Wellington Menezes de Oliveira pagou R$ 1.200 em dinheiro pelo revólver calibre 38 e por 60 balas de mesmo calibre utilizados no massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no último dia 7. A arma e a munição foram compradas de Manuel Freitas Louvise, de 57 anos, que foi preso na manhã desta quinta-feira, após confessar a venda em depoimento na Divisão de Homicídios (DH). Wellington e Manuel trabalharam juntos numa fábrica de alimentos em Jacarepaguá, onde se conheceram. Manuel trabalhava como segurança na empresa, e Wellington era o responsável pelo almoxarifado.
Em depoimento na DH nesta quarta-feira, Manuel disse que, durante dois meses, Wellington tentou convencê-lo a vender o revólver. O rapaz alegava que estava se mudando para Sepetiba, e precisava de uma arma para se defender. A venda foi concretizada em setembro do ano passado, e Wellington pagou os R$ 1.200 à vista. Manuel afirmou, também, que aceitou vender a arma com a condição de que Wellington raspasse o número de série. A promessa foi cumprida, já que no dia do massacre, o revólver estava sem a numeração. A polícia chegou até Manuel depois de uma perícia no revólver, que utilizou um reagente químico para identificar o número de série.
O segurança, então, foi chamado para depor na DH nesta quarta-feira, quando acabou confessando ter vendido o revólver calibre 38 para Wellington. Manuel foi indiciado por comércio ilegal de arma de fogo, e teve a prisão decretada pela Justiça na manhã desta quinta-feira. Se condenado, ele pode pegar de quatro a oito anos de prisão.
Segundo a polícia, Wellington disparou 66 tiros na escola, sendo 60 de calibre 38 e seis de calibre 32. Após se suicidar, ele ainda tinha 17 balas de calibre 38 e seis de calibre 32 disponíveis.
Na semana passada, a polícia prendeu dois acusados de terem negociado a venda do revólver calibre 32 utilizado por Wellington no massacre.
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