Em todo o Estado foram 2.245 vidas salvas, com queda de 54% no índice de afogamentos
Era pra ser mais um final de semana divertido na praia mas, naquele fatídico segundo que muda tudo sem ninguém esperar, a correnteza pegou a todos de surpresa e o que era festa virou desespero e pânico, quase uma tragédia. Daniel nunca se esquecerá.
“Consegui manter as duas crianças em cima d’água sem engolir uma gota pela experiência que tenho com natação. Porém, uma moça do nosso lado começou a gritar por socorro desesperadamente. A amiguinha da filha da minha namorada começou a entrar em desespero e eu já estava sem forças”, conta.
No dia 4 de janeiro passado, Daniel Martins de Souza, de 20 anos, analista de sistemas, morador de Santos, passava o dia com a família numa praia em Guarujá. Ele estava na água com a enteada e uma amiga, de 12 anos, quando foram pegos pela correnteza. Daniel e as meninas escaparam da morte graças a um resgate rápido e preciso.
Eles entraram para as estatísticas pelo lado bom, das pessoas que sobreviveram. E não foram poucas. Entre dezembro de 2011 e fevereiro deste ano, 2.245 vidas foram salvas. Um número e tanto.
O verão terminou, oficialmente, ontem, e no período em que a movimentação de moradores e turistas nas praias do Estado atinge o pico, entre o início da estação mais quente do ano, em dezembro, e o final de fevereiro, o Corpo de Bombeiros registrou uma queda de 54% no número de mortes por afogamento. Foram registrados 40 óbitos no litoral, contra 87 no verão passado.
A corporação esteve presente com 1.097 guarda-vidas em todas as 15 cidades do litoral. Destes, 580 pertencem ao 17º Grupamento de Bombeiros (GB) e 517 eram guarda-vidas temporários, contratados através de convênios firmados com as prefeituras e empresas.
No caso de Daniel e as meninas, o primeiro socorro veio de surfistas. “Logo que subimos na prancha, os bombeiros chegaram em uma velocidade incrível, com bote salva-vidas e um jet ski. Alguns bombeiros foram nadando e resgatando mais umas sete pessoas, já que não havia mais pranchas”, conta o programador.
Daniel disse que o que mais o impressionou foi a velocidade como as coisas aconteceram – tanto o afogamento como o resgate. “Se eles não estivessem tão atentos e preparados para a situação, teríamos perdido muitas vidas naquele dia”, analisou.
Nos finais de semana e feriados de verão, a Polícia Militar esteve com sete helicópteros Águia em todo o litoral paulista. Eles foram responsáveis por 65 intervenções, com 83 pessoas salvas durante 366 horas de voo.
Durante a operação Praia Segura, os bombeiros contaram com 36 botes infláveis, 20 Unidades de Resgate e Salvamento Aquático, oito lanchas e um navio.
O jet ski que salva
O jet ski acabou o verão sendo visto como uma máquina assassina. Vários casos trágicos envolvendo a moto aquática foram noticiados, mas é importante ressaltar que o veículo em si não é o problema, mas sim quem o pilota.
No caso dos Bombeiros, o jet ski pode ser considerado uma máquina para salvar vidas. Vários resgates de pessoas que estavam se afogando foram realizados através dele. A corporação utilizou nove motos aquáticas de dezembro a fevereiro.
Segundo o capitão Marcos Brizola de Barros, do 17º GB, a redução de mortes por afogamento se deve principalmente ao aumento no número de guarda-vidas temporários e aos guarda-vidas auxiliares que participaram da operação, fazendo ao todo 27.101 prevenções de afogamento nas praias de Guarujá, Santos, São Vicente, Bertioga, Praia Grande, Monguaguá, Itanhaém, Peruíbe, Ilha Comprida, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba.
Além disso, campanhas educativas e ações de prevenção foram fundamentais para a diminuição de mortes neste verão.
Baixada Santista
Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, na Baixada Santista, entre dezembro e fevereiro, houve 22 mortes e 1.154 vítimas salvas. Também houve 12.273 prevenções de afogamentos nas praias de Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande e Bertioga. O reforço de guarda-vidas para a região foi de 203 homens.
Litoral Sul
Para o Litoral Sul, foram enviados mais 202 guarda-vidas. Foram realizadas 9.030 prevenções. Apesar das 14 mortes registradas neste verão, os bombeiros conseguiram salvar 640 vítimas de afogamentos.
Litoral Norte
O reforço com a contratação de mais guarda-vidas para as três cidades do Litoral Norte foi de 112 homens. Foram quatro mortes, com 451 vítimas resgatadas e 5.798 prevenções realizadas.
Era pra ser mais um final de semana divertido na praia mas, naquele fatídico segundo que muda tudo sem ninguém esperar, a correnteza pegou a todos de surpresa e o que era festa virou desespero e pânico, quase uma tragédia. Daniel nunca se esquecerá.
“Consegui manter as duas crianças em cima d’água sem engolir uma gota pela experiência que tenho com natação. Porém, uma moça do nosso lado começou a gritar por socorro desesperadamente. A amiguinha da filha da minha namorada começou a entrar em desespero e eu já estava sem forças”, conta.
No dia 4 de janeiro passado, Daniel Martins de Souza, de 20 anos, analista de sistemas, morador de Santos, passava o dia com a família numa praia em Guarujá. Ele estava na água com a enteada e uma amiga, de 12 anos, quando foram pegos pela correnteza. Daniel e as meninas escaparam da morte graças a um resgate rápido e preciso.
Eles entraram para as estatísticas pelo lado bom, das pessoas que sobreviveram. E não foram poucas. Entre dezembro de 2011 e fevereiro deste ano, 2.245 vidas foram salvas. Um número e tanto.
O verão terminou, oficialmente, ontem, e no período em que a movimentação de moradores e turistas nas praias do Estado atinge o pico, entre o início da estação mais quente do ano, em dezembro, e o final de fevereiro, o Corpo de Bombeiros registrou uma queda de 54% no número de mortes por afogamento. Foram registrados 40 óbitos no litoral, contra 87 no verão passado.
A corporação esteve presente com 1.097 guarda-vidas em todas as 15 cidades do litoral. Destes, 580 pertencem ao 17º Grupamento de Bombeiros (GB) e 517 eram guarda-vidas temporários, contratados através de convênios firmados com as prefeituras e empresas.
No caso de Daniel e as meninas, o primeiro socorro veio de surfistas. “Logo que subimos na prancha, os bombeiros chegaram em uma velocidade incrível, com bote salva-vidas e um jet ski. Alguns bombeiros foram nadando e resgatando mais umas sete pessoas, já que não havia mais pranchas”, conta o programador.
Daniel disse que o que mais o impressionou foi a velocidade como as coisas aconteceram – tanto o afogamento como o resgate. “Se eles não estivessem tão atentos e preparados para a situação, teríamos perdido muitas vidas naquele dia”, analisou.
Nos finais de semana e feriados de verão, a Polícia Militar esteve com sete helicópteros Águia em todo o litoral paulista. Eles foram responsáveis por 65 intervenções, com 83 pessoas salvas durante 366 horas de voo.
Durante a operação Praia Segura, os bombeiros contaram com 36 botes infláveis, 20 Unidades de Resgate e Salvamento Aquático, oito lanchas e um navio.
O jet ski que salva
O jet ski acabou o verão sendo visto como uma máquina assassina. Vários casos trágicos envolvendo a moto aquática foram noticiados, mas é importante ressaltar que o veículo em si não é o problema, mas sim quem o pilota.
No caso dos Bombeiros, o jet ski pode ser considerado uma máquina para salvar vidas. Vários resgates de pessoas que estavam se afogando foram realizados através dele. A corporação utilizou nove motos aquáticas de dezembro a fevereiro.
Segundo o capitão Marcos Brizola de Barros, do 17º GB, a redução de mortes por afogamento se deve principalmente ao aumento no número de guarda-vidas temporários e aos guarda-vidas auxiliares que participaram da operação, fazendo ao todo 27.101 prevenções de afogamento nas praias de Guarujá, Santos, São Vicente, Bertioga, Praia Grande, Monguaguá, Itanhaém, Peruíbe, Ilha Comprida, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba.
Além disso, campanhas educativas e ações de prevenção foram fundamentais para a diminuição de mortes neste verão.
Baixada Santista
Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, na Baixada Santista, entre dezembro e fevereiro, houve 22 mortes e 1.154 vítimas salvas. Também houve 12.273 prevenções de afogamentos nas praias de Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande e Bertioga. O reforço de guarda-vidas para a região foi de 203 homens.
Litoral Sul
Para o Litoral Sul, foram enviados mais 202 guarda-vidas. Foram realizadas 9.030 prevenções. Apesar das 14 mortes registradas neste verão, os bombeiros conseguiram salvar 640 vítimas de afogamentos.
Litoral Norte
O reforço com a contratação de mais guarda-vidas para as três cidades do Litoral Norte foi de 112 homens. Foram quatro mortes, com 451 vítimas resgatadas e 5.798 prevenções realizadas.
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