GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Comunicado Importantíssimo

O Consultor de Negócios e Políticas Guilherme Araújo, filiou-se ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) em 2006, e colocou o seu nome para disputar a Prefeitura de Caraguatatuba.
O convite foi feito pelos lideres sociais, professores, amigos (a), empresários, políticos e presidentes de associações civis.
Esta é a primeira vez que Guilherme Araújo é pré-candidato e coloca-se a disposição para entrar na disputa das eleições do próximo ano, Guilherme Araújo se viu motivado, pela necessidade que o município tem de passar por mudanças urgentes. De acordo com o pré-candidato Guilherme Araújo, o povo de Caraguatatuba está inconformado com a ex-gestão e com a atual gestão.
Sendo que eu fui pego de surpresa pela justiça eleitoral ao me comunicar que eu havia sido enquadrado na dupla filiação. Para minha surpresa o Partido Verde de Caraguatatuba me filiou em Caraguatatuba mesmo sem que eu preenchesse a ficha de filiação do partido verde.
Aqui em Caraguá acontece vem essas coisas...
Diante dessa situação os advogados de Guilherme Araújo já estão resolvendo essa situação com a justiça eleitoral e quero reafirmar o meu compromisso com o PRB e com o meu parceiro, amigo e pré-candidato Michelder em 2012.

“O que me salta aos olhos é ver nossa Caraguatatuba sendo governada apenas por pessoas de fora. Como se não houvesse em Caraguatatuba pessoas capazes para governar. Hoje até parece que somos uma pequena província”. Argumenta.

PSDB quer barrar eventual aliança entre PT e PSD na eleição em São Paulo

A aproximação entre PT e PSD em torno de uma aliança à sucessão da Prefeitura de São Paulo, movimento político que tem a bênção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levou o PSDB a deflagrar nos últimos dias esforço concentrado para barrar uma eventual dobradinha entre as duas siglas na capital paulista. A ordem do Palácio dos Bandeirantes é manter as portas abertas para uma aliança entre PSDB e PSD e, na medida do possível, ensaiar gestos públicos que reconstruam a ponte entre as duas legendas, rachada desde o final do ano passado.
O presidente municipal do PSDB em São Paulo, Julio Semeghini, reconheceu nesta terça-feira, 31, que a sigla vai trabalhar para que não haja um acordo entre PSD e PT e ressaltou que, até as prévias para a escolha do candidato tucano, marcadas para o dia 4 de março, as duas legendas podem avançar nas negociações. 'Nós vamos trabalhar muito para que esse relacionamento com o PT não comece', avisou.
A declaração do presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de que as conversas com o PSDB estão encerradas, alarmou, na noite de segunda-feira, 30, membros do Palácio dos Bandeirantes, que temem enfrentar as máquinas federal e municipal na sucessão de São Paulo. Os caciques tucanos esperavam que o prefeito de São Paulo aumentasse os acenos políticos ao PT, mas não aguardavam que ele exibisse publicamente sua insatisfação com o PSDB.
Na última semana, em conversa com o secretário da Casa Civil de São Paulo, Sidney Beraldo, o prefeito de São Paulo não descartou uma aliança entre PSDB e PSD, mas insistiu na indicação do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), como candidato de uma eventual aliança. O presidente nacional do PSD teria reconhecido ainda que um acordo entre PT e PSD tem a simpatia das cúpulas nacional e estadual petistas, mas encontra bastante resistência entre lideranças municipais e movimentos sociais ligados ao PT.
Em busca de retomar as negociações com o PSD, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não descartou nesta terça-feira, 31, pela primeira vez, um acordo entre PSDB e PSD que tenha como candidato o vice-governador de São Paulo. 'Nenhuma hipótese pode ser descartada em uma conversa', avaliou o tucano, o qual ponderou, contudo, que é natural que o PSDB tenha candidatura própria nas eleições municipais.
'Mas, quando se faz um entendimento, todas as possibilidades são discutidas', acrescentou o governador, após cerimônia nesta manhã de apresentação de quatro unidades móveis do Via Rápida Emprego. Ainda que Afif Domingos não tenha participado do evento, o governador fez questão de citá-lo em discurso e, em entrevista coletiva, fez elogios à sua trajetória política. 'Ele é um grande nome, tem serviço prestado a São Paulo, é um nome preparado para responsabilidades importantes.'
A composição de uma aliança entre PSDB e PSD, que tenha o vice-governador como cabeça de chapa, encontra simpatia entre aliados do ex-governador José Serra, que vislumbram a oportunidade de unir as forças das máquinas estadual e municipal em torno de uma única chapa. Um eventual acordo, contudo, não é bem visto por alguns aliados do governador Geraldo Alckmin, que não pretendem abrir mão de uma candidatura própria para a disputa municipal.
A proposta de Kassab é indicar o vice-governador à sucessão municipal em troca de dar apoio à reeleição de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo, em 2014. 'Daqui até março, o PSDB e o PSD conversarão bastante sobre eleição municipal e sua relação de longo prazo', afirmou Semeghini.
Ao PT, Kassab teria a oferecer o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, como vice na chapa de Fernando Haddad.'Eu sempre manifestei que tenho simpatia pelo candidato do presidente Lula e do PT', admitiu Meirelles na segunda-feira, após reunião do PSD. Homem ligado ao setor financeiro e presidente da Associação Viva o Centro, Meirelles é visto como 'o José Alencar de Haddad', ou seja, um vice capaz de quebrar resistências em setores em que o PT não atinge. 'Mas esse não é o projeto dele', lamentou Kassab.

Passeio ao Rio de Janeiro saindo de Caraguatatuba


Ola meus amigos (a) de Caraguatatuba, estamos preparando um passeio em vários pontos turísticos do Rio de Janeiro. Neste passeio está incluso os seguintes itens abaixo descriminados. 

Transporte, Hotel (com café da manhã), Praias de (Ipanema, Leblon, barra), Corcovado, Pão de açúcar, Escola de samba grande rio, Passeio na Lapa e mirante do Leblon a noite.
 

Período 03 (três) dias

Valor do pacote: R$ 1, 230,00
Data da saída: 03 de fevereiro as 20:00hs Retorno: 05 de fevereiro as 05:00hs.
Vagas limitadas de 15 pessoas

Saída de Centro de Caraguatatuba
Contato: (12) 97989179 – Guilherme Araújo

Visto para Austrália sairá mais rápido

A partir de 15 de fevereiro, tirar visto de turismo para a Austrália ficará mais rápido. Formulários poderão ser preenchidos pela internet e a apresentação de documentos extras só será necessária em alguns casos. Se tudo for aprovado, o visto poderá ser concedido no mesmo dia, garante a empresa responsável.

Afrah Modas tem novidades para você!!!!

Dilma acerta com PP substituição de Negromonte

A presidente Dilma Rousseff acertou a saída do ministro Mário Negromonte (Cidades) com a direção do PP e com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). De acordo com informações de bastidores do governo, Negromonte poderá sair ainda nesta semana, logo depois da volta da presidente ao Brasil, na quarta-feira. Dilma viajou para Cuba ontem; amanhã segue para o Haiti e retorna ao Brasil.
Como na quinta-feira a presidente terá de enviar uma mensagem com os planos de trabalho do governo ao Congresso, é possível que o acerto para a saída de Negromonte ocorra na sexta-feira. A presidente pretende reunir-se com o ministro, uma forma de demonstrar um último sinal de prestígio, repetindo um gesto que usa desde a saída de Antonio Palocci (Casa Civil), em junho.
Será o nono ministro a deixar o governo Dilma. Desses, seis foram após denúncias de irregularidades: Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Carlos Luppi e Orlando Silva.
Entre os nomes analisados pelo governo para suceder a Negromonte no Ministério das Cidades estão o do líder do PP na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PB), e dos deputados Márcio Reinaldo (MG), Beto Mansur (SP) e dos senadores Benedito de Lira (AL) e Ciro Nogueira (PI). A presidente Dilma Rousseff, no entanto, prefere Márcio Fortes, que já foi ministro das Cidades e hoje ocupa o cargo de Autoridade Pública Olímpica (APO).
O acordo entre Dilma, o PP e o governador Jaques Wagner para a saída de Negromonte foi acertada ontem pela manhã, durante assinatura da ordem de serviço para o início das obras de revitalização urbanística da bacia do rio Camaçari, região metropolitana de Salvador. Depois, Jaques Wagner entrou no avião presidencial e seguiu com Dilma para a viagem a Cuba e Haiti. Ele foi o único governador a acompanhar a presidente.
Negromonte assumiu o Ministério das Cidades em janeiro de 2011, por imposição de seu partido, o PP, e com o aval do governador Jaques Wagner. Mas logo ele perdeu o apoio no próprio PP. Agarrou-se então em Wagner, que embora do PT sempre esteve ao lado dele. Os auxiliares próximos à presidente diziam que a chefe o considerava um mau gestor e que não via como mantê-lo na equipe ministerial. Nos últimos dias, apenas Jaques Wagner ficou ao lado do ministro.
Nos últimos dias, Dilma começou uma faxina nos escalões inferiores do Ministério das Cidades. Afastou primeiro o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, por envolvimento com um lobista. Ontem, demitiu João Ubaldo Coelho Dantas do cargo de chefe da Assessoria Parlamentar do ministério, pelo mesmo motivo. Todos os auxiliares foram levados da Bahia a Brasília por Negromonte.
No final de semana, o governador Jaques Wagner confidenciou a um interlocutor que não havia 'perdido a esperança de salvar Negromonte'.
Ao mesmo tempo, porém, destacou que o destino do ministro das Cidades não dependia dele e que não achava correto ficar insistindo com a presidente Dilma para que o mantivesse à frente do ministério. 'Conheço o estilo da presidente e sei que pressão e insistência não adiantam. Se ela decidiu tirá-lo do ministério, não há quem a faça mudar de ideia', disse Wagner ao interlocutor. O desempenho do Ministério das Cidades na gestão Negromonte foi muito ruim. No comando do maior orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2011, Negromonte pagou apenas 8%das autorizações de gastos do ano. O Programa Minha Casa Minha Vida, um dos mais populares do governo Dilma Rousseff gastou menos de 5% dos R$ 12,6 bilhões autorizados por lei em 2011.
Desempenho pior foi registrado no programa de mobilidade urbana. A maior parte dos pagamentos registrados foram para obras contratadas ainda na gestão Márcio Fortes.

Nevoeiro no RJ afeta 228 voos no aeroporto Santos Dumont

Nevoeiro no RJ afeta 228 voos no aeroporto Santos Dumont - 1 (Fábio Motta AE)
Nevoeiro na cidade do Rio provoca transtornos para os passageiros do aeroporto Santos Dumont. Segundo a Infraero, 228 voos sofreram atrasos ou cancelamento

XIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIiiiii, falei

Passei hoje pela Rua Duque de Caxias, lá na Praia das Palmeiras. Está uma calamidade! Ela é importante porque liga a avenida da praia à avenida josé herculano, na confluencia com o acesso ao morro do algodão.
Não é à toa que os moradores das Palmeiras se sentem abandonados!
É uma lástima!
Por: Alvaro Alencar Trindade
 

Estado do cantor Wando ainda é muito grave

O chefe do CTI do Hospital Biocor, Herbet Miotto, disse ao Grupo Estado, no início da noite desta terça-feira, que o quadro do cantor Wando é muito grave e não há como precisar as chances que ele tem de se recuperar. 'Os procedimentos foram feitos com sucesso e agora temos que aguardar. É uma situação muito grave? É, mas existe uma chance, mas não dá para dizer de quantos por cento', disse o cardiologista.
Segundo ele, Wando deu entrada no hospital, em Belo Horizonte, com um quadro de forte angina (veia coronariana parcialmente entupida), na última sexta-feira, que acabou evoluindo para um infarto quando ele se preparava para passar por um cateterismo. O ponto positivo, disse o médico, é que o cantor não apresentou piora depois de ser operado. O artista segue respirando com ajuda de aparelhos e em coma induzido. 'O que temos a fazer agora é aguardar', afirmou o médico.
A família do cantor divulgou uma nota de agradecimento às manifestações de carinho de amigos e fãs. 'Estivemos passando por momentos muito difíceis e cruciais, mas sabemos que estamos agora em um melhor caminho. Apesar da gravidade do caso, sua melhora tem sido evidente e gradual', diz, na nota, a filha Gabrielle Burcci e a mulher do cantor, Renata Costa Lana e Souza. Gabrielle e Renata também agradeceram a equipe do hospital pelo 'excelente atendimento' e disseram acreditar que 'o fator hereditário e a corrida cotidiana contribuíram de forma importante para o que aconteceu'. Elas lembraram que 'Wando não bebe, não fuma e não é diabético, mas terá que rever seu estilo de vida'.

Indiciada recepcionista de hotel onde menina foi encontrada morta em SP

A recepcionista do hotel onde uma garota de 14 anos foi encontrada morta na zona leste de São Paulo será indiciada nesta terça-feira, 31. Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ela foi indiciada por ter modificado a área do crime.
Marcela Santos Aguiar foi encontrada morta dentro de um hotel na Rua Manoel Ferreira Pires, no Parque Santo Antônio, na madrugada de segunda-feira, 30. Um estudante de 19 anos, que passou a noite com Marcela no quarto do hotel, foi preso por estupro de vulnerável e está sendo investigado.
Segundo funcionários do hotel, os jovens entraram no estabelecimento por volta das 2h40. No início da manhã, o estudante pediu ajuda à recepção, dizendo que Marcela estava passando mal. Os funcionários chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e avisaram o suspeito, que fugiu. No Hospital Sapopemba, foi constatado que Marcela morreu devido a uma parada cardiorrespiratória.
De acordo com o delegado titular do 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela), Antônio José Pereira, a adolescente entrou no hotel utilizando o RG de outra mulher, maior de idade, que constava como documento extraviado.
Suspeito. Ao ser encontrado pela polícia, o estudante alegou que encontrou a vítima aparentemente alcoolizada. Ela também teria usado lança-perfume. Depois de mater relações sexuais, o estudante percebeu que Marcela não apresentava sinais vitais. Com ele foi apreendida uma trouxinha de maconha.
O estudante foi conduzido para 69º DP, onde o caso foi registrado como morte suspeita, oferecer droga a pessoa de seu relacionamento e estupro de vulnerável consumado.

Em ato, OAB defende 'atuação concorrente' do CNJ e das corregedorias


Em ato, OAB defende 'atuação concorrente' do CNJ e das corregedorias
"'Sem as investigações do CNJ, se beneficiarão magistrados sem compromisso com a Justiça'"

BRASÍLIA - Um ato promovido na terça-feira, 31, em Brasília pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cobrou do Supremo Tribunal Federal (STF) uma decisão que garanta as atividades de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para convencer de que não é possível deixar essa tarefa apenas nas mãos das corregedorias dos tribunais locais, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, citou dados estatísticos do próprio CNJ. Segundo ele, dos 28 corregedores que atuam no Judiciário dos Estados, 18 respondem ou responderam a processos no CNJ. Cavalcante também disse que dos 27 presidentes de Tribunais de Justiça (TJs), 15 têm processos em andamento ou já arquivados pelo CNJ.
Para ele, esses dados demonstram que 'a atuação concorrente (da corregedoria nacional e dos órgãos de apuração locais) é imprescindível para preservar o princípio da moralidade administrativa e evitar a impunidade'.
'O CNJ precisa ter competência concorrente, a competência originária para, em determinadas situações, investigar os que não honram a toga da Justiça brasileira', disse. 'Sem as investigações do CNJ, se beneficiarão os magistrados sem compromisso com a Justiça', afirmou.
No discurso que, segundo a OAB, foi presenciado por cerca de 500 pessoas entre as quais autoridades dos três Poderes, Cavalcante disse que não é apenas a atividade de investigação do CNJ que está em jogo. Para ele, também está em discussão uma visão conservadora segundo a qual os tribunais e seus juízes seriam soberanos, incensuráveis e impermeáveis.
Primeiro presidente da história do CNJ, o advogado e ministro aposentado do STF Nelson Jobim participou do ato, defendeu a atividade investigatória do conselho e disse que os juízes têm a obrigação de prestar contas à sociedade sobre o que fizeram e o que deixaram de fazer. 'Todos nós somos servidores da nação e, portanto, servidores do povo', disse.

'Juiz vender férias é uma aberração', afirma ex-presidente do TJ carioca


'Juiz vender férias é uma aberração', afirma ex-presidente do TJ carioca
"'O funcionalismo público, de uma maneira geral, tem muitas regalias', observou Faver"

'Juiz vender férias é uma aberração', afirma o presidente do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunal de Justiça, Marcus Antônio de Sousa Faver. 'Alguns governantes precisam ter coragem para colocar critérios mais rígidos nas prerrogativas de todos os servidores públicos, inclusive do Judiciário.'
Os magistrados têm dois meses de férias por ano, privilégio do qual não abrem mão. Reside aí o segredo da multiplicação dos zeros nos contracheques em qualquer corte do País. Muitos juízes, ao invés do descanso, negociam suas férias com os tribunais aos quais estão vinculados. Juízes vendem e tribunais compram sob alegação de que o quadro de magistrados é reduzido para tanta demanda. Esse expediente inflaciona o holerite da toga, sobretudo quando as férias se acumulam. Lá adiante, quando a corte vai quitar o passivo com o juiz, agrega ao montante devido um certo fator de atualização monetária.
'Virou uma bola de neve', admite Marcus Faver, de 72 anos, desembargador aposentado pelo Tribunal de Justiça do Rio. Ele presidiu a corte entre 2001 e 2002, também o Tribunal Regional Eleitoral fluminense de 2003 a 2004 e integrou a primeira composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que anda às turras com o Judiciário desde que iniciou um pente fino nos benefícios dos magistrados e recorreu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em busca de malfeitos.
Em meio à tensão que marca os tribunais à espera do julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre os limites do CNJ, Marcus Faver falou ao Estado.
?
A venda de férias pelos magistrados virou um negócio?
Isso passou a ser uma regra entre os funcionários do Judiciário e também do Ministério Público e das defensorias públicas. É regra geral do funcionalismo brasileiro e eu acho errado. Sabe de onde foram copiadas essas gratificações que são dadas hoje aos juízes? Do Ministério Público. Não existia isso na lei, foram copiar do Ministério Público.
Como acabar com isso?
Alguns governantes precisam ter coragem para colocar critérios mais rígidos nas prerrogativas dos funcionários públicos, todos os funcionários, inclusive do Judiciário. O Supremo deve incluir novas regras na Lei Orgânica da Magistratura.
O sr. concorda com dois meses de férias para os magistrados?
Concordo pelo tanto que os juízes trabalham. Eu trabalhava sábado, domingo, feriado. Muitas pessoas, tolamente, pensam que o trabalho do juiz é ficar na vara da uma às cinco da tarde. Isso não é nada. Juiz não trabalha só assim, o trabalho dele é feito em casa. Quando ele chega para dar o expediente externo ele já trabalhou 10 horas em casa. Ou mais. Passa horas, dias em cima do processo.
Outras classes não trabalham muito também?
Os outros funcionários não levam serviço para casa. Servidor fecha o cartório, vai para casa, não leva serviço. O juiz, ao contrário, leva a massa de serviços para casa. A população não fala isso por ignorância ou por má fé. Mas isso é absolutamente verdadeiro, é isso que acontece.
O sr. nunca vendeu suas férias para o tribunal?
Nunca. Eu acho que é uma necessidade física o juiz tirar as férias no período certo. Na época em que eu rabalhava, venda de férias não existia. A gente tinha férias, elas eram determinadas numa escala feita pelo tribunal no início do ano. Você sabia o período que iria tirar férias, havia até uma disputa porque a maioria dos juízes, em começo de carreira, com filhos pequenos, queriam é claro tirar férias em janeiro, para coincidir com as férias dos filhos. Nas comarcas em que eu trabalhava nós combinávamos entre os juízes. Ninguém falava em vender e comprar férias.
O sr. é contra a venda de férias?
Isso não é certo. Administrativamente, (dois meses de férias) é um direito que está ali. O que eu acho é que fisicamente é de todo conveniente que o servidor tire suas férias para que desfrute de seu descanso e venha recuperado. O acúmulo de férias é inconveniente. A Lei Orgânica da Magistratura não dá esses direitos, ela não prevê isso, pagamento de venda de férias. Não tem na Lei Orgânica. São leis estaduais que consagraram isso. Acho que um cidadão que trabalha como os juízes tem que gozar as férias pela sua integridade mental e capacidade de trabalho. Se você vender férias está demonstrando que não precisa delas.
Em São Paulo um ex-presidente do TJ recebeu R$ 1,6 milhão por créditos em atraso. O sr. acha correto?
Eu não sei como é que ele recebeu isso. Mas veja lá, o Judiciário está há 4 anos sem nenhum aumento. Por que razão?
Tem juiz ganhando mais de R$ 500 mil, incluindo férias atrasadas. Isso o escandaliza?
Claro, virou uma bola de neve. Há uma necessidade imperiosa de acabar com isso. As pessoas não percebem, elas acham que os juízes trabalham pouco e ganham muito. É a imagem que foi passada. A ideia que se passa na sociedade é essa, o juiz trabalha pouco, ganha muito e tem uma série de regalias.
Como acabar com as regalias?
O funcionalismo público, de uma maneira geral, tem muitas regalias. Talvez não devesse ter tantas, mas elas são consagradas em textos constitucionais, estatutos de funcionários, como é o caso dos juízes. Os juízes não estão recebendo nada que também não seja dados aos funcionários, ao Ministério Público, à procuradoria, à defensoria, que recebem mais do que os juízes. Façam uma comparação no salário dos procuradores e dos promotores para verificar se não ganham mais que o juiz. Isso cria um clima muito desagradável, um mal estar terrível.
Que sugestão o sr. tem para a nova Lei Orgânica da Magistratura?
Temos que fazer uma revisão da legislação brasileira relativa aos funcionários públicos para limitar essas regalias, esses benefícios que a meu ver são exagerados.
Cite um exemplo.
Pagar auxílio mudança. Não vejo porque. Na empresa particular, pega um funcionário de um banco, ele é removido de um lugar para outro, mas é do trabalho dele ser levado para onde foi designado. Não se paga as despesas dele com a mudança.
O sr. abre mão do seu sigilo bancário?
Completamente.
Quanto o sr ganha?
Eu ganho 24 mil e pouco. E tenho de gratificação do PAE (Parcela Autônoma de Equivalência) 5 mil e poucos.
Dá quase R$ 30 mil de salário. Isso não fura o teto?
Não, porque isso aí é era o que estavam devendo lá atrás, está sendo pago só agora.
No próprio site do TJ do Rio há informações sobre pagamentos incluindo vantagens adicionais que, em vários casos, chegam a R$ 300 mil pagos a magistrados. Como o sr. analisa essa situação?
Isso aí eu não sei. Estou aposentado desde 2010.
Quando o sr. se aposentou recebeu quanto?
Recebi o que recebo a mesma coisa hoje, a mesma coisa, não recebi mais nada. Não recebi atrasados, eu não tinha porque sou contra vender férias.
Os tribunais têm algo a esconder?
O tribunal que tiver algo a esconder não merece ser um tribunal. Se tiver um juiz que tenha um comprometimento qualquer deve ser banido, imediatamente banido. Eu defendo até uma outra posição: acho que um delito, um crime cometido por um magistrado ou uma autoridade, deve ter pena superior à pena aplicada a qualquer outro cidadão.
Por que?
Porque o juiz tem a obrigação funcional de não agir assim. Ele é um responsável pelo comportamento ético da sociedade, ele tem que ser espelho, tem que ser farol, sinalizador de um comportamento ético. E ele deve expandir isso para toda a sociedade. Um juiz deve ter rigorosamente função ética perante a sociedade.
O sr. defende punição maior para magistrados?
O Código Penal diz quando há circunstâncias agravantes e quando tem as atenuantes. Um cidadão que é juiz, que tem consciência daquilo que ele vai fazer, se ele comete um delito ele tem um agravante em cima dele. Ele está acima de um conhecimento normal de um cidadão. Então, tem que ser punido gravemente.
O sr. disse em Teresina (PI), durante reunião do Colégio de Presidentes dos TJs, que alguém tem interesse em desestruturar o Judiciário. A quem interessa?
Todos os tribunais, todos os presidentes, têm essa preocupação. As forças de certa propulsão de corrupção e do crime organizado têm interesse nisso. O crime organizado, que a gente divide no crime do banditismo, de controle do tráfico, por exemplo, e o crime da corrupção. São assemelhados, mas não são iguais. O crime organizado envolve as milícias, essas ações que partem para uma violência pessoal contra o juiz, como foi ocaso típico da juíza Patrícia (Aciolli) e o crime organizado mais sofisticado, que parte para a deterioração do poder capaz de persegui lo e condena lo. Um emprega a violência explícita e o outro parte para essa deterioração da imagem daqueles encarregados de responsabilizá-los Essa preocupação existe, está presente em todos os juízes hoje.
Mas a quem interessa a desmoralização do Judiciário?
Eu tenho ideia, mas prefiro não dizer de onde está vindo isso. Há interesses em que a Justiça não funcione.
Vem de outro poder?
Bem possível.
Com que interesse?
A história vai mostrar.
Seja mais claro.
Isso eu não posso dizer, é uma impressão minha, eu não sou um leviano. É uma impressão pessoal.
Por que os juízes temem a quebra de sigilo de suas contas?
Juiz que é juiz não teme.
Há resistência à vedação do nepotismo e limitação dos salários da toga?
Sim. Há um erro basilar nessa estrutura. Fixar subsídio para uma categoria que funciona como carreira é um erro administrativo brutal. Como é que você pode explicar que um juiz que ingressa hoje na magistratura vai ganhar a mesma coisa de um juiz que está na carreira há 10 ou 20 anos? Isso não tem lógica nenhuma.
Mas não era uma aspiração da categoria?
Nunca foi.
A primeira instância não queria essa quase equiparação com os mais antigos?
Nunca.
Mas os magistrados receberam de bom grado...
Claro, oferecem salário bom, juiz recebe de bom grado, mas nunca foi reivindicação (dos juízes). Ao contrário, a reivindicação do Judiciário é manter a hierarquia. As promoções de qualquer carreira administrativa têm no salário o seu incentivo. Você tem um juiz no início da atividade que recebe menos, o que já está há algum tempo na função que recebe mais e vai subindo hierarquicamente assim. Agora fundiram tudo, (criaram) no subsídio.
Não deveria existir um teto?
Claro que deveria. Mas o teto não virou teto, o teto virou piso. Pelas deformações é isso que está aí, erros e erros sucessivos de administração estão levando a isso.
Erros da administração do Judiciário?
Não é o Judiciário que fixa o teto, não foi o Judiciário que fixou.
O sr. é contra ou a favor do teto?
O sistema é federativo? É razoável fixar salário igual para o Brasil inteiro?
O que está errado?
O que deveria ser mantido é a hierarquia. Esse modelo quebra o princípio da hierarquia. Você pega um funcionário qualquer que entra hoje no serviço público para ganhar a mesma coisa daquele que está há 20 anos (no serviço). Não quebra a hierarquia? Não é justo. Você tem que respeitar a hierarquia.
Por que chegou a esse ponto?
A extinção do tempo de serviço é um erro administrativo brutal. Acabaram com isso, a gratificação (por tempo de serviço). Qual é o incentivo que o juiz deveria ter? A gratificação por tempo de serviço. Isso acabou. Deveria ser mantido. Tanto é que quando eu estava no CNJ remetemos um projeto que está lá no Congresso e nunca foi votado. Como é que vai justificar? Você está trabalhando, deveria ter um incentivo para continuar no seu serviço. Então, ganharia mais 5% quando faz 5 anos e assim subindo na carreira. Sob alegação de fazer teto acabaram com isso. É um erro grave.
O sr. acha que os tribunais são desprezados pelo Executivo?
Os governos, de maneira geral, relutam em repassar as verbas necessárias para o funcionamento adequado do Judiciário. O Judiciário não é visto como uma matéria de primeira necessidade para os governos estaduais.
Porque não puxa voto?
Mais que isso, o Judiciário está permanentemente perturbando a administração, Um exemplo: o sistema de saúde não funciona, as pessoas recorrem à Justiça para determinar a entrega de um medicamento ou para uma cirurgia. Um administrador do executivo está sempre infernizado pelo juiz que lhe ordena permanentemente cumprimento daquilo que prometeu fazer. O Executivo vê o Judiciário como um certo inimigo. O Judiciário é um poder que incomoda. A Constituição deu uma série de direitos aos nossos cidadãos e o fez corretamente, mas o poder administrador, o Executivo, não tem às vezes condições de cumprir aquilo e as pessoas reclamam e querem seus direitos.
Isso é ruim para o Judiciário?
Isso criou para o Judiciário um outro problema. Ele é chamado a intervir em tudo, em assuntos que, na verdade, não têm conhecimento, licitação, ecologia, hidrelétrica, transporte, desapropriação, telefone, tudo hoje em dia cai no Judiciário. O juiz nem sempre está preparado para isso. O juiz não é super homem, mas vai decidir, tem que decidir. O juiz não pode negar a prestação jurisdicional a quem quer que seja, por motivo nenhum. Isso provoca uma série de atritos e desagrada.
Qual a expectativa dos presidentes de Tribunais de Justiça para o julgamento no STF desta quarta feira?
Creio que o Supremo está dividido, não temos ideia do que será encaminhado e decidido. Mas a nossa expectativa é que o Supremo deve reconhecer que a resolução objeto da ação realmente contém pontos de inconstitucionalidade. Na integra essa resolução não se sustenta. Um ponto atacado, que a meu ver será derrubado pelo STF, é o dispositivo da resolução que transforma conselhos em tribunais, como o Conselho da Justiça Federal e o da Justiça do Trabalho. Isso aí não se sustenta.
Por que?
Transformar órgão administrativo em órgão jurisdicional não é constitucional. Conselho de contas, conselho da magistratura são órgãos administrativos. Quando é tribunal aí sim envolve jurisdição. As decisões do CNJ não envolvem jurisdição, só medidas administrativas. Também não se sustenta a modificação do texto da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que estabeleceu prazo de prescrição diferente do que está no código civil.
O sr. é contra a competência do CNJ para investigar desembargadores?
É preciso definir se a competência do CNJ para o processo disciplinar é originária ou derivada. A competência do CNJ não pode ser concorrente com as corregedorias (dos Tribunais de Justiça dos Estados). A regra de direito diz isso. Tem que procurar definir com técnicas judiciárias qual será o órgão competente para aquela questão. Tem que ter um órgão definido. Não pode ter dois órgãos com a mesma competência ao mesmo tempo.
Qual o problema?
O problema é que isso permitirá a uma pessoa que ajuíze uma mesma reclamação, ao mesmo tempo, num lado e noutro. Vai escolher, a seu critério, qual o órgão que ele achar melhor, mais rigoroso, ou o que vai dar uma decisão menos grave em sua avaliação. Acho que isso não pode se manter.
Os desembargadores estão preocupados com o julgamento no STF?
Tem que julgar e acabar logo com isso. A expectativa nos tribunais existe por causa de uma tormenta que estão fazendo em copo d'água. Seja de um lado, seja de outro, a competência do CNJ vai continuar, originária ou subsidiária. A originária significa que a própria Constituição deu ao CNJ o direito de avocar os processos. A subsidiária é a subsequente, o CNJ assume depois do julgamento do órgão correcional.
O sr. acredita que de fato as corregedorias dos tribunais são imparciais?
O que pesa nisso tudo é a fiscalização nos tribunais sobre desembargadores. É muito difícil cortar na própria carne, isso em qualquer profissão, jornalista, médico, engenheiro. Por isso se imaginou um órgão superior, com independência, fora das instituições, capaz de julgar os desembargadores. Todo o ponto está aí.
O corporativismo prevalece nos tribunais?
Quando se chega no tribunal surge a dificuldade de fazer apuração ou apenar os colegas. Todos têm ligação, um com o outro, então há uma tendência corporativista nefasta de não efetuar corretamente a correção. Foi daí que nasceu o CNJ, da omissão dos tribunais em punir os seus pares. Desembargadores investigados por infrações com proteção dos colegas, uma atitude corporativista negativa.
Para o sr. quem deve investigar desembargadores? O CNJ ou as corregedorias?
O CNJ deveria se limitar em competência originária apenas com relação aos desembargadores e deixar todo o resto para as corregedorias locais. A meu ver daria solução adequada e acabava com o problema. Eu acredito que o Supremo vai manter as liminares (dos ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski). Não tem como ser de outra forma. O CNJ é órgão administrativo, não é órgão judicial. Não pode quebrar sigilo bancário. Houve a quebra de sigilo sem autorização judicial. Há que se estabelecer com muita tranquilidade, muita segurança, que o CNJ não é um órgão judicial, ele é um órgão administrativo. Participei do CNJ em sua primeira composição. Ajudei a elaborar o seu regimento interno. O regimento não prevê que o CNJ possa quebrar o sigilo bancário, porque isso depende de autorização judicial. O CNJ não funciona como juiz, mas como administrador.
Mas e se o Supremo não mantiver as liminares dos ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski?
Então, vamos ter que saber aonde vão decidir as questões sobre competência das Corregedorias dos tribunais e do CNJ. O Supremo tem que dizer. Dois órgãos se arvoram competentes para aplicar punições. O Supremo vai ter que decidir, não pode empatar o jogo. Evidenciado se houve quebra de sigilo bancário sem autorização judicial não pode ser de outra forma.
O regimento interno do CNJ foi alterado?
Foi alterado depois, mas o regimento não pode permitir (que o CNJ quebre sigilo bancário). Seria uma ilegalidade manifesta. O CNJ é órgão administrativo fiscalizador dos tribunais Não tem viés judicial, não pode analisar uma decisão de um juiz. Pode verificar se aquela decisão, administrativamente, tem alguma ilegalidade, Mas analisar o conteúdo da decisão, jamais.

Convite de Alvaro Alencar Trindade

Estou convidando todos os nossos amigos para comparecerem na Câmara Municipal de Caraguatatuba, na próxima 2ª feira, dia 06 de fevereiro de 2012, às 19,00 horas para um Encontro Com o Deputado Carlinhos de Almeida.
Como o Deputado Federal mais votado da cidade, ele vem para dizer o que já fez por nós desde su posse. Vem ouvir nossas sugestões e reivindicações pertinentes com o mandato de deputado federal e se voce tem algum projeto, comunitário, social ou assistencial para apresentar em Brasília, poderá encaminhá-lo através do Carlinhos de Ameida.

Em clima de disputa, bancada do PT decide destino de Marta no Senado


Em clima de disputa, bancada do PT decide destino de Marta no Senado
"Para o PT, Marta Suplicy tem um papel importante no Senado"

A bancada do PT no Senado se reúne nesta quarta-feira, 1º, às 11 horas, para definir a permanência ou não da senadora Marta Suplicy (PT-SP) na vice-presidência da Casa. Marta resiste em cumprir o acordo celebrado há um ano com José Pimentel (PT-CE), de que fariam um rodízio no cargo.
A disputa está tão acirrada que o presidente do PT, Rui Falcão, foi convidado a participar da reunião a fim de contribuir para um desfecho pacífico. Isso porque a solução do impasse reflete, diretamente, na campanha do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Outra pauta é a sucessão do atual líder petista, Humberto Costa (PE).
Nos bastidores, senadores petistas avaliam que faltou sutileza a Marta Suplicy nas tratativas para continuar no segundo cargo de comando do Senado. Seria como se Pimentel tivesse de se contentar com o cargo de líder do governo no Congresso.
Petistas ouvidos pela Agência Estado relatam que nos telefonemas que Marta disparou em busca de apoio para sua permanência no cargo, ela teria adotado uma atitude impositiva. Nessas conversas, alegou que merecia o cargo porque renunciou à candidatura a prefeita de São Paulo. Se também tivesse de abdicar da vice-presidência, era como se sofresse duas rejeições por parte do PT, prejudicando-a junto ao eleitorado. A cúpula petista receia que, frustrada em seus objetivos, Marta - que tem forte penetração na periferia - não ajude na campanha do ex-ministro Fernando Haddad à prefeitura paulistana.
Sucessão na liderança. Em outra frente, os senadores Wellington Dias (PT-PI) e Walter Pinheiro (PT-BA) disputam a sucessão do atual líder, Humberto Costa. Pinheiro afirmou à Agência Estado que não partirá para o confronto com o piauiense. 'Ao invés de sair aos tapas, vamos sair de braços dados', afirmou.
Por sua vez, Dias intensificou as negociações para arrebatar a liderança. Dias, que no ano passado liderou a cruzada dos Estados do Nordeste e do Norte pela redistribuição dos royalties de petróleo, não quer distância dos holofotes. Nos bastidores, ele argumenta que a Bahia já conta com uma representação forte no governo.
No ano passado, Pinheiro ganhou uma relatoria importante: o Plano Plurianual 2012-2015, que define o plano de investimentos do governo para os próximos quatro anos. Além disso, atribui-se ao governador da Bahia, Jaques Wagner, e a Walter Pinheiro, aliado de primeira hora de Wagner, a indicação do deputado Afonso Florence (PT-BA) para ser o ministro do Desenvolvimento Agrário.

Assembleia de SP inicia ano legislativo com pauta 'limpa'

A Assembleia Legislativa paulista inicia o ano legislativo nesta quarta-feira, 1º, com a retomada os debates e da votação de projetos de lei. Respaldado por sua ampla base de sustentação - 66 dos 94 parlamentares - o governo trabalha para que o ano corra sem sobressaltos. Já a oposição, em franca minoria, vê nas articulações para as eleições municipais deste ano uma janela para atrair parlamentares insatisfeitos e ampliar sua influência.
O líder do governo na Assembleia, deputado Samuel Moreira, dá a medida da influência do governador Geraldo Alckmin na Casa. 'Entre os projetos enviados pelo governo em 2011, quase todos foram aprovados. A pauta deste ano está praticamente limpa', afirma. Segundo Moreira, uma das prioridades para as próximas semanas é encaminhar o projeto de lei 687/11, que regulariza terras devolutas com menos de 500 hectares na região do Pontal do Paranapanema.
Ainda no primeiro semestre, outros dois assuntos que devem receber a atenção da bancada governista é a criação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), com o objetivo de acelerar a formação de professores da rede pública, e a definição do novo piso regional do salário mínimo.
O ritmo de andamento desses projetos, porém, deve ser mais lento. Se nos anos sem eleições os deputados estaduais comparecem à Assembleia para discutir e votar projetos de terça a quinta-feira, neste ano a atividade legislativa pode ser reduzida a dois dias por semana - apenas terças e quartas, segundo o líder do PT na Casa, deputado Enio Tatto. Para ele, é 'compreensível' que em anos eleitorais as sessões sejam reduzidas para que o deputado atue na sua base, o que seria 'inerente' à atividade parlamentar.
Tatto afirma que em 2012 a oposição, que segundo ele reúne hoje 28 deputados - 24 do PT, dois do PC do B, um do PSOL e um do PDT - pode crescer e atingir o desejado número de 34 parlamentares, o mínimo para conseguir instalar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
'Há deputados da base cansados de serem serviçais do governo que podem vir a atuar do nosso lado', afirma. Outra cartada na manga de Tatto são as conversas entre Gilberto Kassab e o PT para as eleições municipais. Para ele, se houver acordo para a disputa da Prefeitura de São Paulo, os três deputados do PSD podem vir a votar com a oposição. 'É um partido novo e tudo é possível', diz.