GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fiscalização da Marinha aponta que quase 20% das embarcações na região têm alguma irregularidade

Fiscalização realizada pela Delegacia da Capitania dos Portos, em São Sebastião, da Marinha do Brasil, aponta que cerca de 20% das embarcações vistoriadas durante a Operação Verão, nesta temporada, apresentaram algum tipo de irregularidade.
Entre as principais estão a ausência de documento da embarcação, material de salvamento incompleto, excesso de passageiros, falta de habilitação do condutor e emprego inadequado de embarcações.
De 17 de dezembro até o dia 13 de janeiro foram inspecionadas 292 embarcações, das quais 56 foram notificadas por apresentarem algum tipo de problema, o que representa quase 20% do total e uma foi apreendida.
O condutor (piloto) flagrado cometendo um desses atos é notificado e pode ser multado em valores que variam de R$ 40 R$ 3,2 mil, de acordo com a gravidade da infração. “Nosso objetivo não é multar, mas orientar para salvaguardar a vida dos banhistas e turistas”, explicou o suboficial Eron Duarte de Souza, encarregado da Divisão de Segurança do Tráfego Aquaviário, que na última sexta-feira acompanhou a reportagem do Imprensa Livre em uma das fiscalizações.
Desta vez o alvo foi Praia do Curral, no sul de Ilhabela, muito frequentada por banhistas e também pelas embarcações. Quem passeava por lá era o paulistano Marcos Martins, 42 anos, acompanhado da esposa Cristiane Martins e o filho. Ele aprovou a abordagem dos marinheiros e destacou a importância para quem está no mar. “Comprei meu bote há pouco tempo, mas sei que é necessário ter tudo em ordem”.
Ele ainda foi voluntário para o teste com etilômetro (bafômetro), que verifica a quantidade de álcool no sangue, executado pelos marinheiros da Delegacia da Capitania dos Portos. O resultado foi de 0,00%, ou seja, não havia ingerido nada.
Já Cristiane observou a problemática existente com jet skis, quando há abuso por parte dos usuários. “Eles encostam muito próximo das embarcações e dos banhistas”.
O suboficial confirmou esse problema e destacou que esse é um dos focos da operação. Segundo ele, já flagraram várias situações onde a embarcação é alugada para menores que, como carro, não podem tirar habilitação antes de completar 18 anos. “São pessoas que visam lucro e acabam alugando para quem não sabe e não pode pilotar, o que aumenta os riscos”.
A única embarcação apreendida nesta operação foi justamente um jet ski cujo condutor não tinha habilitação e o equipamento não estava inscrito em nenhuma Capitania dos Portos.
Este não foi o caso de Rafael Maudonnet, 26 anos, de Campinas, que aproveitou a sexta-feira para passear pelo Canal de São Sebastião. Ele também ressaltou a necessidade de ser habilitado e cuidadoso no mar. “Tem muita gente que abusa e todos nós recebemos a fama”.
Uma das notificações registradas no período da manhã foi para o empresário José Eduardo Penereiro Pascoal, 45 anos, que possui uma banana boat, mas estava sem a proteção na hélice do bote que puxa a embarcação carregada de turistas. Ele relatou esquecimento e informou aos marinheiros que ela estava na praia, onde foi colocá-la. Disse ainda que a maior dificuldade para cumprir essa regra de segurança da Marinha está relacionada com a falta do produto no mercado brasileiro. “Encomendei uma no Canadá, de fibra de carbono, que é mais leve e não prejudica o desenvolvimento da navegação”.
Para o turista Nelmo Gomes Caldas, 43 anos, de Mogi das Cruzes, que estava em uma das embarcações vistoriadas, esta operação é importante porque, quem comprar um passeio em uma agência, por exemplo, supõe que esteja tudo regularizado. “A gente já procura a agência para ter mais segurança”.
Este ano, a Operação Verão da Marinha do Brasil está bem focada nas embarcações de Esporte e/ou Recreio que não podem realizar atividade comercial. “Para fazer passeios com turistas elas devem ser classificadas como ‘Transporte de Passageiros’ e serem conduzidas por pessoa habilitada como aquaviário”, explica Souza. Na outra categoria, o piloto por ser amador.
Além dos 200 quilômetros de costa no Litoral Norte, de Camburi (Ubatuba), na divisa com o Rio de Janeiro, a Boraceia, divisa com Bertioga, a Capitania dos Porto de São Sebastião é responsável pela fiscalização nas represas de Paraibuna e Igaratá, sendo esta última a que apresenta mais casos de abusos e desrespeitos. A operação vai até o dia 15 de março e este ano tem como lema “Orientar e Educar antes de Notificar”.
No ano passado foram apreendidas quatro embarcações, notificadas 193 e inspecionadas 444. Além dos 40 militares que atuam na Capitania dos Porto para este período de temporada houve reforço do 8º Distrito Naval, em São Paulo.
Segundo a Marinha, na região são 21 mil pessoas habilitadas como amador, que podem conduzir embarcações de esporte ou recreio, e 1,6 mil habilitadas como aquaviários, que podem exercer atividades em embarcações comerciais. Ainda estão registradas na área de atuação da Capitania dos Portos de São Sebastião 23 mil embarcações, das quais 15 mil são de esporte e recreio.

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