O revolucionário avião Solar Impulse 2 está no meio do caminho entre o Japão e o Havaí e já bateu seu próprio recorde de voo sem escalas nesta quarta-feira (1). O aparelho, movido exclusivamente a energia solar, decolou de Nagoia no domingo (28) e sobrevoa o Oceano Pacífico há mais de dois dias e duas noites.
As mais de 60 horas do voo solitário e sem escalas do piloto suíço André Borschberg já representam uma marca inédita. O piloto tem que percorrer ainda mais de 4 mil quilômetros na pequena cabine de comando do Solar Impulse para chegar ao destino.
Os organizadores estão otimistas, pois o aparelho superou hoje uma barreira de nuvens provocada por uma frente fria, considerada um dos principais obstáculos da travessia. Superar a frente fria foi "um momento muito emocionante", escreveu no Twitter Bertrand Piccard, coautor do projeto e o segundo piloto da aeronave, em revezamento com Borschberg.
Façanha
Este terceiro dia do voo sem escalas comprova que "um avião pode voar sem interrupção produzindo sua própria energia", comemorou Bertrand Piccard. A travessia do Pacífico é um salto no desconhecido. Até o Japão, o Solar Impulse 2 - que tem as asas cobertas por células fotovoltaicas -, podia aterrissar no aeroporto mais próximo, em caso de problema. Mas até chegar ao Havaí, provavelmente na próxima sexta-feira (3), não terá nenhum lugar onde pousar.
André Borschberg contou, em uma mensagem de vídeo difundida na internet, que "está em excelente forma". "A noite foi difícil, mas fantástica", informou o piloto de 62 anos.
O Solar Impulse ficou mais de um mês bloqueado no Japão, devido ao mau tempo. O avião começou sua aventura em 9 de março, em Abu Dhabi. A meta é dar a volta ao mundo e percorrer ao todo 35 mil quilômetros para promover o uso de energias renováveis, principalmente a energia solar.
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