Toda sexta-feira pela manhã, o empresário Paulo Skaf abandona o escritório com vista para a Avenida Paulista, em São Paulo, e pega um carro ou helicóptero rumo ao interior do Estado. Munido de números sobre investimentos em educação e de um discurso bem próximo ao de um político profissional, beija crianças, conversa com prefeitos e descerra placas de inaugurações.
Skaf é potencial candidato do PMDB ao governo paulista em 2014. Como tal, é estrela de comerciais do partido na televisão. Skaf é também presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). E, também como tal, estrela dos comerciais da entidade na TV.
A jornada dupla de Skaf lhe garante projeção, mas também críticas de que usaria a entidade para fins políticos. No comercial do PMDB, exibiu ações do Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), ligado à Fiesp, assim como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP). Juntas, as entidades têm orçamento anual de cerca de R$ 2,8 bilhões, um poder de fogo maior que o de muito partido. O PMDB, por exemplo, receberá cerca de R$ 24 milhões do Fundo Partidário em 2013. Só o contrato semestral do marqueteiro Duda Mendonça com o Sesi/Senai, assinado em 2012, na gestão Skaf, é de R$ 16 milhões.
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