GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 5 de agosto de 2012

"Judoca ruim", treinador do Brasil vê afirmação de ex-categoria


Luiz Shinohara comanda a Seleção masculina de judô há dez anos. Foto: Bruno Santos/Terra
O judô masculino do Brasil deixou a Olimpíada de Londres sem medalhas para os atletas mais experientes e laureados, casos de Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Luciano Corrêa. Entretanto, duas categorias que não contavam com o mesmo prestígio dos pesos dos veteranos saíram dos Jogos com o bronze: ligeiro e pesado. Muito deste feito passa pelo trabalho de Luiz "Jun" Shinohara, técnico da Seleção Brasileira masculina.
Durante as lutas, é possível ver o diminuto comandante passando orientações aos pupilos que lutam suas vidas no tatame. Há dez anos no cargo, pelas mãos do treinador passaram judocas que trouxeram seis medalhas para o Brasil, todas de bronze. Perguntado sobre a evolução do judô brasileiro neste tempo, Shinohara vê um acréscimo de estrutura.
"Quando nós começamos, não tínhamos uma estrutura que achássemos adequada. E aí fomos caminhando. A cada ciclo fomos melhorando, e em Atenas detectou que o trabalho de psicologia era muito importante para os atletas. Esse trabalho veio sendo feito, sem deixar de lado a nutrição e a preparação física. Temos uma equipe bastante competente e é bom que os atletas estão conscientes de que isso é necessário. Nesse aspecto caminhamos bastante", explicou o treinador.
Com 1,60 m e corpo magro, a aparência de Shinohara lembra sua época como atleta. O ex-judoca disputou as Olimpíadas de Moscou e Los Angeles, respectivamente em 1980 e 1984, na categoria ligeiro e sem conseguir medalhas. Para o treinador, entretanto, seu passado como competidor não foi bom.
"Eu como atleta não posso falar muito, não acho que fui um bom atleta. Mesmo porque não tínhamos essa estrutura. Porém vejo que de lá para cá basicamente mudou tudo. De parte de regulamentação das lutas mudou quase que totalmente. Vejo que algumas coisas melhoraram para melhor, e outras nem tanto. Mas acho que o judô hoje está bastante competitivo", afirmou o técnico, que viu Felipe Kitadai medalhar em sua antiga categoria.
"A categoria ligeiro é uma satisfação pessoal dele, porque era dessa categoria, participou de dois Jogos Olímpicos. Infelizmente não conquistou uma medalha, mas foi um dos destaques do judô brasileiro em todos os tempos", disse Ney Wilson, coordenador da Seleção Brasileira.
Perguntado se concordava com a opinião de Shinohara em o próprio não ser um bom atleta, o dirigente discordou e até fez uma comparação grandiosa. "Ele foi, não dito por mim, mas por todos que acompanharam a geração, um dos 'Pelés' do judô", respondeu Ney com um sorriso.
O Brasil em Londres conquistou, além de medalha no ligeiro, no judô masculino, o bronze do pesado Rafael "Baby" Silva, que milita na categoria completamente oposta à trabalhada por Shinohara em seu tempo de atleta. Após conseguir seu terceiro lugar, o judoca exaltou o trabalho do treinador e falou sobre sua importância na busca pela premiação.
"O Shinohara dá a vida ali do lado no tatame. Ele é um cara muito técnico e ensina bastante a como vencer as lutas. Estamos em contato o ano todo, viajamos muito juntos, e acaba virando uma grande família. O fato de o 'Jun' conhecer muito o judô e estar rodando muito pelo esporte conhece bem os atletas e os adversários de cada um. Ele ajuda muito com dicas técnicas e a questão psicológica da luta", comentou Baby.

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