RIO - Acusada de integrar a milícia do vereador Luis André Ferreira da Silva, o Deco - preso na quarta-feira na Operação Blecaute -, a presidente da Associação de Moradores da Fazenda Chacrinha, em Campinho, Maria Ivonete Madureira, se apresentou na tarde desta quinta-feira na Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas. Ela teve a prisão preventiva decretada. A ação tem a participação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Ministério Público estadual.
Conforme O GLOBO noticiou, Deco usava seu gabinete na Câmara como escritório da milícia que comandava em 13 comunidades de Jacarepaguá. O político tinha um cadastro com nomes e números de títulos de eleitor de moradores. Há ainda documentos que indicam o desconto de parte dos salários de assessores. A partir da descoberta de promotores e policiais, Deco também será investigado por compra de votos e coação de eleitores. Ex-cabo paraquedista do Exército, ele assumiu sua vaga em fevereiro, no lugar de Liliam Sá (PR), eleita deputada federal.
Deco é acusado de chefiar o grupo paramilitar que planejou matar a hoje chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, quando ela era titular da 28 DP (Campinho), responsável pela investigação de crimes do bando. A delegada confirmou que o Disque-Denúncia recebeu três ligações na época informando sobre o plano. Numa delas, a placa de seu carro chegou a ser mencionada corretamente. No entanto, na quarta-feira a chefe de Polícia Civil não relacionou os telefonemas ao grupo.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI das Milícias, uma vereadora e uma promotora, cujos nomes não foram divulgados, também sofreram ameaças. Freixo disse na quarta que sabia do plano para matá-lo e lembrou que Deco era o último político da lista de citados na CPI das Milícias ainda com mandato. Mas afirmou que outros podem ser eleitos caso o poder desses grupos no Legislativo não seja eliminado:
Após um ano de investigação, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitaram à Justiça 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. O grupo de Deco domina comunidades onde vivem cerca de 150 mil pessoas e movimenta mensalmente valores de até R$ 400 mil.
As investigações da Draco revelam que a milícia de Deco cobra de comerciantes taxa mensal de R$ 100. Mototaxistas são obrigados a pagar quinzenalmente R$ 30. Moradores pagam R$ 10 pelo fornecimento de água, que é cortado caso o valor não seja entregue nas associações de moradores ligadas ao esquema. O bando também explora “gatonet” (R$ 30), internet (R$ 30), cobra ágio na venda de gás e um percentual de 20% na venda de imóveis. O grupo também estaria por trás da ocupação e venda de terrenos da prefeitura.
O braço-direito de Deco na quadrilha seria Hélio Albino Filho, o PM Souza. Apesar de não ser policial, ele era visto circulava uniformizado em patrulhas da PM. Na casa de Hélio, que está foragido, os policiais encontraram R$ 60 mil em dinheiro, joias e um cofre. Os demais integrantes do grupo são a presidente da Associação de Moradores da Chacrinha, Maria Ivonete Santana Oliveira; o presidente da Associação de Moradores do Conjunto do Ipase, na Praça Seca, Arilson Barreto das Neves, o Cabeção; Paulo Ferreira Júnior, o Paulinho do Gás; Edilberto Gomes Alves, o Bequinho, e os irmãos Gonçalo e Jorge de Souza Paiva. Ivonete se apresentou à polícia na tarde desta quinta. E, até o fim da tarde de quarta-feira, haviam sido presos Bequinho e Arilson Cabeção.
Conforme O GLOBO noticiou, Deco usava seu gabinete na Câmara como escritório da milícia que comandava em 13 comunidades de Jacarepaguá. O político tinha um cadastro com nomes e números de títulos de eleitor de moradores. Há ainda documentos que indicam o desconto de parte dos salários de assessores. A partir da descoberta de promotores e policiais, Deco também será investigado por compra de votos e coação de eleitores. Ex-cabo paraquedista do Exército, ele assumiu sua vaga em fevereiro, no lugar de Liliam Sá (PR), eleita deputada federal.
Deco é acusado de chefiar o grupo paramilitar que planejou matar a hoje chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, quando ela era titular da 28 DP (Campinho), responsável pela investigação de crimes do bando. A delegada confirmou que o Disque-Denúncia recebeu três ligações na época informando sobre o plano. Numa delas, a placa de seu carro chegou a ser mencionada corretamente. No entanto, na quarta-feira a chefe de Polícia Civil não relacionou os telefonemas ao grupo.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI das Milícias, uma vereadora e uma promotora, cujos nomes não foram divulgados, também sofreram ameaças. Freixo disse na quarta que sabia do plano para matá-lo e lembrou que Deco era o último político da lista de citados na CPI das Milícias ainda com mandato. Mas afirmou que outros podem ser eleitos caso o poder desses grupos no Legislativo não seja eliminado:
Após um ano de investigação, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitaram à Justiça 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. O grupo de Deco domina comunidades onde vivem cerca de 150 mil pessoas e movimenta mensalmente valores de até R$ 400 mil.
As investigações da Draco revelam que a milícia de Deco cobra de comerciantes taxa mensal de R$ 100. Mototaxistas são obrigados a pagar quinzenalmente R$ 30. Moradores pagam R$ 10 pelo fornecimento de água, que é cortado caso o valor não seja entregue nas associações de moradores ligadas ao esquema. O bando também explora “gatonet” (R$ 30), internet (R$ 30), cobra ágio na venda de gás e um percentual de 20% na venda de imóveis. O grupo também estaria por trás da ocupação e venda de terrenos da prefeitura.
O braço-direito de Deco na quadrilha seria Hélio Albino Filho, o PM Souza. Apesar de não ser policial, ele era visto circulava uniformizado em patrulhas da PM. Na casa de Hélio, que está foragido, os policiais encontraram R$ 60 mil em dinheiro, joias e um cofre. Os demais integrantes do grupo são a presidente da Associação de Moradores da Chacrinha, Maria Ivonete Santana Oliveira; o presidente da Associação de Moradores do Conjunto do Ipase, na Praça Seca, Arilson Barreto das Neves, o Cabeção; Paulo Ferreira Júnior, o Paulinho do Gás; Edilberto Gomes Alves, o Bequinho, e os irmãos Gonçalo e Jorge de Souza Paiva. Ivonete se apresentou à polícia na tarde desta quinta. E, até o fim da tarde de quarta-feira, haviam sido presos Bequinho e Arilson Cabeção.
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