GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Enfermeiros em vez de médicos nas Clínicas da Família do Rio

 

 

Fabrício mostra o pedido de exame e a receita obtidos sem consulta médica


O pronto atendimento nas Clínicas da Família começou a apresentar sintomas de mal estar na população. Em busca de consultas nessas unidades de saúde, pacientes afirmam que, no lugar de médicos, são enfermeiros que atendem, examinam e até prescrevem nos consultórios.
Foi o que aconteceu com a operadora de caixa Ana Cristina de Medeiros, de 26 anos. Preocupada com a febre de três dias da filha, Andressa, de apenas três meses, ela procurou a Clínica da Família Valéria Gomes Esteves, em Sepetiba. No local, segundo ela, a recém-nascida foi atendida e liberada por uma enfermeira, sem a supervisão de um médico.
— Cheguei lá e pedi um pediatra, mas disseram que o atendimento era com a enfermeira, pois ela é quem diria se precisaria ou não de um médico. Ela examinou minha filha, disse que o pulmão estava limpinho e a liberou em seguida, sem a presença de nenhum médico no consultório. Mas, quando tossia, dava para sentir o catarro no pulmão — conta.
A babá Vanessa de Oliveira Monteiro, de 20 anos, que é cunhada de Ana, passou pela mesma situação. Grávida de três meses, ela começou a fazer o pré-natal com a mesma enfermeira que atendeu Ana.
— Já sabia sobre a falta de médicos lá. A enfermeira me pesou, olhou a ultrassonografia e me receitou sulfato ferroso e ácido fólico um vez por dia, sempre na hora do almoço. Fico preocupada porque tenho cistos nos ovários — disse Vanessa.

Assinatura de médico sem exame clínico

Casos parecidos também são comuns na clínica da família Dr. José Antônio Ciraudo, em Santa Cruz. Com dores no corpo e nos olhos, o bombeiro hidráulico Fabricio Rodrigues da Silva, de 31 anos, também foi atendido por um enfermeiro.
O funcionário assinou o pedido de um hemograma completo e, segundo Fabricio, saiu da sala e voltou com uma receita assinada por um médico.
— Só vi que era enfermeiro quando li o pedido do exame.

Diagnóstico errado

O pedreiro Elomir da Silva Lopes, de 39 anos, passou por situação parecida. Com um forte incômodo na garganta, ele procurou a Clínica da Família e foi atendido por um enfermeiro. Desconfiado, buscou atendimento de um especialista dias depois e descobriu que o problema era no estômago.

- O enfermeiro mandou eu abrir a boca, olhou a garganta e me liberou, pedindo para eu beber líquido. Desconfiado, fui a um médico particular e ele diagnosticou problema no estômago - disse ele.

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