O principal problema do eleito

O principal desafio para o candidato que vencer a eleição presidencial deste ano, quem quer que seja, serão as contas do governo. O país está quase quebrado, com tantos gastos obrigatórios, que sobra pouco ou quase nenhum dinheiro para implementar um programa de governo.

De um lado, as despesas que ainda podem ser cortadas devem ficar em apenas R$ 85 bilhões no ano que vem. Parece muito, mas numa máquina do tamanho do governo é quase nada e deixa o país perto da paralisia. De outro, se não há onde cortar, também não sobra para investir: pelas contas do Planejamento, vai sobrar só 0,5% do PIB para investimento em 2019, o patamar mais baixo em 15 anos.

O grande problema é que, a pouco mais de 50 dias do primeiro turno, a maioria dos candidatos finge que o problema não existe. As propostas apresentadas no último debate, na quinta-feira, são todas pouco claras, quando não claramente inconsistentes, como analisaram os especialistas.

Largada 'oficial' da campanha

Bom, depois de meses de "pré-campanha", quando todo mundo fazia campanha mas fingia que não, nesta quinta-feira começa oficialmente a disputa. A partir daí, os candidatos vão poder pedir votos abertamente. Aqui, um guia sobre o que pode e o que não pode ser feito nesse período, com um calendário sobre as próximas datas mais importantes: a propaganda no rádio e na TV começa no dia 31.

E como fica Lula?

Também nesta semana, o PT deve registrar Lula como o candidato do partido à Presidência. O concorrente de facto, Fernando Haddad, deu entrevista ao GLOBO em que explicou a insistência do partido em lançar seu líder máximo. Segundo Lauro Jardim, o nome dele vai estar até no registro do ex-prefeito de São Paulo . A dúvida não é se a Justiça Eleitoral vai indeferir o pedido do ex-presidente, mas quando.