Cuba se tornou o primeiro país a eliminar totalmente a transmissão de mãe para filho do vírus HIV e da sífilis. O anúncio foi feito nesta terça-feira, dia 30, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a entidade, todos os anos, aproximadamente 1,4 milhão de mulheres soropositivas dão à luz. Sem tratamento, elas têm de 15 a 45% de chance de transmitir o vírus para a criança, seja durante o período da gestação, o parto ou, ainda, na amamentação. É a chamada transmissão vertical do HIV. No entanto, o risco de contrair o vírus pode ser reduzido a apenas 1% se houver adesão ao tratamento com medicamentos antirretrovirais. Ainda assim, em 2014, cerca de 240 mil crianças nasceram já infectadas com o HIV, principalmente em países onde se encontram índices muito elevados de infecções causadas pelo vírus transmissor da Aids, sendo a maioria na África.
Mas como Cuba conseguiu esse feito? O acesso universal e gratuito ao tratamento, o maior número de pré-natais antecipados, maior testagem para HIV e sífilis, aumento no número de cesáreas necessárias e campanhas de substituição da amamentação visando mães soropositivas foram as principais razões para o sucesso das políticas públicas cubanas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 2,7 em cada 100 mil habitantes com menos de cinco anos de idade são portadores do vírus HIV em decorrência da transmissão de mãe para filho.
By Niki
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