), tomou um susto no início da tarde desta terça-feira (20) ao encontrar uma cobra da espécie caninana (Spilotes pullatus), de cerca de um metro e meio e 400 gramas, rastejando dentro de sua casa. O morador disse que é pelo menos a quarta vez que encontra uma cobra em seu imóvel e que, apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Segundo o fotógrafo Jorge Eduardo Mesquita, de 29 anos, o flagrante aconteceu no início desta terça-feira, quando ele se preparava para ir ao trabalho. "Estava me arrumando, de repente ouvi um barulho e vi ela andando entre a louça na pia, depois para trás da geladeira. Aí eu fiquei de olho. Fiquei com medo de matar por ela ser muito grande, mas conhecia a espécie e sabia que não era venenosa", explicou ao G1.
Para retirar o animal o fotógrafo acionou a Defesa Civil, mas se surpreendeu ao ver que o órgão não tinha equipamento necessário para remover o animal. "Pensei que eles tivesse o equipamento, mas o rapaz tirou com o cabo de rastelo. Acabou jogando no mato, mas fico com receio dela voltar de novo. Não queria jogar perto de casa, mas como não tinha equipamento não tinha como levar ela embora", disse.
O morador disse ainda que não é a primeira vez que encontra cobras em casa. "No inverno aparece com mais frequência. Já tinha visto umas duas vezes no quintal, dentro de casa apareceu uma vez, uma jararaca pequena".
Por telefone, o chefe da Defesa Civil de São Sebastião, Carlos Eduardo dos Santos, informou que o órgão possui equipamentos para fazer a remoção de cobras, mas eles não foram usados pelo fato da espécie não ser peçonhenta. "Não precisa de equipamento para tirar. Ali ele usou o rastelo para não haver contato com a cobra, mas temos laço, pinça para retirar o animal que é peçonhento. Assim que tira colocamos em uma caixa e mandamos para o Instituto Butantã", explicou.
Sobre a conduta do funcionário da Defesa Civil, o chefe do órgão disse que ainda não tinha sido informado sobre o método usado por ele (de arremessar a cobra em um terreno baldio), mas que a forma usada não traz prejuízos. "Não é normal, mas não é uma coisa que machuque o animal e não traz nenhum problema para a população", disse Santos.
A Defesa Civil da cidade informou ainda que o aparecimento de cobras na região é comum e, por mês, oito cobras são retiradas de residências na cidade, sendo de duas a três peçonhentas.
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