São Paulo (SP) - “Sim, nós podemos!”. Com essa frase, Russomanno encerrou sua participação no primeiro debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo, promovido pelo grupo Bandeirantes de Comunicação. Em comentários na rede mundial de computadores e na saída do local onde foi realizado o encontro, a opinião da maioria era de que Russomanno havia se destacado no debate por apresentar as propostas mais concretas. “Ele demonstrou estar preparado”, era a frase mais ouvida.
“Administrar São Paulo não é fácil”, admitiu o candidato republicano, lembrando, porém, que quer ser prefeito da maior cidade do país com propostas ousadas, modernas e que, acima de tudo, respeitem os direitos do cidadão. Ele anunciou que será um prefeito que trabalhará nas ruas, junto à população. No final, após seus comentários de encerramento, Russomanno foi um dos poucos aplaudidos pela plateia.
O debate foi dividido em quatro blocos. No primeiro, todos os candidatos responderam a uma mesma pergunta, sobre quais as medidas a serem adotadas para enfrentar um dos principais problemas paulistanos: o atendimento na Saúde.
Em sua primeira participação, Russomanno já mostrou o diferencial. Enquanto a maioria dos candidatos abordava a questão genericamente, sem apresentar propostas concretas, o candidato do PRB elencava algumas medidas que adotará quando eleito: a ampliação do Saúde da Família, oferecendo atendimento inclusive na rede pública de Ensino, e a informatização de toda a rede de Saúde, de forma a dotar a população de todas as informações sobre o sistema e oferecer agilidade no atendimento, marcação de consultas, revisão de prontuário e acesso a medicamentos.
O segundo e terceiro blocos foram de perguntas entre os candidatos. O republicano falou sobre sua proposta de integrar a cidade no plano “SP Inteligente”, descentralizando e incentivando a criação de novos polos de emprego, de forma a desafogar o trânsito com a geração de vagas perto das casas das pessoas. Mais uma vez, Celso questionou a grande burocracia que impera nas subprefeituras, dificultando, por exemplo, a liberação de alvarás que permitam a instalação de novas empresas, principalmente em regiões administrativas de São Paulo, que hoje só servem de dormitório. Russomano também defendeu a criação de shoppings populares, de forma a dar oportunidade de regularização aos ambulantes, “hoje criminalizados pela atual gestão paulistana”.
Na hora de falar sobre sua proposta para a área de Segurança Pública, Russomanno defendeu a ampliação da Guarda Municipal, afirmando, inclusive, que aumentará o efetivo para 20 mil homens. “Além disso, vamos melhorar as condições de trabalho desses profissionais, aumentando seus salários, de forma a recuperar a autoestima deles. Vamos utilizá-los no combate à criminalidade e não aos ambulantes”, garantiu.
Os dois últimos blocos foram de perguntas de jornalistas. Russomanno falou sobre sua proposta para área de saneamento e limpeza urbana. Ele advertiu que, em sua gestão, a Sabesp será obrigada, inclusive com base no Código de Defesa do Consumidor, a fornecer o serviço de esgoto sanitário que hoje cobra e não oferece. O candidato também defendeu o incentivo à criação e ampliação das cooperativas de trabalhadores na área dos resíduos sólidos, de forma a não apenas garantir a ampliação da reciclagem do lixo paulistano, como ainda oferecer oportunidades de geração de renda para a população mais carente.
Em sua última intervenção, antes dos comentários finais, Russomanno falou sobre Educação. Ele defendeu o resgate da educação tradicional acabando com a progressão automática, melhorando as condições de trabalho e de remuneração do professor e qualificando o profissional de ensino. “Assim, os filhos das classes mais desfavorecidas terão as mesmas chances que os das classes mais ricas”, concluiu.
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