Uma das medidas pedidas pela Justiça à mineradora Samarco foi a realização de um estudo que mostrasse a situação de outras barragens em Mariana (MG) que, danificadas pela de Fundão, poderiam também se romper e causar um 'Tsunami de lama' ainda mais prejudicial à fauna, flora e aos cidadãos da região.
O trabalho, desenvolvido pela consultoria Pimenta de Ávila mostra que o rompimento destas barragens resultaria no vazamento de 105 bilhões de litros de rejeitos, que teriam capacidade de percorrer ao menos 109 quilômetros, chegando à hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga). Para efeito de comparação, a barragem de Fundão despejou 40 bilhões.
O estudo revela também que a barragem de Santarém corre risco de transbordar ou se romper, fazendo com que em dez minutos a lama chegasse ao povoado de Bento Rodrigues, atingido pelos rejeitos de Fundão - em 11 horas, chegaria ao município de Barra Longa, a 77 quilômetros de distância.
Devido a essa possibilidade, revela a Folha de S. Paulo, a consultoria sugere que a Samarco cadastre as habitações em risco de forma a facilitar o processo de evacuação. Outra recomendação é que a mineradora elabore novo plano de emergência para as barragens que restaram. A implementação das medidas será cobrada pelo Ministério Público.
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