A consulta do PT para definir o nome que vai disputar a sucessão ao Palácio dos Bandeirantes, nas eleições do ano que vem, deve terminar até o final desse semestre, garantiu o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em evento na tarde desta segunda-feira em São Paulo. "Nós vamos chegar lá até o final do semestre", assegurou Mercadante. Ele afirmou que a discussão envolve a bancada federal, estadual, de vereadores e de prefeitos do partido, além, é claro, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Entre o Lula e a Dilma, se você conseguir separar onde termina um e começa o outro você me explica. Acho que o povo sabe que é um projeto só e essa discussão é só do projeto", disse o ministro, ao ser indagado sobre quem teria peso mais importante na decisão de sua candidatura: o ex-presidente ou Dilma. "Os dois são opiniões muito importantes, mas o meu cargo hoje é de confiança da presidenta Dilma e a decisão dela será a minha decisão", completou.
Enquanto não sai a definição, Mercadante reitera o que já vem dizendo nos últimos tempos: a decisão sobre sua indicação não cabe a ele próprio. "Não é uma decisão minha", disse, em palestra a empresários. Questionado, contudo, sobre sua vontade de concorrer ao cargo de governador do Estado, ele respondeu: "Meu desejo é continuar construindo um projeto para o qual dediquei 40 anos da minha vida e que eu acho que mudou o Brasil para melhor nestes dez anos".
Além de Mercadante, são cotados para disputar o governo paulista pelo PT os ministros Alexandre Padilha, da Saúde; Eduardo Cardozo, da Justiça; Guido Mantega; da Fazenda; e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. "O PT tem excelentes nomes para o Estado de São Paulo. Não vai faltar alternativa." Até o final do semestre, o partido deve definir quem irá tentar tirar os tucanos do governo paulista.
"O PT não me deve nada, mas eu jogo para o time", disse Mercadante. Ele reiterou que o processo de consulta do partido é amplo e que ele está motivado a trabalhar com a presidente Dilma à frente do Ministério da Educação. "O homem público quando tem tempo não tem pressa", resumiu.
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