Estado diz que exigências precisam ser cumpridas para UTI da Santa Casa funcionar

A ala já foi inaugurada, no entanto, a falta de equipamentos, de profissionais e de investimentos impede que a UTI da Santa Casa de Ubatuba atenda os pacientes que expirem cuidados especiais. Para piorar, de acordo com o coordenador do Sistema de Saúde por regiões do estado de São Paulo, Affonso Viviani, algumas exigências burocráticas ainda precisam ser cumpridas para o funcionamento da ala.
O coordenador orientou que o processo de credenciamento tem que cumprir uma série de ritos estabelecidos pelo Ministério. “É importante que vocês apresentem esse projeto à Diretoria Regional de Saúde de Taubaté (DRS) que deverá ser consultada e avaliada para o credenciamento. É necessário passar primeiro pela DRS de Taubaté”, explicou Viviani, em encontro com o vereador ubatubense, Claudinei Xavier (DEM).
Além das conversas com o coordenador estadual, o parlamentar ainda entregou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) documento em que reivindica atenção para o licenciamento da UTI da Santa Casa de Ubatuba.
A preocupação principal relatada no ofício é com o aparelhamento e o credenciamento da futura Unidade de Tratamento Intensivo do único hospital da cidade, também responsável pelo atendimento dos visitantes de Ubatuba.
“Ubatuba tem 80 mil habitantes, mas na temporada de verão a população flutuante pode chegar a até um milhão. Por isso precisamos colocar em funcionamento esta UTI para atender toda essa demanda. Não temos condições de remoção de pacientes pelas estradas superlotadas nesta época”, apontou Claudnei, ressaltando que a única opção é a remoção por helicóptero. “Temos o prédio construído, mas precisamos dos aparelhos e da destinação de recursos para manter o serviço”, afirma o vereador local.
No encontro com o coordenador do Sistema de Saúde, Affonso Viviani, foi solicitado também o credenciamento do hospital municipal no programa Pró-Santa Casa. O Programa Pró Santa Casa foi instituído pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, com finalidade de amenizar os efeitos da crise financeira que os hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS enfrentam continuamente.
“Tais problemas são oriundos do insuficiente pagamento dos procedimentos pelo SUS, por meio de tabelas de procedimentos que quase sempre não cobrem os gastos realizados pelos hospitais com os atendimentos prestados”, completa o parlamentar do Democratas, Claudinei Xavier, esperando em breve respostas oficiais do governo estadual .(S.G)