SALVADOR (BA) - Os membros da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa aprovaram o projeto de lei, que cria a “Semana Estadual de Prevenção e Combate ao Óxi”. O presidente da Comissão, deputado estadual, José de Arimatéia (PRB), pretende alertar a população quanto à droga.
“A droga tem tomado proporções graves e já virou um problema de saúde pública. Por conta disso, precisamos do envolvimento de todos para discutir através de seminários, palestras, enfim buscar combater o óxi da forma mais enérgica possível”, ressaltou Arimatéia.
Lesões ao organismo
Lesões ao organismo
O óxi é feito a partir da moagem da folha de coca, achada nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Para obter a pasta base, ácido sulfúrico e outros componentes tóxicos são utilizados. Em seguida, a pasta é misturada com combustível e cal virgem, componentes corrosivos e extremamente lesivos ao organismo.
Segundo o psiquiatra Pablo Roig, diretor de uma clínica particular de recuperação de drogados, o que torna o óxi mais letal que o crack é, em primeiro lugar, os componentes adicionais - cal e combustível - e, em segundo, a quantidade do princípio ativo da cocaína, que no óxi é de 60% do composto, um pouco superior ao encontrado no crack.
“São substâncias com alta toxicidade, que causam dificuldades na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão. Afetam o sistema cardiorrespiratório e promovem uma vasoconstrição muito intensa. Muitos usuários têm perda de consciência, o que leva a uma parada cardíaca e ao coma”, afirma o médico.
O deputado Arimatéia informou que o projeto de lei de Nº 19.185/2011, aprovado pela Comissão visa conscientizar a população com informações relevantes na perspectiva de inibir o consumo do óxi, que atualmente apresenta um alto número de usuários, gerando a preocupação de uma epidemia.
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