Os cuidados íntimos da mulher precisam ser redobrados quando chega a época mais quente do ano e aumenta a proliferação de fungos e bactérias. A transpiração somada à pouca absorção dos tecidos sintéticos de lingeries e biquínis podem dar origem à diversas doenças na região genital, como a candidíase e o pano branco.
“Infelizmente os fungos e algumas bacterias precisam do calor e secreções corporais para crescerem”, relata Anderson Zei, dermatologista do Portal Minha Vida. “Todos os fungos ditos superficiais podem ser transmitidos por meio de roupas intimas. O mais comum é a Candida albicans causadora da candidíase, também conhecida como ‘sapinho’”, alerta.
Cuidados com a saúde íntima
O dermatologista recomenda uma boa lavada na região íntima após aquele dia na praia ou piscina. “A higienização pode evitar a transmissão, assim como seguir regras básicas de higiene como, por exemplo, não compartilhar biquínis e lingeries”.
Tecidos de algodão são os mais indicados para as calcinhas, podendo ser substituído por outros tecidos que promovam sempre uma boa absorção da transpiração, como o dry fith. Em geral, os biquínis e maiôs são feitos de tecidos sintéticos, como a lycra. Estes acumulam mais bactérias e fungos e também demoram para secar.
Para evitar problemas, Anderson aconselha evitar o uso contínuo da mesma roupa de banho e ter sempre uma segunda opção para alternar durante os dias que estiver na praia. ”Deve-se redobrar cuidados para uma boa lavagem, enxágue e secagem da roupa”, enfatiza.
Além disso, quem está acostumada a lavar a calcinha ou biquíni durante o banho, não se esqueça de enxaguar bem e deixar para secar em ambientes com boa ventilação.
Alergia ao tecido sintético
De acordo com o dermatologista, não há tecido impróprio para o uso desde que seguidas as orientações acima, mas algumas pessoas podem ter reação alérgica ao tecido sintético associado à transpiração. “A única prevenção é evitar o contato com o alergênico, no caso o tecido”, afirma Anderson, e em situações especiais o uso pode ser suspendido por um curto período de tempo.
Opções contra o desconforto da transpiração
Usar desodorantes íntimos é uma sugestão para reduzir os incômodos da transpiração e prevenir o aparecimento de fungos e bactérias, mas não deve ser aplicado perto de áreas orificiais, como vagina, uretra e anus. O produto só pode ser usado na região pubiana, e nunca sobre mucosas. O único problema é que ele pode, sim, causar alergia em pessoas mais sensíveis.
O absorvente extrafino também pode ser usado como protetor diário, caso traga mais conforto contra a umidade íntima. No entanto, o dermatologista aponta para os cuidados com a higiene e troca constante. “Em casos especiais a paciente pode ter um aumento de corrimentos vaginais (leucorreia) por ‘abafar’ a região”, lembra Anderson. “Isto não é o mais comum, mas pode acontecer”. A contra indicação é dada apenas a mulheres com alergia de contato, dermatites ou irritação ao perfume.
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