Cassado pelo plenário do Senado nesta quarta-feira (11), Demóstenes Torres vai entrar na história como o segundo senador a ter o mandato cassado.
Até hoje, o único senador a perder o mandato após cassação era Luiz Estevão, do PMDB, que enfrentou processo por quebra de decoro após acusações de envolvimento no desvio de verbas públicas na construção do prédio do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.
Em 28 de junho de 2000, Luiz Estevão teve sua cassação aprovada pelo plenário do Senado em sessão e votação secretas. Na época, a reunião durou quatro horas.
Desde lá, outros senadores já sofreram processo de cassação, mas renunciaram antes de uma decisão final dos colegas. É o caso de Renan Calheiros, em 2007, Antonio Carlos Magalhães, José Roberto Arruda e Jader Barbalho, em 2001.
Em entrevista nesta quarta-feira, Luiz Estevão acalenta Demóstenes: existe, sim, vida após a cassação.
"Nada é pior do que morrer, a cassação não acabou com minha vida e não vai acabar com a dele", disse.
Estevão discorda de Demóstenes: mentir é sim motivo para cassação.
"É um caso flagrante de quebra de decoro. O senador tem liberdade, mas isso não o autoriza a mentir", afirmou o empresário.
Ele alegou não ter mentido aos senadores --motivo usado para cassá-lo em 2000, em meio ao escândalo do superfaturamento do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
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