GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

ANS suspende a venda de 212 planos de saúde de 21 operadoras Punição é por descumprimento de prazos de atendimento e negativa de cobertura; veja lista completa

O Ministério da Saúde determinou a suspensão da venda de 212 planos de saúde de 21 operadoras por não cumprirem os requisitos de qualidade no atendimento aos clientes. A determinação vale a partir de sexta-feira, 23. O novo grupo soma-se a outras cinco operadoras e 34 planos que já estavam suspensos há seis meses, desde o ciclo anterior de monitoramento.
A suspensão ocorre porque os planos não cumprem os prazos de atendimento e também porque se negam a cobrir um procedimento previsto sem justificativa aceitável. No novo grupo, a Amil Assistência Médica Internacional foi a operadora que teve o maior número de planos suspensos, 91. A segunda é a Amico Saúde Ltda, com 31.
Depois da avaliação atual, seis operadoras com 125 planos puderam voltar a vender novos planos. "Elas tiveram que adequar, ampliar rede, hospitais, para poderem dar conta do atendimento", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Das 17 operadoras suspensas no quinto ciclo de monitoramento, há três meses, 10 foram encaminhadas para saída do mercado.
Desde o início do monitoramento, há um ano e meio, as reclamações registradas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) saltaram de 2.981 para 17.417, recebidas pelos telefones da agência e também do próprio ministério. Segundo Padilha, a grande maioria, 81,4%, foi resolvida a partir de mediação da ANS.
O aumento, para o ministro, demonstra que as pessoas estão acreditando e conhecendo mais o poder de interferência da agência, o que vem dando resultados. "As pessoas estão vendo que fazer a queixa funciona", afirmou o ministro.
No País, 48,6 milhões de pessoas têm planos de assistência médica, segundo a ANS. São 1.513 operadoras em operação – 1.103 de assistência médica hospitalar e 410 odontológicos.
VEJA LISTA DOS PLANOS SUSPENSOS, SUAS RESPECTIVAS OPERADORAS E SEUS NÚMEROS DE REGISTRO:
AMICO Saúde LTDA
AMPHLA COLETIVO 402496996
BÁSICA GR MUNICÍPIOS EMP QC 444148036
CLINIC GR MUNICÍPIOS EMP QC 444152034
CLINIC GR MUNICÍPIOS EMP QP 444150038
CONVENCIONAL REDE PLENA GR MUNICÍPIOS EMP QC 402859987
Dix 10 RJ SP GR. MUN. QC 462993101
Dix 10 RJ SP GR. MUN. QP 463363106
Dix 100 DF QC PJCA 464361115
Dix 100 DF QP PJCA 464362113
Dix 100 DF QP PJCE 464385112
Dix 100 GR.EST. QC PJCE 465321111
Dix 100 GR.EST. QP PJCE 465327111
Dix 100 RM RJ QC PJCA 464382118
Dix 100 RM RJ QP PJCA 464381110
Dix 100 RM SP QC PJCA 464378110
Dix 20 RJ SP PR QC 463368107
Dix 20 RJ SP PR QP 463369105
Dix 200 GR.EST. QC PJCE 465326112
Dix 200 GR.EST. QP PJCE 465325114
Dix 200 RM RJ QC PJCA 464380111
Dix 200 RM RJ QC PJCE 464374117
Dix 200 RM RJ QP PJCE 464373119
Dix 200 RM SP QP PJCE 464367114
DIX CLASSIC GR MUNICÍPIOS EMP QP 432745004
Dix Classic RJ SP GR. MUN. QC 463374101
DIX DENTAL I GR MUNICÍPIOS EMP 435809011
DIX R50 REDE BÁSICA GR MUNICÍPIOS EMP QC 429523004
QUALIS SEM CO-PARTICIPAÇÃO 409122991
STANDARD GR MUNICÍPIOS EMP QC 444154031
VITA PREMIUM SEM CO-PARTICIPAÇÃO 409120995
VITA sem Co-participação 409118993
AMIL Assitência internacional S.A.
AMESP PROTEÇÃO ESSENCIAL 220/E 439245021
AMESP PROTEÇÃO ESSENCIAL 240/E 439384028
Amil 110 Nacional QP PJCA 466756125
Amil 120 Nacional Emp QP 415608991
Amil 120 Nacional PJ QC 462783101
Amil 130 Nacional Emp QP 415610992
Amil 140 Nacional PJ QP 463048103
Amil 140 Nacional PJ QP Copart 462785107
Amil 140 Plus Gr Estados PJ QP 462870105
Amil 150 Nacional Emp QP 415613997
Amil 160 Nacional Emp QP 415611991
Amil Blue Clássico Estadual CA QC 458181084
Amil Blue Gold Nacional PJ QP 462787103
Amil Blue I Estadual Emp Sem Obst QC Co-Part 458129086
Amil Blue I Estadual CA QP 458127080
Amil Blue I Nacional PJ QC 462788101
Amil Blue I Nacional PJ QC Copart 462798109
Amil Blue II Nacional PJ QC 462791101
Amil Blue II Nacional PJ QP 462799107
Amil Blue III Nacional PJ QP 462794106
Amil Blue IV Nacional PJ QP 462796102
Amil Dental I Nacional CA 463262101
AMIL DENTAL I Nacional Emp 401899991
Amil Dental II Plus Nacional Emp 463281108
Amil Linha Dental Nac PJCE 465705115
AMIL MEDICUS 122 PJ (COM E SEM FRANQUIAS - APTO.OU ENFERM.) 401883994
AMIL MEDICUS ESP. 122 ENF PJ (COM E SEM FRANQUIAS) 401885991
Amil ONE Nacional PJ QP 462851109
AMIL PJ MEDICUS MA 122 452602043
AMIL PJ RC 20.101 448951049
AMIL PJ RC 30.101 448952047
AMIL PJ RC 40.101 448953045
AMIL PJ RE 50 SERIE 100 448954043
Blue 200 MG QC PJCA 466865121
Blue 200 MG QP PJCE 464096119
Blue 200 NAC QC PJCE 465290118
Blue 200 RMC QC PJCA 464202113
Blue 300 DF QC PJCA 464297110
Blue 300 DF QP PJCA 464295113
Blue 300 NAC QC PJCE 465282117
Blue 300 NAC QP PJCE 465281119
Blue 300 RM PR QP PJCE 464240116
Blue 300 RM RJ QC PJCA 464120115
Blue 300 RM RJ QC PJCE 464111116
Blue 300 RM RJ QP PJCE 464097117
Blue 300 SP QC PJCE 464134115
Blue 400 NAC QC PJCE 464154110
BLUE 400 NAC QC PJCE GEQ 467957121
Blue 400 NAC QP PJCA 464160114
Blue 400 NAC QP PJCE 464152113
Blue 500 NAC QP PJCA 464161112
Blue 500 NAC QP PJCE 464150117
Blue 600 NAC QP PJCA 464167111
Blue 600 NAC QP PJCE 464159111
Blue 700 NAC QP PJCE 464175112
Blue 800 NAC QP PJCE 464173116
Blue Life Executivo Gr Estados Emp QP 440302029
Consult Executivo Gr Estados CA QP 439723021
Dental 200 Nac PF 466953123
Dental 200 Nac PJCA 466507124
Dental 200 Nac PJCE 466516123
ESSENCIAL 350 A 465429113
ESSENCIAL 350 E 464084115
H0+L 456221076
H3+L 456223072
H4+L 456224071
Medial 100 RM SP QC PJCA S/COPART 464937111
Medial 200 RM PR QC PJCA COPRC4 S/Obst 464421112
Medial 200 RM RJ QC PJCE COPRC4 464114111
Medial 200 RMC QC PJCE COPRC4 464186118
Medial 200 RMC QP PJCE COPRC4 464185110
Medial 300 DF QC PJCE COPRC5 464301111
Medial 300 RM PR QC PJCA COPRC5 464234111
Medial 300 RM PR QC PJCE COPRC5 S/Obst 464431110
Medial 300 RM PR QP PJCA COPRC5 S/Obst 464424117
Medial 300 SP QC PJCE COPRC5 464136111
Medial 400 NAC QC PJCA S/ Copart 464943115
Medial 500 NAC QP PJCA S/Copart 464933118
MEDIAL CONFORTO CLASS 620/E 433744001
MEDIAL CONFORTO CLASS 620A 451011049
MEDIAL CONFORTO PREMIUM 840A 437559029
Medial INTER I NAC QC PJCE 465305110
Medial Odonto Empresarial 456228073
Medial Odonto P 456229071
MEDIAL PROTEÇÃO IDEAL 420/A 440102026
MEDIAL PROTEÇÃO IDEAL 420/E 440101028
Medial STANDARD I GR.EST. QC PJCE 465312112
Medial STANDARD I GR.EST. QP PJCE 465308114
Medial STANDARD II NAC QC PJCE 465311114
Medial STANDARD II NAC QP PJCE 465307116
REFERENCIAL PME Gr Municipios Emp QC Co-Part 451027045
SÃO CRISTÓVÃO 20 A 463169102
SÃO CRISTÓVÃO 20 E 463170106
SÃO CRISTÓVÃO EMPRESARIAL 10 A 465674111
SC EMPRESARIAL 1A 454912061
SC EMPRESARIAL 1E 454913069
BENEPLAN Plano de Saúde LTDA.
PLENO ESPECIAL GRUPAL I 439564026
PLENO GRUPAL PRÉ PAGAMENTO 411488994
PLUS GRUPAL - EMPRESARIAL 705528995
TEC SEG ECONÔMICO INDIVIDUAL FAMILIAR 415705992
TEC SEG PLENO INDIVIDUAL/FAMILIAR 411486998
TEC SEG PLUS INDIVIDUAL/FAMILIAR 705527997
Centro Trasmontano de São Paulo
GOLD 712 Enfermaria 467145127
GOLD I 712 Apartamento 467144129
ECOLE Serviços Médicos LTDA
Ecole Básico 439023027
Ecole Empresarial Básico 400748994
Fundação Assistêncial dos Servidores do Ministério da Fazenda
ASSEFAZ DIAMANTE APARTAMENTO 466493121
ASSEFAZ DIAMANTE APARTAMENTO EMPRESARIAL 466498121
ASSEFAZ RUBI APARTAMENTO 466496125
ASSEFAZ RUBI APARTAMENTO EMPRESARIAL 466490126
ASSEFAZ SAFIRA APARTAMENTO 466497123
ASSEFAZ SAFIRA ENFERMARIA 466492122
ASSEFAZ SAFIRA ENFERMARIA EMPRESARIAL 466491124
Fundação Saúde ITAÚ
BASICO 462162100
ESPECIAL 462166102
ESPECIAL I 462163108
EXECUTIVO I 462164106
PLANO DE SAÚDE ITAU 450510047
UBBAP Especial V 468530130
UBBAP Executivo V 468529136
UBBAT Especial V 468519139
G & M Assessoria Médica Empresarial LTDA - EPP
Plano Ambulatorial Coletivo por Adesão 432785003
GEAP Fundação de Seguridade Social
GEAPClássico 456093071
GEAPEssencial 455835079
GEAP-Referência 455830078
GEAPSaúde II 458004084
PLANO GEAPFAMÍLIA 434233000
PREVENT Senior Private Operadora de Saúde LTDA
PREVENT SENIOR ESMERALDA APARTAMENTO 444214038
PREVENT SENIOR ESMERALDA ENFERMARIA 444213030
PROMÉDICA - Proteção Médica à Empresas S.A.
Co-Participado Especial 433792001
Co-Participado Essencial 433793000
Co-Participado Referencia Promedica 433786007
Plano Ambulatorial 459136084
Plano Especial 402792982
Standard Plus 700252991
PRONTOMED Assistência Médica LTDA.
ProntoMed Saúde 414822993
PRONTOPLAN - BRONZE 435296013
Sindicato dos Assalariados Ativos, Aposentados e Pensionistas nas Empresas Geradoras, ou Transmissoras, ou Distribuidoras, ou afins de Energ
Plano Global 432218005
Plano Odontológico 432221005
Plano Odontológico "A" 432217007
Sener Alternativo 436375012
SMS - ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
EMPRESARIAL PREMIUM APARTAMENTO REDE CREDENCIADA 401569980
SMS-SPECIAL EMPRESARIAL 437026021
Sociedade Portuguesa de Beneficência
BENESAÚDE - REFERÊNCIA 426780990
BENESAÚDE - REFERÊNCIA 432166009
BENESAÚDE - REFERÊNCIA 432175008
SOMEL - Sociedade para Medicina Leste LTDA.
UNISIS CE APARTAMENTO 467067121
UNISIS CE ENFERMARIA 467068120
UNISIS I/F APARTAMENTO 466366127
UNISIS I/F ENFERMARIA 466365129
SOSAUDE Assistência Médico Hospitalar LTDA
Só Saúde Enfermaria Individual/Familiar sem Obstetrícia 467561124
SoSaude Flex Standart 455751074
SOSAUDE FLEX STANDART EMPRESARIAL 455750076
STANDARD ENFERMARIA SEM OBSTETRICIA 453350040
STANDART SEM OBSTETRICIA EMPRESARIAL 447049034
VIP APARTAMENTO SEM OBSTETRICIA 453351048
SUL AMERICA Companhia De Seguro Saúde
505 - Especial 100 QP 466058117
505 - Exato QC 466065110
505 - Exato QP 466064111
Básico 10 Empresarial/PME Trad.10 AHO QC 463401102
Básico 10 Empresarial/PME Trad.10 AHO QP 463400104
Básico Adesão Tradicional AHO QC 700473997
Básico Adesão Tradicional AHO QP COP 432411001
Básico PME Tradicional AHO QC 431427001
Beta Adesão AHO QP 445324037
Beta Empresarial AHO QP COP 445497039
Especial Adesão Tradicional AHO QP 700474995
Especial PME Tradicional AHO QP 431428000
Executivo/Máximo Adesão Tradicional AHO QP 700476991
UNIMED Sergipe - Cooperativa De Trabalho Médico
UNIMED CIDADE BASICO 704574993
UNIVIDA BÁSICO EMPRESARIAL 409030996
UNIVIDA BASICO PLUS 1 703790992
UNIVIDA ESPECIAL ADESÃO PARTICIPATIVO 703792999
UNIVIDA ESPECIAL PLUS 1 703788991
VIVA Planos De Saúde LTDA
GLOBAL II 468024123
PREFERENCIAL I 468021129
SAÚDE GLOBAL 20 460041090
SAÚDE GLOBAL 30 457591081
SAUDE PE120 QP 460050099
SAUDE PE21 QC 460044094

Ministros do STF tentam apaziguar clima de tensão Na retomada da análise dos recursos do mensalão, expectativa é de que decano da Corte faça desagravo a Lewandowski, acusado por Barbosa de fazer chicana

Para apaziguar os ânimos e permitir a retomada do julgamento do mensalão em clima menos conflagrado, ministros do Supremo Tribunal Federal esperam uma intervenção do decano da Corte, Celso de Mello, na sessão de amanhã. Ninguém acredita num pedido de desculpas do presidente do STF, Joaquim Barbosa, ao ministro Ricardo Lewandowski pelas críticas feitas na semana passada.
Desde a sessão de quinta-feira, quando Barbosa acusou Lewandowski de fazer chicana ao defender uma tese que levaria à redução de pena de um dos condenados, o decano do STF esteve por duas vezes com o presidente do Supremo. A última delas foi ontem à noite.
Um pedido de desculpas de Barbosa ou uma intervenção de Celso de Mello poderão fazer com que Lewandowski desista de apresentar uma questão de ordem à Corte para garantir o direito ao voto. Amanhã, a tese encampada por Lewandowski e que esteve no centro da discussão será derrotada pelos demais integrantes.
Na semana passada, após a discussão em plenário e os xingamentos a portas fechadas, Barbosa foi procurado por integrantes da Corte. Um deles foi Luiz Fux, um dos poucos aliados do presidente na atual composição. De acordo com ministros, além de Fux e Celso de Mello, outros emissários teriam também procurado o presidente do STF na tentativa de serenar os ânimos.
Reservadamente, Barbosa rejeita a possibilidade de se retratar, o que foi pedido publicamente por Lewandowski ainda na sessão de quinta-feira, quando o presidente o acusou de fazer chicanas para beneficiar os réus do mensalão. Porém, a intervenção do decano da Corte pode amainar o clima, servir de desagravo a Lewandowski e encerrar este novo episódio no julgamento.
Tese derrubada. Com o julgamento retomado, a tese defendida por Lewandowski na sessão da semana passada e que beneficiaria o ex-deputado Bispo Rodrigues (PR-RJ) será definitivamente derrubada. Apesar de terem se manifestado reservadamente em favor de Lewandowski, os ministros afirmam em uníssono que não haveria provas que permitissem ao tribunal reduzir a pena de 6 anos e 3 meses imposta a Rodrigues.
Para a maioria do tribunal, não há provas de que o ex-deputado tenha recebido ou prometido ajudar o governo em troca do mensalão antes de dezembro de 2003. Dessa forma, Bispo Rodrigues seria enquadrado na nova legislação, aprovada em dezembro daquele ano e que aumentou as penas previstas para o crime de corrupção.
Próximos recursos. Encerrado este capítulo do julgamento, o tribunal analisará os recursos de outros réus. Barbosa havia dito, na semana passada, que os próximos recursos seriam do operador do mensalão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. No entanto, o presidente poderá alterar o cronograma.
De acordo com sua assessoria, não serão julgados nesta semana os pedidos feitos por parte dos réus do mensalão por um novo julgamento. O plenário terá de decidir se aceita ou rejeita os embargos infringentes.
Se aceitos, garantiriam a 11 réus uma nova chance. Nesse caso, o recurso seria distribuído para um novo ministro e, no mínimo, adiaria a conclusão do processo para 2014.

MMX tem alta recorde na Bolsa Rumores de venda da mineradora de Eike Batista aumentaram ontem e fizeram ação da empresa fechar em R$ 2,38

Embaladas por rumores de que a MMX, empresa de mineração e logística de Eike Batista, seria a "bola da vez" na venda de ativos do grupo X, as ações ordinárias (ON) da empresa lideraram as maiores altas do Ibovespa ontem, com ganho de 13,33%. O papel teve a melhor cotação dos últimos cinco meses: R$ 2,38.
Segundo operadores do mercado financeiro, a valorização ocorreu em meio à expectativa de que seja anunciada, ainda nesta semana, a venda da companhia ou de parte dela. "Os rumores cresceram, com a especulação de que a Vale teria feito uma proposta firme para a compra de toda a MMX na sexta-feira", disse um profissional, que preferiu não se identificar.
Ele mesmo lembrou, entretanto, que o presidente da Vale, Murilo Ferreira, durante conferência no início do mês sobre os resultados da companhia no segundo trimestre, negou o interesse em ativos do EBX. "Apesar disso, o mercado se movimenta em cima dos rumores", disse.
A Vale negou, em nota, que esteja em negociação com a empresa. Outras propostas estariam na mesa. Há rumores de que a B&A (BTG) ainda tenta fazer uma fusão com mineradoras da região para uma negociação viável.
A MMX é controlada por Eike com uma fatia de 59,3% e tem também como sócios os chineses da Wisco (10, 5%) e a sul coreana SK Networks (8,8%). Há ainda 21,4% no mercado, com outros acionistas. Os ativos da companhia são o superporto do Sudeste, a MMX Sudeste (com as minas de Serra Azul e Bom Sucesso) e a MMX Corumbá.
Na semana passada, também em teleconferência sobre resultados, o presidente da MMX, Carlos Gonzalez, disse que vender o Porto Sudeste separado não seria atrativo. O executivo ressaltou que um dos grandes atrativos do Sudeste é permitir o escoamento da produção da mina de Serra Azul da MMX.
CONVERSAS
Como o porto é o ativo mais valioso da mineradora de Eike, é em cima dele que estão as negociações. Segundo fontes próximas à empresa, o porto já teria recebido ofertas das tradings Glencore e Trafigura e há conversas em andamento com as siderúrgicas Gerdau, CSN e Usiminas. Outra possibilidade é a negociação com a MRS, empresa ferroviária que opera a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A integração com o porto seria o sentido do negócio para a empresa, que reúne Vale, MBR, CSN, Gerdau, Namisa e UPL, entre outros.
No momento, no entanto, Eike estaria tentando de tudo para fechar negócio com a EIG Global Energy Partners LLC, que na semana passada anunciou um aporte de R$ 1,3 bilhão para ficar com o controle da LLX, responsável pela construção do superporto do Açu.
Segundo fontes próximas às negociações, no processo de venda da LLX, o empresário chegou a receber uma proposta do banco BTG Pactual, que também assessora o grupo X na reestruturação, de R$ 0,16 por ação. A EIG levou o controle da empresa por R$ 1,20 a ação.
Na semana passada, Gonzalez revelou que a mina de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, também ocupa o topo da lista de desinvestimentos. "Temos interesse de nos desfazer do ativo", afirmou o executivo, dizendo que a empresa tem conversado com empresas regionais interessadas em adquirir o projeto.
"Fomos procurados por várias empresas que não querem entrar na MMX como um todo. São empresas de interesse regional que querem participar só de Corumbá", explicou. Suspenso em julho, o projeto obrigou a mineradora a fazer uma baixa contábil de R$ 153,8 milhões no balanço do segundo trimestre.

Empresas de educação têm bons resultados

Depois de garantir um grande número de matrículas no início do ano, as companhias do setor de educação tiveram mais um trimestre de resultados operacionais fortes, de acordo com o esperado. Para o segundo semestre, o ambiente ainda permite traçar boas perspectivas, mas as próprias companhias deram poucas pistas sobre o futuro.
Os resultados mais bem recebidos pelo mercado foram os da Kroton, que reportou lucro líquido de R$ 99,5 milhões no segundo trimestre de 2013, crescimento de 206,8% ante o mesmo período de 2012, e voltou a elevar as metas para o ano. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada cresceu 7,6 pontos. Segundo comentou em relatório o analista da Ágora Corretora, José Cataldo, a elevação de receita em 53,1%, margens e geração de caixa além da nova meta aumentaram o otimismo para o ano.
A Anhanguera surpreendeu ao ampliar a base de alunos Fies, que chegou a 100 mil estudantes, a meta para o ano. A companhia agora espera ter até 120 mil estudantes no financiamento ainda em 2013. A empresa teve lucro líquido consolidado de R$ 34,1 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 38,9%. Do lado negativo, os analistas destacam a elevação da provisão para devedores duvidosos (PDD) na Anhanguera, que ficou em R$ 37,3 milhões no segundo trimestre, aumento de 36,4% na comparação anual.
A Estácio também superou expectativas, sobretudo por causa do Ebitda, que subiu 80%, para R$ 66,6 milhões. Apesar de não ter mantido o mesmo ritmo de queda da evasão do primeiro semestre, analistas do Bank of America Merrill Lynch destacaram que ainda há potencial de redução do índice e de melhoria das margens operacionais.

Empresas de educação têm bons resultados no trimestre

Depois de garantir um grande número de matrículas no início do ano, as companhias do setor de educação tiveram mais um trimestre de resultados operacionais fortes, de acordo com o esperado. Para o segundo semestre, o ambiente ainda permite traçar boas perspectivas, mas as próprias companhias deram poucas pistas sobre o futuro.
Os resultados mais bem recebidos pelo mercado foram os da Kroton, que reportou lucro líquido de R$ 99,5 milhões no segundo trimestre de 2013, crescimento de 206,8% ante o mesmo período de 2012, e voltou a elevar as metas para o ano. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada cresceu 7,6 pontos. Segundo comentou em relatório o analista da Ágora Corretora, José Cataldo, a elevação de receita em 53,1%, margens e geração de caixa além da nova meta aumentaram o otimismo para o ano.
A Anhanguera surpreendeu ao ampliar a base de alunos Fies, que chegou a 100 mil estudantes, a meta para o ano. A companhia agora espera ter até 120 mil estudantes no financiamento ainda em 2013. A empresa teve lucro líquido consolidado de R$ 34,1 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 38,9%. Do lado negativo, os analistas destacam a elevação da provisão para devedores duvidosos (PDD) na Anhanguera, que ficou em R$ 37,3 milhões no segundo trimestre, aumento de 36,4% na comparação anual.
A Estácio também superou expectativas, sobretudo por causa do Ebitda, que subiu 80%, para R$ 66,6 milhões. Apesar de não ter mantido o mesmo ritmo de queda da evasão do primeiro semestre, analistas do Bank of America Merrill Lynch destacaram que ainda há potencial de redução do índice e de melhoria das margens operacionais.

OMV concorda em comprar participações da Statoil

A austríaca OMV anunciou nesta segunda-feira que concordou em comprar participações em campos de óleo e gás na Noruega e no Reino Unido da norueguesa Statoil, por US$ 2,65 bilhões. A OMV concordou em comprar uma participação de 19% no campo produtor de óleo e gás de Gullfaks e 24% do projeto de desenvolvimento de óleo e gás de Gudrun.
Além disso, a empresa concordou em adquirir 30% no campo de desenvolvimento de petróleo de Rosebank e em torno de 5,88% no projeto de redesenvolvimento do campo de óleo de Schiehallion na Grã-Bretanha. A OMV e a Statoil também acertaram uma participação opcional em 11 das licenças de exploração da Statoil nas Ilhas Faroe e no Mar do Norte norueguês. As empresas firmaram uma parceria estratégica de pesquisa e desenvolvimento.
A empresa austríaca espera que a transação seja fechada até o fim de 2013, uma vez que está sujeita às condições usuais, incluindo a aprovação pelos Ministérios de Petróleo e Energia e de Finanças da Noruega e pela Secretaria de Estado do Reino Unido. O preço da aquisição também está sujeito a ajustes usuais para 2013 e deve avançar em cerca de US$ 500 milhões. 

Varejista Havan chega ao interior de SP

Era uma manhã de sábado e sob uma temperatura de 10 graus, debaixo de chuva, pelo menos 100 pessoas esperavam na rua para acompanhar a inauguração de uma nova loja de departamentos na cidade de Criciúma (SC). O proprietário, Luciano Hang, abriu as portas e recebeu os clientes com um coral de crianças que usavam uma bandana da rede na cabeça. A abertura da loja, no último dia 10, é mais uma etapa do agressivo plano de expansão de uma varejista ainda desconhecida em São Paulo, mas que vem ganhando espaço fora dos grandes centros. Inaugurada em 1986 como uma atacadista de tecidos em Brusque (SC), a Havan é hoje uma rede com 57 unidades e receita anual de R$ 2 bilhões.
Vestindo camiseta e jaqueta pretas estampadas com o logotipo da empresa, Hang coordenou todos os detalhes da festa. ?O aeroporto abriu? Veja se dá para trazer a Luciana Gimenez à tarde?, dizia o empresário ao telefone, entre uma foto e outra com clientes e autoridades locais. Às 13h, o helicóptero com a apresentadora do programa Super Pop, da Rede TV, patrocinado pela Havan, pousou no pátio da loja de Criciúma, ao lado de uma estrutura metálica ainda em construção, que receberá uma réplica de 35 metros de altura da Estátua da Liberdade, o símbolo da varejista.
É assim, fazendo barulho, que a Havan pretende deixar de ser uma rede regional para crescer em todo o Brasil. A meta da empresa é chegar a 100 unidades até 2015. Cada uma delas consumirá entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões em investimentos - dinheiro que vem de recursos próprios e de financiamentos.
?Abrimos uma loja a cada 15 dias. Chego a visitar dez cidades em uma semana?, conta Hang, que, entre os dias 5 e 10 de agosto, esteve em Sorocaba, São José dos Campos, Bauru, Anápolis, Goiânia e Brasília, antes de pousar seu jato em Criciúma.
Das 57 lojas da Havan, 23 estão em Santa Catarina. A primeira fora do Estado foi inaugurada em Curitiba, em 1995. A expansão além da Região Sul começou no ano passado. Hoje, a empresa também tem unidades no interior de São Paulo, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso e em Goiás.
A proposta da Havan é vender de tudo no mesmo espaço: roupas, eletrodomésticos, ferramentas, copos, cosméticos, brinquedos. ?É como um shopping, mas é mais barato?, garante o dono. As lojas oferecem, em média, 100 mil itens. A maior delas, em Brusque, ocupa 35 mil metros quadrados. ?É a maior loja do varejo brasileiro?, diz Hang.
A expansão da Havan é uma estratégia de sobrevivência, explica o consultor Claudio Felisoni, presidente do conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar/Ibevar). Como as grandes varejistas tendem a vender os mesmos produtos, o mercado é de margens reduzidas e as companhias precisam de escala para lucrar. ?A tendência no varejo é de baixa rentabilidade e alto giro. Para sobreviver, as empresas precisam de musculatura?, avalia.
No caso de redes regionais, a alternativa é ganhar porte nacional, como fez a Magazine Luiza, por exemplo, ou se unir a um grupo maior, como fez a também catarinense Salfer, vendida à Máquina de Vendas. ?Se ficar limitada a uma região, um dia a empresa vai fechar?, diz Felisoni.

Brusque atrai excursões de comerciantes para compras Tradição no ramo têxtil fez a cidade catarinense desenvolver shoppings para venda de confecções no atacado

A comerciante Leonilda da Silva saiu cedo da capital paranaense, na última quinta-feira, para fazer compras em Brusque. A empresária viaja à cidade a cada dois meses para abastecer sua loja de moda masculina, feminina e infantil em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
"Venho pela variedade. Aqui é mais modinha", diz a empresária, que gastou R$ 5 mil na cidade em um dia. "Se os preços estão bons, gasto até R$ 20 mil. Desta vez não estava tão barato", explica Leonilda, que também viaja para buscar mercadorias em São Paulo e em Cianorte, no norte do Paraná.
Leonilda veio na excursão da empresária Ana Joanita Szremeta, que há 23 anos leva lojistas da região de Curitiba para comprar na cidade catarinense. "Venho pra cá toda semana. São mais ou menos 20 pessoas por viagem. Às vezes viemos em duas vans", diz Ana Joanita.
As empresárias de Curitiba são algumas das milhares de varejistas que viajam a Brusque para abastecer seus estoques de roupas. De fabricante de fios e tecidos, a cidade evoluiu para confecções a "pronta entrega".
Brusque tem cerca de 110 mil habitantes, mas sua tradição no ramo têxtil fez a cidade desenvolver um turismo de compras e criar lojas para atender compradores de fora. Os primeiros clientes procuravam tecidos e roupas de cama, mesa e banho. A partir dos anos 80, a indústria de confecções se desenvolveu e a cidade se especializou na pronta entrega.
O município tem seis shopping centers - três deles focados apenas no atacado -, além de pequenos centros comerciais. Ao todo, existem cerca de 400 estabelecimentos que vendem principalmente roupas feitas na região, mas também oferecem produtos fabricados em outros Estados e importados, segundo informações da prefeitura.
"As pessoas vinham para comprar tecido e hoje são atraídas pela pronta entrega", diz o prefeito de Brusque, Paulo Eccel.
Para atender melhor os varejistas que compram em Brusque produtos para revender em suas cidades, os shopping centers criaram operações exclusivas para atacado. O mesmo grupo que controla do shopping Stop Shop, criado há 18 anos e que atende tanto varejo quanto atacado, abriu há três anos o Catarina Shopping, exclusivo para o atacado.
Lá ninguém entra sem CNPJ. No estacionamento, há vans, ônibus e carros com placas de cidades de diversos Estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. O shopping oferece 150 lojas e um hotel com 180 quartos para os clientes. "Temos marcas de Brusque e também de outros Estados, como de São Paulo e até do Rio", disse o diretor de marketing do Catarina Shopping, Ricardo Fernandes.
Segundo ele, o fluxo diário no local chega a mil clientes quando o estabelecimento promove eventos para fomentar as compras.
Além dos shoppings, a loja de departamento Havan também atrai compradores. A rede nasceu na cidade como atacadista de tecidos, mas hoje atua apenas no varejo. A Havan oferece de roupas a eletrônicos em uma loja de 35 mil metros quadrados em Brusque. / M.G.

Varejista Havan chega ao interior de SP

Era uma manhã de sábado e sob uma temperatura de 10 graus, debaixo de chuva, pelo menos 100 pessoas esperavam na rua para acompanhar a inauguração de uma nova loja de departamentos na cidade de Criciúma (SC). O proprietário, Luciano Hang, abriu as portas e recebeu os clientes com um coral de crianças que usavam uma bandana da rede na cabeça. A abertura da loja, no último dia 10, é mais uma etapa do agressivo plano de expansão de uma varejista ainda desconhecida em São Paulo, mas que vem ganhando espaço fora dos grandes centros. Inaugurada em 1986 como uma atacadista de tecidos em Brusque (SC), a Havan é hoje uma rede com 57 unidades e receita anual de R$ 2 bilhões.
Vestindo camiseta e jaqueta pretas estampadas com o logotipo da empresa, Hang coordenou todos os detalhes da festa. ?O aeroporto abriu? Veja se dá para trazer a Luciana Gimenez à tarde?, dizia o empresário ao telefone, entre uma foto e outra com clientes e autoridades locais. Às 13h, o helicóptero com a apresentadora do programa Super Pop, da Rede TV, patrocinado pela Havan, pousou no pátio da loja de Criciúma, ao lado de uma estrutura metálica ainda em construção, que receberá uma réplica de 35 metros de altura da Estátua da Liberdade, o símbolo da varejista.
É assim, fazendo barulho, que a Havan pretende deixar de ser uma rede regional para crescer em todo o Brasil. A meta da empresa é chegar a 100 unidades até 2015. Cada uma delas consumirá entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões em investimentos - dinheiro que vem de recursos próprios e de financiamentos.
?Abrimos uma loja a cada 15 dias. Chego a visitar dez cidades em uma semana?, conta Hang, que, entre os dias 5 e 10 de agosto, esteve em Sorocaba, São José dos Campos, Bauru, Anápolis, Goiânia e Brasília, antes de pousar seu jato em Criciúma.
Das 57 lojas da Havan, 23 estão em Santa Catarina. A primeira fora do Estado foi inaugurada em Curitiba, em 1995. A expansão além da Região Sul começou no ano passado. Hoje, a empresa também tem unidades no interior de São Paulo, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso e em Goiás.
A proposta da Havan é vender de tudo no mesmo espaço: roupas, eletrodomésticos, ferramentas, copos, cosméticos, brinquedos. ?É como um shopping, mas é mais barato?, garante o dono. As lojas oferecem, em média, 100 mil itens. A maior delas, em Brusque, ocupa 35 mil metros quadrados. ?É a maior loja do varejo brasileiro?, diz Hang.
A expansão da Havan é uma estratégia de sobrevivência, explica o consultor Claudio Felisoni, presidente do conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar/Ibevar). Como as grandes varejistas tendem a vender os mesmos produtos, o mercado é de margens reduzidas e as companhias precisam de escala para lucrar. ?A tendência no varejo é de baixa rentabilidade e alto giro. Para sobreviver, as empresas precisam de musculatura?, avalia.
No caso de redes regionais, a alternativa é ganhar porte nacional, como fez a Magazine Luiza, por exemplo, ou se unir a um grupo maior, como fez a também catarinense Salfer, vendida à Máquina de Vendas. ?Se ficar limitada a uma região, um dia a empresa vai fechar?, diz Felisoni.

Cade aprova compra da Rosa dos Ventos pelo Grupo CPFL

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição, pela CPFL Energias Renováveis (CPFL-R), de 100% do capital social da Rosa dos Ventos Geração e Comercialização de Energia, atualmente detidos pela Martifer Renováveis Geração de Energia e Participações.
A CPFL-R, que pertence ao Grupo CPFL, atua no desenvolvimento, construção e operação de usinas de pequeno e médio porte, como pequenas centrais hidroelétricas, usinas eólicas e usinas movidas a biomassa (UTE). A Rosa dos Ventos tem na Região Nordeste duas centrais de geração de energia eólica (Canoa Quebrada e Lagoa do Mato) e um projeto eólico (Lagoa do Mato II). Já a Martifer é uma empresa do Grupo Martifer, que atua com geração e comercialização de energia de fonte renovável no Brasil, especificamente energia eólica.
"Para o Grupo CPFL, a aquisição da Rosa dos Ventos representa um passo importante em sua estratégia de investimento na matriz eólica. Para a Martifer, a presente operação se enquadra em sua estratégia de alienação de ativos", manifestam as empresas em documento apresentado ao Cade. Segundo o órgão, a operação "não suscita qualquer preocupação concorrencial, devido às baixas participações de mercado das requerentes". A aprovação do negócio está em despacho publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 19.
Educação
O Cade também aprovou a aquisição, pelo Grupo Abril, de 100% do capital social das sociedades que compõem o Centro Educacional Sigma. Anunciada em julho deste ano, a compra será efetivada pela Central Abril Educação e Participações (Caep), subsidiária do Grupo Abril, e inclui as empresas Administração de Cursos Educacionais (Acel), Centro de Educação Integral (CEI) e Centro de Ensino Brasiliense de Educação Integral (Cebei), todas do Colégio Sigma. O valor total da aquisição é estimado em R$ 130 milhões. A aprovação do negócio também está publicada no DOU de hoje.

EPE: plano prevê geração de 1.400 mw via fonte solar

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, revelou nesta quinta-feira que o plano decenal de energia 2013-2022 prevê a geração de 1.400 megawatts (MW) de geração distribuída via fonte solar em 2022. Geração distribuída é a produção de energia para o consumidor - caso, por exemplo, da força originada a partir de geradores a diesel ou biomassa.
"Claro que isso (a meta) é uma visão neste momento, já que pode ser maior em função da evolução da queda de preços. A Agência Internacional de Energia estima que em 2020 a energia solar será competitiva em relação às demais fontes", destacou, classificando a projeção de 1.400 MW como um número conservador. Tolmasquim participa nesta manhã, em São Paulo, do Fórum Geração Distribuída e Cogeração de Energia - Novo Ciclo de Desenvolvimento, organizado pelo CanalEnergia.
Durante a apresentação, ele mostrou otimismo em relação ao avanço da geração energética a partir da fonte solar e também da distribuída em geral. Uma das possíveis fontes energéticas seria o uso do biogás para geração energética, insumo que poderia ser obtido a partir do aproveitamento de resíduos urbanos e agrícolas, por exemplo. "A partir de 2014, as prefeituras serão obrigadas a dar aproveitamento econômico a resíduos aproveitáveis. Então, teremos a questão de geração de energia a partir do lixo", destacou, em referência a um dos pontos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Biodigestor produz energia para sítio do interior paulista Reportagem foi uma das duas vencedoras do Prêmio Tetra Pak de Jornalismo Ambiental

Dejetos de vacas ajudam a produzir a energia elétrica consumida na ordenha e também os fertilizantes utilizados na pastagem e na lavoura de um sítio em Buritama, a 542 quilômetros de São Paulo. A iniciativa, que utiliza um biodigestor para transformar os excrementos em energia, foi desenvolvida para evitar que fezes e urina dos animais provocassem a contaminação do meio ambiente.
O produtor rural Acir Peliello instalou o sistema em sua propriedade há quatro anos de forma bastante simples. Com a ajuda de uma empresa especializada, interligou encanamentos que recolhem o esterco dos animais, concentrado após a lavagem de diferentes áreas do sítio. Também são aproveitados os dejetos de uma pequena criação de porcos.
O líquido passa por um processo de decomposição anaeróbica, em que bactérias consomem o material em um ambiente sem oxigênio, vedado por lonas. A queima do gás metano, liberado nessa ação, alimenta um gerador de energia. Os resíduos que ficam no biodigestor seguem para uma lagoa e se transformam em fertilizantes, que são levados ao pasto por meio de um motor de caminhão.
Peliello investiu cerca de R$ 40 mil para montar o sistema. Além dos benefícios ao meio ambiente, ele estima que o investimento propicie uma economia anual de R$ 50 mil nas contas de energia da propriedade rural e na compra de adubo. 
Inicialmente, apenas o fertilizante era gerado no sítio. O biodigestor foi a alternativa adotada por Peliello para o custo alto de instalação de uma fossa de concreto para o tratamento do esterco, necessária por causa da  quantidade cada vez maior de gado. "Estou próximo a um reservatório do Rio Tietê", explica Peliello. "Cada vaca produz 40 quilos de dejetos por dia. A força da natureza, com a chuva, levaria tudo para o rio."
A energia mantém os sistemas de resfriamento e nebulização para 140 vacas e todo o processo de ordenha, entre o início da manhã e o fim da tarde. O restante da propriedade ainda não é abastecido por essa eletricidade. A ampliação da rede de distribuição, explica Peliello, demandaria um investimento maior. No entanto, nem toda a geração chega a ser utilizada. 
Professora do curso de biocombustíveis da Faculdade de Tecnologia (Fatec), em Araçatuba, Sandra Maria de Melo considera o projeto um exemplo como prática sustentável. "Quando os resíduos são lançados no solo ou no ambiente aquático, desencadeiam inúmeros problemas ambientais", explica. Ela também destaca o reaproveitamento de materiais recicláveis na propriedade.
Biodigestores que transformam dejetos bovinos em biogás ainda são pouco utilizados no País, afirma o pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo ele, a prática tem sido mais comum no Paraná e em Santa Catarina na suinocultura, facilitada pelo confinamento dos animais.  "É uma tendência, mas isso tem muita a ver com a conscientização do próprio agricultor", avalia. Para o pesquisador, normas mais rígidas para o manejo dos resíduos agropecuários também colaborariam.
*Vencedor do Prêmio Tetra Pak de Jornalismo Ambiental