GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Em assembleia dividida, metroviários decidem suspender greve Governo não voltou atrás da decisão de demitir 42 funcionários

Em assembleia dividida, metroviários decidem suspender greve

Após cinco dias de greve, e de o governo do Estado definir a demissão de 42 funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), os metroviários decidiram, na noite desta segunda-feira, 9, suspender a paralisação pelo menos até quinta-feira. Uma nova assembleia deverá ocorrer na quarta, mas a categoria já definiu nova paralisação na quinta, data da abertura da Copa do Mundo.
Durante o dia, em que a greve atingiu parcialmente as Linhas 1, 2 e 3 e 50 estações, os sindicalistas até acenaram com a possibilidade de encerrar a greve, caso o governo desistisse das demissões. À tarde, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, adiantou que não haveria acordo. 
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, chegou a afirmar que a tendência era de que a greve continuasse para defender os demitidos. “Todas as centrais sindicais do País estão solidárias com a luta. A intenção do governo é intimidar, demitindo só 42 trabalhadores, e não todos os funcionários que não foram trabalhar de manhã e de tarde. Se (o governador) Alckmin seguisse sua lógica, deveria demitir toda a categoria.”
O representante do Ministério do Trabalho, Luiz Antônio de Medeiros, que faz a mediação das negociações, afirmou que o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, estava até disposto a readmitir 40 dos 42. Mas a iniciativa foi barrada pelo Palácio dos Bandeirantes, durante reunião na sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no centro. Em nota, o Metrô destacou que a greve foi declarada abusiva pela Justiça no domingo - o que justificaria as demissões - e não haveria negociação.
Dessa reunião na DRT participaram representantes de várias centrais sindicais, em apoio à paralisação dos metroviários. Entre elas: a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Conlutas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB). “Não há acordo e não haverá readmissão em hipótese nenhuma”, rebateu Fernandes, na saída da DRT. Outros grupos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Movimento Passe Livre (MPL), fizeram uma passeata pelo centro, em favor dos metroviários.
Piquete. Havia ainda a possibilidade de o número de demitidos aumentar. Outros 13 metroviários foram detidos para averiguação pela polícia na Estação Ana Rosa e tiveram de assinar termos circunstanciados (crime de menor potencial ofensivo) por “paralisação de trabalho de interesse público”. Eles eram parte dos grevistas que organizaram o maior piquete dos cinco dias de paralisação, na Estação Ana Rosa do Metrô. 
Acabaram surpreendidos pela Polícia Militar, que veio da Estação Paraíso, pela Linha 1-Azul, em um trem vazio, e ficou em posição de confronto na plataforma. Enquanto os 13 prestavam depoimento à polícia, os representantes do Metrô passavam os nomes dos detidos por telefone para o departamento de Recursos Humanos da companhia. A estratégia, de acordo com um dos representantes da empresa, é de que os sindicalistas sejam demitidos por justa causa. 
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, porém, afirmou que o caso ainda será analisado. “Não sei se vamos processar, porque parece que eles não fizeram nenhuma violência”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de a greve continuar, se o governo não ceder, Fernandes disse, pela manhã, não saber “o que vai acontecer amanhã”. “Isso é não é da nossa alçada. Eles (os sindicalistas) vão discutir e vão mostrar para vocês.”
Copa. Já sobre o risco de a paralisação se estender até quinta-feira, dia da abertura da Copa na Arena Corinthians, como definiu a assembleia, o secretário de Alckmin minimizou. “Não, não. A greve está acabando. Estamos com 77% das estações abertas.” 

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