Qual a culpa de Luxemburgo e Felipão nas crises de Flamengo e Palmeiras?
Paulo Vinícius Coelho
A noite de domingo começou com uma chuva de especulações no twitter. Não que seja importante ler comentários de fontes anônimas, sem crédito e sem informação. Mas os miniblogs diziam que Vanderlei Luxemburgo tinha seu pescoço na guilhotina, com Renato Gaúcho e Waldemar Lemos apontados como prováveis sucessores.

Isso não está acontecendo.
Ou, pelo menos, o diretor de futebol Luís Augusto Veloso apressou-se em dizer que não há hipótese de troca no comando técnico do Flamengo neste momento.

Nem deve haver.

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No Palmeiras, antes do twitter e dos muros pichados do Palestra Itália, o presidente Arnaldo Tirone e o vice-presidente de futebol Roberto Frizzo apressaram-se em afirmar que Felipão será o treinador até o final de seu contrato, em dezembro de 2012.

Semana passada, o técnico assinou um novo contrato em que abria mão da multa de rescisão. Há quem intreprete essa decisão -- rejeitada pela diretoria -- como uma tentativa de roer a corda. Não é. Felipão quer deixar o Palmeiras livre da obrigação de pagar multa em caso de demiti-lo, porque as cornetas do Palestra Itália insinuam que Felipão só não sai porque o clube ficariam em situação financeira mais delicada.

Se o Palmeiras tem fracassado com alguns dos técnicos mais destacados do futebol brasileiro, Luxemburgo, Muricy e Felipão, está claro que a raiz do problema não é o treinador. O buraco é mais fundo.
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Flamengo e Palmeiras têm problemas semelhantes e soluções diferentes.
No Flamengo, a estrutura tem melhorado -- até com a ajuda de Luxemburgo. O desempenho do ano é médio, com o título estadual, a queda precoce na Copa do Brasil e agora a disputa no Brasileirão restrita, neste momento, à briga por uma vaga na Libertadores. Mudar o comando técnico agora pode até estancar a crise. Mais correto parece ser esperar o fim do ano e avaliar o trabalho. Se não houver nem sequer classificação para a Libertadores será o caso de começar 2012 de cara nova.
Termina o ano, avalia-se o trabalho.

No caso do Palmeiras, a crise é tão mais profunda que é impossível pensar que melhorará sem Felipão. A tendência é piorar. Mesmo contratando alguém com bagagem e currículo -- digamos Abel Braga -- sem conhecer o clube como Luiz Felipe conhece, é daí para baixo.
O Palmeiras precisa pensar no elenco de 2012, manter as coisas corretas e ter um diretor profissional, que mapeie o mercado, proteja o elenco.
Também precisa de paz, coisa que o clima político e as cornetas de sobrenome famoso -- que neste blog seguirão anônimas --só conseguem atrapalhar.

Minha posição: Luxemburgo tem o trabalho avaliado em dezembro e Felipão fica até o final de seu contrato.

E a sua? Você acha que é caso de demissão no Flamengo e/ou no Palmeiras?