A Associação Nacional de Jornais (ANJ) protestou contra decisão da Justiça de censurar reportagem jornalística publicada na internet.
A entidade divulgou ontem uma nota repudiando a decisão da juíza Luciana de Araújo Camapum Fernandes, do 3.º Juizado Especial Cível, de Anápolis (GO), de conceder tutela acautelatória e determinar, no dia 24 de maio, a retirada de reportagem originalmente publicada no portal G1 e reproduzida pelo YouTube.
As reportagens traziam informações sobre a detenção de um advogado que se recusou a pagar uma conta de motel e danificou o estabelecimento. Para a ANJ, "trata-se de evidente caso de censura, em desrespeito à Constituição brasileira". Segundo a entidade, "a reportagem se baseou em informações públicas registradas em boletim de ocorrência e depoimento de testemunhas, tendo preservado a identidade do detido, o que caracteriza o cuidado dos autores em observar os direitos de personalidade do mesmo, limitando-se a reproduzir os fatos".
Segundo a ANJ, "a Constituição é categórica ao vetar qualquer forma de censura". A associação recomenda aos responsáveis pela publicação que recorram ao próprio Poder Judiciário para reverter a decisão.
"A censura, mais que jornais e jornalistas, prejudica os cidadãos, que têm tolhido seu direito de serem livremente informados", afirma nota da ANJ, assinada por Francisco Mesquita Neto, vice-presidente da associação e diretor presidente do Grupo Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário