Quem realmente podera ser candidato em Caraguatatuba após a aprovação da
lei da ficha limpa?
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
Sem sinalização, pedestres se arriscam ao atravessar a Rodovia Rio-Santos no trecho de Caraguatatuba |
Os moradores do Jardim Britânia, em Caraguatatuba, procuraram a nossa redação para fazer uma denúncia. É que a obra que deveria melhorar as ruas do bairro se transformou numa dor de cabeça para eles. Nossa equipe esteve no local para conferir e o resultado dessa visita você confere agora. Uma montanha de terra na porta de casa. Há um mês, quem mora no Jardim Britânia convive com essa situação. “Há cerca de duas semanas eu não consigo colocar o carro em casa, deixo na rua”, reclama um morador. A prefeitura começou a fazer a manutenção das ruas para jogar cascalho. A terra que foi retirada das vias foi jogada nas esquinas. Com a chuva, virou lama. “Chove e não dá para passar”. O serviço não foi concluído. E segundo os moradores chegou a parar por algumas semanas. “Existe um trabalho que foi contratado, mas não tem quem fiscalize. Então, o pessoal começa a trabalhar quando quer, como quer e faz o que quer”. Sonora franklin - presidente da associação de bairro Em algumas ruas foram colocadas guias. O material que sobrou também ficou por ali, atrapalhando a passagem. Nesta terça-feira havia a movimentação de caminhões e tratores no bairro, mas isso só aconteceu depois da reclamação dos moradores à prefeitura. A empresa contratada para fazer a obra enviou as máquinas para retirar a terra que estava amontoada nas ruas. “Já faz mais de duas semanas que estava totalmente paralisado o serviço”. Ninguém da prefeitura de Caraguá quis gravar entrevista. A administração alega que as obras nas ruas do Jardim Britânia ficaram paradas por conta das chuvas. A prefeitura diz, ainda, que o bairro foi incluído no plano comunitário de melhorias. E caso os moradores façam a adesão ao projeto, dezoito ruas devem ser pavimentadas a partir do ano que vem. Uma montanha de terra na porta de casa. Há um mês os moradores do Jardim Britânia convivem com essa situação. |
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se exaltou nesta quinta-feira (23) após a recusa do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) em participar de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos sobre a desocupação da área conhecida como Pinheirinho. Cerca de 1,5 mil famílias foram retiradas de suas casas no final de janeiro pela Polícia Militar de São Paulo e pela Guarda Municipal de São José dos Campos (SP) após autorização judicial. Nunes afirmou que não participaria da audiência, requisitada por Suplicy, por considerar que se tratava de um "instrumento" de ataque ao PSDB. "A audiência é um instrumento político de interesse do PT, do senador Eduardo Suplicy e de pseudo-revolucionários que se utilizam da miséria alheia para promover suas propostas", afirmou o tucano. O senador petista, então, pediu a palavra e, batendo com as mãos na mesa, afirmou que tem evidências de que houve violência durante a operação da Polícia Militar de retirada dos moradores do Pinheirinho. "Queira o senador Aloysio Nunes ter a dignidade de ver esses filmes demonstrando a violência ocorrida! E vem aqui ele me dizer que funcionárias minhas fizeram declarações, elas foram testemunhas da barbaridade ocorrida. É importante que ele possa ouvir!", gritou Suplicy. Nunes respondeu à manifestação do petista dizendo que "não se intimida" com gritos. "Eu não me intimido com os gritos do senador Suplicy. Não me impressiona. Nem de vossa excelência nem de ninguém", disse o parlamentar do PSDB. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que presidia a Comissão de Direitos Humanos, tentou encerrar a discussão. "Mas é a primeira vez que ele [Suplicy] grita. Ele passa dois anos falando baixinho", ponderou. Diante da ausência dos principais convidados a participar da audiência e da recusa de Aloysio Nunes em permanecer na comissão, Simon sugeriu adiar a reunião e permitir que o tucano também selecione convidados. Os senadores decidiram ouvir os líderes comunitários presentes à reunião e continuar a audiência do Pinheirinho com convidados escolhidos por Nunes na próxima segunda-feira (23), Nunes defendia que a audiência fosse ampliada, para debater ações violentas da PM em outros estados, não somente no Pinheirinho. Ele e Suplicy aceitaram a proposta de Simon e se cumprimentaram sob aplausos, dando fim à discussão. "Pedro Simon, dado seu espírito de respeitabilidade na presidência da comissão, quero cumprimentar o senador Aloysio Nunes numa saudação de respeito", afirmou Suplicy, antes de dar a mão a Nunes. Pinheirinho No dia 25 de janeiro, foi encerrada a operação da Polícia Militar de reintegração de posse do Pinheirinho. Cerca de 1,5 mil famílias foram retiradas de suas casas. O terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados foi invadido há oito anos e pertence à massa falida de uma empresa do investidor Naji Nahas. Várias denúncias de violência por parte da PM foram feitas após a desocupação. Suplicy chegou a relatar na tribuna do Senado suposto abuso sexual cometido por policiais militares. O tucano propôs debater o assunto na Comissão de Direitos Humanos do Senado. O requerimento de audiência pública foi aprovado pela comissão e a reunião foi marcada para esta quinta (23). Foram convidados a prestar esclarecimentos o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, a secretária de Justiça de São Paulo, Eloisa Arruda, e o presidente do Tribunal de Justiça do estado, Ivan Sartori. Também foram convidados a comparecer à audiência da Comissão de Direitos Humanos a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, o secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres, o juiz da 18ª Vara Cívil da Comarca de São Paulo, Luiz Beetoven Giffoni, o juiz Rodrigo Capez, que acompanhou a desocupação como representante do TJ-SP, a juíza da 6ª Vara Cívil de São José dos Campos, Márcia Loureiro, que determinou a desocupação, o promotor de Justiça João Marcos da Paiva, que conduziu os depoimentos sobre abusos de autoridade. Foram chamados ainda o advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Marcelo Menezes, o líder comunitário Antonio Ferreira, o vereador de São José dos Campos Tonhão Dutra, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Alvaro Batista Camilo, além de vítimas que tenham prestado depoimento à promotoria sobre a ação da Polícia Militar. Nenhuma autoridade envolvida na ação da PM compareceu nesta quinta (23) à Comissão de Direitos Humanos. Apenas o líder comunitário Antonio Ferreira veio a Brasília relatar a violência que diz ter sofrido durante a desocupação. |