Comunidade em São Conrado já está cercada para evitar a
fuga de traficantes
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou na tarde desta sexta-feira (11/11), no quartel do Batalhão de Choque, que a ocupação da favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, ocorrerá na madrugada deste domingo (13/11). A tomada da Rocinha – que já está cercada pelas forças policiais para evitar a fuga de traficantes – marca o início do processo de instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade.
Beltrame afirmou que o planejamento do processo de pacificação da comunidade envolveu todas as forças de segurança para que cada detalhe fosse checado.
– A operação está muito bem planejada para garantir a segurança dos moradores. Posso dizer à população que as polícias estão preparadas para que isso ocorra da melhor forma possível. Em todas as instalações de UPPs anteriores, não foi preciso disparar um só tiro. Esperamos que o mesmo aconteça agora, mas estamos preparados, caso haja resistência – disse o secretário de Segurança.
Desde que começou o cerco à favela da Rocinha, vários bandidos foram presos, entre eles o chefe do tráfico de drogas na comunidade, Antonio Bonfim Lopes, o Nem. O traficante foi preso por policiais do Batalhão de Choque na noite de quarta-feira (9/11), na Lagoa, quando tentava fugir escondido no porta-malas de um carro.
PMs que prenderam Nem defendem a corporação
Pela primeira vez após a prisão do traficante, que repercutiu até na imprensa internacional, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se encontrou com os dois policiais militares que detiveram o criminoso, recusando propina oferecida no valor de R$ 1 milhão.
– Nesses momentos, os policiais militares e civis se orgulham da profissão. O policial se sente valorizado. E muitas outras prisões ainda estão por acontecer – afirmou Beltrame, que já solicitou autorização ao Tribunal de Justiça do Rio para transferir o traficante Nem para um presídio de segurança máxima fora do estado.
Após receber os cumprimentos do secretário de Segurança, o tenente do Batalhão de Choque Disraeli Gomes ressaltou sua paixão pela profissão.
– Não pensava em ser policial militar. Cursei até o 5º período de Enfermagem, mas quando entrei para a corporação, me apaixonei. Hoje, sinto muito orgulho – disse o tenente.
Com apenas 26 anos e há quatro na corporação, o tenente Ronald Cadar afirmou que casos como este não são exceção, mas a regra.
– Considero esta prisão apenas mais um trabalho. A Polícia Militar tem diversas ações positivas, mas poucas são divulgadas. Essa é a ética ensinada pela corporação. Tudo na vida são escolhas, e esta foi a minha – afirmou Cadar.
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