O delegado Felipe Ettore, titular da Divisão de Homicídios, não acredita na hipótese de o atirador Wellington Menezes de Oliveira ter feito treinamento com armas antes de premeditar o ataque à Escola Municipal Tarso da Silveira, em Realengo. Segundo ele, são preciso apenas dois passos para manusear a arma inclusive para usar o dispositivo Speed Loader acoplado ao tambor do revólver. Dois primos e uma irmã de criação disseram em depoimento que nunca o viram com armas ou com indícios de que pudesse ter uma em sua residência. A polícia acredita que ele tenha treinado a pontaria em casa. O que os agentes da Divisão de Homícidios tentam agora é traçar um perfil psicológico do acusado. O delegado Felipe Ettore acredita que realmente Wellington tenha indícios de que pudesse ter problemas mentais.
- O pai adotivo o protegia demais. A morte dessa pessoa o deixou mais introvertido do que já era. Ele passou a se afastar dos primos que regulavam com a mesma idade que a dele e a não ter coerência em seu raciocínio - disse o delegado.
Além de nunca comentar sobre namoradas, Wellington tinha também alguns hábitos estranhos como sempre usar calça comprida e camisa para dentro da calça, mas que, segundo os familiares, nunca demonstrou ter comportamentos agressivos. O delegado Felipe Ettore afirmou que testemunhas não relatam nada que afirme que o atirador tenha obrigado as crianças a ficarem perfiladas contra a parede. No depoimento da professa que estava na primeira sala de aula invadida por ele, é relatado que as únicas palavras ditas por Wellington quando entrou na sala era a de que estava ali para dar uma palestra. Em seguida, de acordo com a testemunha, ele sacou os dois revólveres e começou a atirar aleatoriamente. Os funcionários contam também nos depoimentos que não se lembram como era o comportamento de Wellington como aluno, no período em que ele esteve estudando na escola.
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