A Petrobrás teve rejeitado pelo governo do Estado do Rio o projeto de construir um porto exclusivo na Baía de Sepetiba para o apoio às operações do pré-sal na Bacia de Santos. O argumento apresentado para o veto é o de que a região está saturada de grandes empreendimentos industriais e portuários.
A falta de portos apropriados na costa fluminense é um dos obstáculos à atuação da Petrobrás nas bacias petrolíferas de Santos e de Campos (RJ). Os seis portos fluminenses estão congestionados ou são inadequados à atividade petrolífera. A Petrobrás tem um terreno às margens da baía, de 10 milhões de metros quadrados, mas, a contragosto, terá que dividir o cais a ser construído com a siderúrgica Gerdau e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Elas pleiteavam portos próprios e são donas de áreas vizinhas. Agora, as três terão que apresentar um projeto conjunto, a ser submetido à análise dos órgãos ambientais e econômicos do Estado.
A intenção da Petrobrás era fazer daquele trecho da baía de Sepetiba - na altura do município de Itaguaí - uma nova Imbetiba, praia de Macaé (litoral norte fluminense), onde, nos anos 70, montou a base territorial da Bacia de Campos. A Baía de Sepetiba seria, segundo o planejamento, a base portuária para o pré-sal de Santos.
A partilha com as siderúrgicas foi a condição da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para autorizar o porto pleiteado pela Petrobrás, que previa investir US$ 2,7 bilhões em um terminal de líquidos, criando 26 mil empregos diretos e indiretos. A expectativa era de movimentação de 600 embarcações por mês em apoio ao offshore de Santos. Com a unificação, o plano terá que ser modificado, diz o secretário Júlio Bueno, que defende 'um projeto integrado para minimizar impacto e maximizar o espaço'.
Para a subsecretária estadual de Energia, Renata Cavalcânti, 'a questão da base da Petrobrás é urgente' e 'importantíssima para o Estado'. Ela estima para 2015 ou 2016 a inauguração do novo porto, caso sejam vencidas as etapas de aprovação e licenciamento.
Renata defende a necessidade de preservar a Baía de Sepetiba para que não se repita a história de destruição ambiental ocorrida na Baía de Guanabara. Em Mangaratiba, cidade próxima ao terreno da Petrobrás, o governador Sérgio Cabral tem casa de veraneio em condomínio de luxo. Na baía, já há instalações agressivas ao meio ambiente, como o porto de Itaguaí, a siderúrgica CSA, unidades industriais e estaleiros. Inicialmente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômica recebera projetos de 11 portos na Baía de Sepetiba.
'Não é possível isso. Selecionamos cinco projetos, que viraram dois. Além da parceria Petrobrás/Gerdau/CSN, teremos um porto partilhado entre LLX (grupo controlado pelo megaempresário Eike Batista) e Usiminas (siderúrgica)', disse ela.
O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou que o veto decorreu da falta de espaço para três portos vizinhos de grande porte. Segundo ele, o porto conjunto tem um projeto esboçado, mas não o revelou sob a justificativa de que há um acordo de confidencialidade. Gerdau e CSN não comentaram o assunto.
A falta de portos apropriados na costa fluminense é um dos obstáculos à atuação da Petrobrás nas bacias petrolíferas de Santos e de Campos (RJ). Os seis portos fluminenses estão congestionados ou são inadequados à atividade petrolífera. A Petrobrás tem um terreno às margens da baía, de 10 milhões de metros quadrados, mas, a contragosto, terá que dividir o cais a ser construído com a siderúrgica Gerdau e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Elas pleiteavam portos próprios e são donas de áreas vizinhas. Agora, as três terão que apresentar um projeto conjunto, a ser submetido à análise dos órgãos ambientais e econômicos do Estado.
A intenção da Petrobrás era fazer daquele trecho da baía de Sepetiba - na altura do município de Itaguaí - uma nova Imbetiba, praia de Macaé (litoral norte fluminense), onde, nos anos 70, montou a base territorial da Bacia de Campos. A Baía de Sepetiba seria, segundo o planejamento, a base portuária para o pré-sal de Santos.
A partilha com as siderúrgicas foi a condição da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para autorizar o porto pleiteado pela Petrobrás, que previa investir US$ 2,7 bilhões em um terminal de líquidos, criando 26 mil empregos diretos e indiretos. A expectativa era de movimentação de 600 embarcações por mês em apoio ao offshore de Santos. Com a unificação, o plano terá que ser modificado, diz o secretário Júlio Bueno, que defende 'um projeto integrado para minimizar impacto e maximizar o espaço'.
Para a subsecretária estadual de Energia, Renata Cavalcânti, 'a questão da base da Petrobrás é urgente' e 'importantíssima para o Estado'. Ela estima para 2015 ou 2016 a inauguração do novo porto, caso sejam vencidas as etapas de aprovação e licenciamento.
Renata defende a necessidade de preservar a Baía de Sepetiba para que não se repita a história de destruição ambiental ocorrida na Baía de Guanabara. Em Mangaratiba, cidade próxima ao terreno da Petrobrás, o governador Sérgio Cabral tem casa de veraneio em condomínio de luxo. Na baía, já há instalações agressivas ao meio ambiente, como o porto de Itaguaí, a siderúrgica CSA, unidades industriais e estaleiros. Inicialmente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômica recebera projetos de 11 portos na Baía de Sepetiba.
'Não é possível isso. Selecionamos cinco projetos, que viraram dois. Além da parceria Petrobrás/Gerdau/CSN, teremos um porto partilhado entre LLX (grupo controlado pelo megaempresário Eike Batista) e Usiminas (siderúrgica)', disse ela.
O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou que o veto decorreu da falta de espaço para três portos vizinhos de grande porte. Segundo ele, o porto conjunto tem um projeto esboçado, mas não o revelou sob a justificativa de que há um acordo de confidencialidade. Gerdau e CSN não comentaram o assunto.