A suspeita de aumento abusivo dos preços cobrados pela rede hoteleira durante a Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, em junho, levou o Ministério da Justiça a convocar representantes do setor para uma reunião, realizada nesta sexta-feira em Brasília. O resultado, porém, não foi conclusivo.
De acordo com o Ministério, as entidades 'se comprometeram a dialogar com seus representados sobre as preocupações do governo'. Foi marcada uma nova reunião para daqui a dez dias, no Rio. Participaram do encontro representantes Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, dos ministérios da Justiça e do Turismo e do Comitê Nacional de Organização da Rio+20.
Cerca de 50 mil pessoas são esperadas para a conferência, que ocorrerá de 13 a 22 de junho. Na quinta-feira, o ministro Laudemar Aguiar, secretário nacional do CNO, não quis comentar as denúncias de que hotéis do Rio estariam segurando quartos para cobrar mais caro em reservas perto do evento. '(A investigação) Foi uma iniciativa do governo. Eu prefiro não falar antes do resultado das negociações'. Segundo ele, já estão bloqueados 10 mil quartos em hotéis de 4 e 5 estrelas (50% do total disponível) para comitivas de chefes de Estado e de Governo. 'Nenhuma cidade do mundo consegue estar permanentemente preparada para receber um evento dessa dimensão. O Rio, como qualquer outra, não teria como ter todas as pessoas, credenciadas ou não, em hotéis. É normal que se busquem hospedagens alternativas', declarou Aguiar na ocasião.