A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse hoje (30) que o governo acompanha a greve dos trabalhadores das obras nas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, mas que não vai intervir diretamente. As usinas estão entre as principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de energia.
A paralisação começou em Jirau, no fim de fevereiro, e se estendeu aos trabalhadores de Santo Antônio e Belo Monte, no Rio Xingu (Pará). 'Esse é um conflito trabalhista entre a empresa que está construindo e os trabalhadores, então o governo acompanha isso, mas não vai interferir diretamente', disse após palestrar em um seminário promovido pelo Instituto Lula.
Segundo a ministra, o governo federal espera que o conflito seja resolvido para que as obras possam voltar ao curso normal em breve. 'Sem dúvida que nós temos a expectativa de que as obras retornem, porque elas são importantes para o fornecimento de energia para o país'.
Os sindicatos dos trabalhadores das quatro usinas que estão com as obras paradas estimam que mais de 40 mil operários estejam de braços cruzados. Uma liminar concedida pela Justiça de Rondônia, esta semana, proibiu os sindicatos dos trabalhadores de Jirau e Santo Antônio de impedir o acesso aos canteiros das obras, mas as próprias empresas recomendaram aos funcionários que não retornassem ao trabalho por questão de segurança.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14ª Região (Acre), marcou para a tarde desta sexta-feira (30) audiência de conciliação com os sindicatos dos trabalhadores e as empresas encarregadas da construção das hidrelétricas.
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