Astro do time, Ronaldinho normalmente é também o mais animado do grupo. Após os treinos, os jogadores costumam se reunir em torno dele para começar as brincadeiras. Mas ontem, no dia em que ficou fora da lista de convocados por Mano Menezes, o comportamento foi outro. O craque pegou sua garrafa de isotônico e se sentou. Falou com poucas pessoas, passou cerca de cinco minutos pensativo e depois foi embora para o vestiário. A estrela não estava em dia de brilhar.
De acordo com os companheiros, ele não chegou a demonstrar decepção no vestiário.
— Particularmente não percebi nada diferente. No vestiário, estavam todos brincando. Talvez ele tenha ficado mais no canto dele quando saiu do campo para respirar, já que o coletivo foi corrido — afirmou Welinton.
Pelo bom momento que atravessa, Ronaldinho vivia a ansiedade de ser lembrado pelo técnico da seleção para o amistoso contra a Escócia. Na última terça, durante o lançamento de sua linha de camisas, chegou a afirmar que se sentia pronto caso Mano precisasse dele.
— Ele está tranquilo, pensando nos jogos que tem feito aqui. Está querendo jogar, mostrar do que é capaz. Acho que, se não foi agora, lá na frente pode voltar à seleção — disse Willians.
Em campo, o camisa 10 também teve participação discreta no primeiro coletivo antes da estreia na Taça Rio, contra o Olaria. Atuando sozinho no ataque, Ronaldinho só apareceu na parte final do treino, quando recuou para buscar a bola e deu um bom passe para o argentino Darío Bottinelli. A tendência é que Vanderlei Luxemburgo o escale mesmo avançado como um centroavante.
Esquecido por Mano e tendo que se sacrificar pelo time, Ronaldinho conheceu seu primeiro dia de frustração no Rio, logo antes da chegada do carnaval.
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