GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mais política e menos religião


Muitos (para não dizer todos) os candidatos, sejam de prefeitos ou vereadores, não poupam esforços, críticas e até se figuram de personagens para angariar votos. Saem do bom senso e da lógica para ganhar uma eleição. Vale tudo para entrar no poder e aumentar e muito seus rendimentos, com salários que beiram ao absurdo (pelo que fazem) ou garantir cargos aos parentes e amigos e ficar quatro anos no governo.
O candidato tucano de São Paulo Serra, por exemplo, perdendo nas pesquisas com o outros até então inexpressivos, como Russomanno, poderia ser um deles. Neste feriado, ele engatou em uma maratona de cultos evangélicos. A importância dada ao segmento na candidatura de Serra é tamanha, que o PSDB montou um comitê específico responsável pela aproximação com o setor. 

Segundo reportagem, ele esteve presente em pelo menos três cultos no feriado, onde pastores com Serra no “palanque” pediam os votos dos fieis. Como testemunho de um destes cultos, Serra pregou o combate a “todas essas coisas que destroem a família”. Quando saiu de um deles, o pastor que esteve ao seu lado apoiando, disse aos fieis as “estratégias do diabo” para impedir que um “cristão” governe a nação: “a militância dos gays, a militância do povo que luta pelo aborto, a militância dos que querem descriminalizar as drogas”. Antes e depois do culto, o pastor distribui santinhos com o nome de uma vereadora da igreja e o de Serra.
Sabe que eu acho disso? Que deveria ter uma lei que proibisse candidatos em igrejas e que pastores e padres de que religião for, fossem impedidos de angariar votos deste segmento, quando estivessem pregando dentro da igreja com fieis.
Deveria ser inadmissível que candidatos utilizassem a fé dos eleitores para vencer uma eleição. Até porque, se eleito, este político governará para todos sem distinção. A escolha da religião é uma liberdade de opção. O caráter de uma pessoa não está relacionado à religião que ela é devota. Até ateu tem seu direito assegurado nas leis. E acredito ainda que para Deus, se o candidato for honesto, já está de bom agrado. 

Assuntos como homossexualidade, aborto e drogas não são para serem discutidos em um culto com candidatos. O tema extrapola a religião, pois trata de políticas públicas nas áreas de saúde, social, segurança e educação, que merecem discussões e debates na sociedade organizada com especialistas e políticos. 
Voltando as considerações apresentadas acima deste texto, peço bom senso a estes candidatos que não estão poupando para se elegerem. Vamos elevar o nível das campanhas com promessas em benefício a todos sem distinção e deixar os fieis apenas rezarem e se evangelizarem. E os pastores e padres por sua vez, não entrem neste mérito em seus cultos, como o que pregou junto ao Serra, dizendo: “Senhor, dá a vitória a ele”. Esta “vitória” a que ele se refere, deve ser justa, imparcial e democrática e a que mais se aproxima a realidade e necessidade de todos os brasileiros, sejam de que religião, credo, sexualidade e raça, forem. 

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