GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 22 de novembro de 2014

América Latina pode acabar com epidemia de Aids em 2030 com investimentos

César Núñez, diretor da OnuAids para América Latina e Caribe, é visto durante coletiva de imprensa sobre a prevenção da AIDS e programas de tratamento no dia 10 de maio de 2011 na Guatemala

A epidemia de Aids pode ser erradicada na América Latina por volta de 2030 se os governos fizerem maiores esforços econômicos para combater a doença, assegurou nesta sexta-feira, no Panamá, uma fonte das Nações Unidas.
"Por fim à epidemia de Aids na América Latina não é mais um sonho, pode virar realidade em 2030 se for acelerada a resposta dos países nos próximos 5 anos", disse, em entrevista à AFP, César Núñez, diretor da OnuAids para a América Latina e o Caribe.
No entanto, Núñez esclareceu que o que se espera para 2030 é acabar com a Aids "como epidemia e ameaça à saúde pública, não como doença".
Cerca de 1,6 milhão de pessoas vive com HIV, vírus causador da Aids, na região, que em 2013 registrou 94.000 novas infecções e 47.000 mortes de causas relacionadas com a doença.
Segundo Núñez, se os países da região "assumem o compromisso com muito maior intensidade" e investem mais recursos para facilitar o acesso a medicamentos e a exames modernos para o diagnóstico precoce do HIV, em 2030 haveria apenas 28.000 novas infecções, 70% a menos do que atualmente.
Países de renda alta e média, como Brasil, Chile, México, Argentina, Colômbia e Uruguai financiam quase exclusivamente com recursos nacionais o combate à doença.
Ao contrário, países com rendimentos baixos e medianos, como Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Paraguai, dependem de recursos de doadores para financiar um terço ou mais de suas respostas ao HIV.
"Em todos os países da América Latina há vácuo, existem brechas na resposta à doença", apesar de que há mais contribuição dos governos, mas "não é suficiente", disse Núñez.
Com um aumento dos investimentos, segundo Núñez, no ano 2020, 90% das pessoas com HIV saberiam que são portadoras do vírus contra os 50% atuais e 90% delas teriam acesso a anti-retrovirais, contra 47% agora, o que reduziria drasticamente os contágios.
Embora Núñez não tenha especificado valores para a região, um informe recente da ONUAids estabeleceu que caso se queira acabar com a epidemia em 15 anos em todo o mundo, os países de baixa renda precisarão de US$ 9,7 bilhões até 2020.
Os de renda média e baixa, por sua vez, precisarão de US$ 8,7 bilhões.
Em nível global, em 2013, houve 2,1 milhões de novas infecções por HIV, cifra que a ONU Aids quer reduzir para 500.000 em 2020 e para 200.000 em 2030.
No total, 35 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, um vírus que causou 1,5 milhão de mortes em 2013.

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