A inspiração pra esse texto ser escrito veio ao constatar que o Facebook virou um muro de lamentações. É gente de todo tipo, reclamando de uma variedade de problemas – parece uma feira do descarrego. Um reclama do frio, outro do calor, outro do começo do BBB, outro do fim do BBB, outro da orkutização do FB, outros no trânsito, da chuva, do sol, do namorado, da solteirisse…ufa. Parece competição pra ver quem compartilha mais desgraças. E acredito que essas pessoas nem desconfiam de uma coisa – elas se tornam aquilo que acreditam.
Não sou eu quem está dizendo isso. A implacabilidade da lei da atração já foi provada há tempos – você se transforma naquilo que pensa, crê, come e fala. Céticos irão te dizer que isso é besteira, irão pedir provas científicas, mal sabendo que eles podem testar a eficiência dessa lei a qualquer momento. A partir do momento em que você solta no cosmos uma energia negativa, essa energia carregada das lamentações, ela volta para você, como um boomerang: vem com tudo, te acerta em cheio na cabeça. E você cai e reclama mais ainda, dando início a um ciclo difícil de se desprender. As pessoas ficam como mariposas se movimentando em círculo em volta da lâmpada, mal sabendo que elas estão girando em volta da luz errada – o que elas procuravam mesmo, era a luz da lua.
Vejo isso acontecer muito também nos relacionamentos. Pessoas que se dizem totalmente sem sorte nessa área, só atraem trastes. Quanto mais se queixam da falta de sorte, mais fardos elas atraem pra suas vidas. A partir do exato segundo em que você afirma para si mesmo que tem azar no amor, essa realidade se materializa. O cosmos te ouve e te presenteia com aquilo que você pedir, seja ele bom ou ruim. Muito cuidado com o que pede.
E o pior é constatar que a grande maioria das pessoas que se vêem presas nessas armadilhas dos relacionamentos infelizes, poderiam resolver suas vidas com duas atitudes simples – a primeira, mudando a chave do negativo pro positivo. Se você se acha uma derrotada, você se transforma numa derrotada. Se você se sente privilegiada, você se transforma em uma pessoa privilegiada. Uma forma de entender isso de um modo concreto é quando compramos uma roupa nova – ninguém sabe que você acabou de comprar a roupa mas, somente pelo fato de você estar se sentindo linda e renovada com ela, as pessoas te olham mais. Jura que você pensava que o mundo todo conhecia seu guarda-roupas tão bem a ponto de identificar uma roupa nova de uma que você já usou algumas vezes? Not really, babe.
A segunda, é através da reflexão – a partir do momento em que você constatou o problema, já deu o primeiro passo. Agora precisa descobrir uma forma de encontrar uma solução, porque o problema você já tem. Por exemplo, se os seus relacionamentos sempre são um fracasso, será que isso não acontece por causa das SUAS escolhas erradas? Volte um pouco na linha do tempo – quais escolhas você fez que te levaram para o lugar em que você se encontra hoje? O que poderia ter feito diferente? Essa reflexão parece simples, mas é doída – poucos tem coragem de sentar num sofá sozinho e ficar pensando nos seus problemas até encontrar saídas. As pessoas têm tanto medo de olhar pra dentro, que se cercam da maior quantidade de distrações que conseguem – TV, celular, jogos, iPad, baladas… Encarar o seu ser é difícil, aceitar que você tem muitos defeitos que precisam ser consertados, incomoda. É como quando o antigo Merthiolate ardia horrores – você sabia que iria doer, mas tinha consciência que precisava mexer na ferida pra que ela se curasse. Tem gente que se recusava a sentir a dor, e deixava lá a ferida aberta, juntando pus, aquela coisa tenebrosa. O resultado eram cicatrizes que ficaram pra sempre.
Por isso, não sejamos ingratos. Recebemos de presente a chance de existir nesse mundo e precisamos fazer a nossa existência valer a pena. Se o objetivo maior da vida é sermos felizes, então a partir do momento que você sabota sua felicidade, você está fazendo desfeita com o cosmos – é como ir na casa da avó e rejeitar o café e a broa de milho que ela fez pensando em você. Outra coisa, quando você se sentir infeliz, tente dar um passeio pelos hospitais, pelos asilos, pelos orfanatos, pelos abrigos de cães abandonados, pelo centro de SP na noite mais fria do ano. Tem pessoas que precisam mesmo de um choque de realidade para perceber que o quão ingratas elas têm sido. O bom disso, é que sempre podemos caminhar para outra direção – a escolha sobre andarmos na luz ou na sombra é absolutamente nossa. Qual delas você escolhe?
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