GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Músicas de baleias jubarte passam de uma população para outra e se espalham por oceano

RIO - As baleias jubarte têm sua própria versão da música pop, de acordo com um estudo na "Current Biology". Num determinado momentos, os machos cantam todos a mesma melodia de acasalamento. Mas o padrão da música muda ao longo do tempo, com novas e aparentemente cativantes versões da canção se espalhando repetidamente através do oceano, quase sempre viajando de oeste para leste.
- Nossa descoberta revela uma mudança cultural em grande escala - disse Ellen Garland, estudante de graduação na Universidade de Queensland, Austrália.
Muitas músicas se moveram como ondulações culturais de uma população para outra, fazendo todos os machos trocarem suas canções por uma nova.
- Esta é a primeira vez que, em ampla escala, documentou-se intercâmbio cultural numa população tão variada de uma espécie que não a humana - acrescentou.
Pesquisadores da universidade, em colaboração com membros do Consórcio de Pesquisa de Baleias do Pacífico Sul, são os responsáveis pela descoberta. Eles estavam procurando por parceiros em músicas das baleias gravadas de seis populações vizinhas no Oceano Pacífico ao longo de uma década. O resultado revelou um padrão surpreendente de transmissão cultural: os sons se espalham da Austrália para a Polinésia Francesa no curso de cerca de dois anos.
- As canções começaram numa população que migra pela costa leste da Austrália e então percorreram - apenas os sons e não as baleias - todo o caminho para a Polinésia Francesa no leste - afirmou Ellen. - Em primeiro lugar, as músicas foram aprendidas com os machos no oeste e depois, de forma gradual, se espalharam por toda a vasta região.
Na verdade, apenas uma canção se propagou para o oeste ao longo do período de estudo. Garland explicou que o quase exclusivo movimento dos sons para o leste pode ser devido a diferenças de tamanho da população, já que o grupo na costa oriental da Austrália é muito grande em comparação com todos os outros na região. Os pesquisadores suspeitam que a variação tenha sido causada por um pequeno grupo de machos que se mudou para outras populações, ou por baleias em populações próximas que ouviram as novas canções, enquanto eles nadavam juntos na migração.
Na maioria das vezes, as canções contêm algum material do ano anterior combinado a algo novo.
- Seria como emendar uma música antiga dos Beatles com uma do U2 - disse Ellen. - Ocasionalmente, eles abandonam a música antiga e começam a cantar uma nova.
Quando uma nova canção surge, todos os machos parecem rapidamente mudar de tom. Essas músicas geralmente aumentam até o tom máximo no decurso de uma temporada de reprodução.
A estudante disse que ainda não se sabe por que as músicas da baleia jubarte se propagam deste jeito. Na verdade, ainda não se sabe muito bem nem por que as baleias cantam. As canções são como um dispositivo para o acasalamento, mas é incerto se o principal efeito é atrair as fêmeas ou afastar os machos rivais. Ela também suspeita que as baleias possam querer se destacar com uma canção pop nova.
- Acreditamos que essa busca do sexo masculino pela novidade seja explicada pela esperança de ser um pouco diferente e talvez um pouco mais atraente para o sexo oposto.

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