O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) deu clara sinalização na manhã desta sexta-feira, 12, de que poderá vetar a proposta que cria o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo. 'É evidente que é um projeto que não sei no que contribui. Vamos tomar cuidado para ver se tem alguma ilegalidade', afirmou o prefeito durante a inauguração de uma escola de educação infantil em Pirituba, na zona oeste.
Kassab recebeu durante a semana pedido de vereadores e de lideranças do movimento gay para que vete a proposta. A declaração do prefeito antecedeu a abertura da II Conferência Municipal LGBT de São Paulo. O evento reunirá, a partir desta noite (19h), militantes de grupos gays para discutir os direitos e a promoção da cidadania a gays, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros na cidade.
No encontro durante o final de semana, devem ser estabelecidas as bases do Plano Municipal de Promoção da Cidadania LGBT e o Combate à Homofobia. A realização é capitaneada pela Secretaria Municipal de Participação e Parceria, que também auxilia na organização na Parada do Orgulho Gay de São Paulo - a maior do País.
A proposta que cria o Dia do Orgulho Hetero nos terceiros domingos de dezembro foi aprovada há duas semanas pela Câmara Municipal. O autor da proposta é o vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM), que critica 'privilégios dos gays na cidade', como a realização da Parada Gay na Avenida Paulista.
Diversas lideranças partidárias do Legislativo paulistano também estão defendendo o veto ao projeto, como o presidente da Câmara Municipal, José Police Neto (sem partido), o líder do PSDB, Floriano Pesaro, e o líder do PT, Ítalo Cardoso.
Caso Kassab não sancione ou não vete o Dia Hetero até a próxima sexta-feira, o projeto volta à Câmara e será automaticamente promulgado como nova lei.
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