GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 18 de novembro de 2012

A evolução da tomada de notas

A evolução da tomada de notas


Cambridge, Massachusetts – Todos os dias, em salas de aula através dos EUA, estudantes tomam notas silenciosamente em laptops e antiquados cadernos, ou pelo menos fingem. Recentemente, porém, 250 acadêmicos e leigos se reuniram na universidade de Harvard para um exercício mais autoconsciente: uma oportunidade de tomar notas sobre a tomada de notas.
A ocasião era a "Take Note", conferência que concluiu uma iniciativa de quatro anos para explorar a história e o futuro do livro, patrocinada pelo Radcliffe Institute for Advanced Study. O evento atraiu historiadores, estudiosos de literatura, psicólogos e cientistas da computação – incluindo diversos "criadores de notas" (como diria a terminologia atual) ávidos por brincar com as possibilidades de papel e tela.
"Pensei que tomaria minhas notas de uma nova maneira hoje", declarou Judith Davidson, professora de educação da Universidade de Massachusetts, em Lowell, que usava o software Penultimate e uma caneta stylus para escrever notas cursivas em seu iPad – isso quando não estava preenchendo espaços vazios com desenhos abstratos. "Muitas coisas passam por sua cabeça quando você está tomando notas", explicou ela.
As longínquas ideias que passam pelas cabeças de acadêmicos quando eles pensam em notas ficaram claras no encontro, que durou um dia todo. As apresentações abordaram os tópicos anotados na mão de Sarah Palin durante um discurso, folhetos de postes e publicações no Twitter sobre a conferência que foram lidos no palco (o evento foi transmitido ao vivo pela internet), muitos dos quais expressando preocupação sobre as habilidades de tomar notas dos próprios ouvintes.
Mas a conferência foi mais do que uma celebração de anotações extravagantes e egocentrismo acadêmico. O estudo das notas – sejam elas feitas em livros comuns, em fichas ou em apostilas – é parte de uma pesquisa acadêmica mais ampla da história da leitura, um campo que ganhou terreno conforme o crescimento da tecnologia digital fez o encontro entre livro e leitor parecer mais frágil e fugidio do que nunca.
"A nota é o registro que um historiador possui das leituras passadas", afirmou Ann Blair, professora de história em Harvard e uma dos organizadores da conferência. "O que significa ler, afinal? Mesmo analisando de forma introspectiva, é difícil saber o que você está levando consigo em dado momento. Mas as notas nos dão esperança de nos aproximarmos do processo intelectual."
Professors Ann Blair, left, and Leah Price, organizers of the "Take Note" conference, at Harvard University in Cambridge, Mass., Nov. 1, 2012. The conference centered on the different ways people have jotted down bits of information through the centuries. (© Charlie Mahoney/The New York Times)

Desde "Caras e Caretas": os laços que unem Michael Gross e Meredith Baxter

Desde "Caras e Caretas": os laços que unem Michael Gross e Meredith Baxter


Trinta anos se passaram desde que Meredith Baxter e Michael Gross foram apresentados aos telespectadores como os ex-hippies Elyse e Steven Keaton. Como a mãe e o pai do jovem republicano Alex P. Keaton (Michael J. Fox) em "Caras e Caretas" (1982-1989), eles se tornaram os pais ideais para a geração que atingiu a maioridade na década de 1980.
Hoje em dia eles não parecem muito diferentes. Aos 65 anos, Gross tem menos cabelo, o qual está praticamente branco. Baxter, mesma idade, tem poucas linhas de expressão ao redor dos olhos.
Contudo, enquanto vão ficando à vontade nas cadeiras de um restaurante a céu aberto no histórico Chateau Marmont, hotel acima da Sunset Boulevard em Los Angeles, pouca coisa mudou em sua dinâmica. Eles continuam amigos íntimos. Ele fala mais, ela solta as piadas. Embora as vidas reais sejam completamente diferentes, eles ainda perfazem um casal verossímil.
É justamente isso que eles representam no Hallmark Channel na fantasia natalina "Naughty or Nice", programada para estrear no dia 24 de novembro. Eles interpretam os pais de uma jovem (Hilarie Burton) que acha por acaso o livro relacionando os garotos bonzinhos ou malcomportados do Papai Noel. Para saber se as pessoas estão mentindo, ela só precisa folhear as páginas.
"Todos nós gostaríamos de ter o poder de saber quem é ruim ou bom de verdade", disse Gross. "Queria que a história não fosse ficção."
"Quero muito saber quem são os bons e os maus", concorda Baxter. "Não sou boa para julgar o caráter das pessoas. Assim, gostaria de ser capaz de confiar nos meus instintos, mas, infelizmente, eles não são grande coisa." A atriz deve estar provavelmente se referindo aos três casamentos fracassados, com Robert Lewis Bush, de 1966 a 1971, com o ator David Birney, de 1974 a 1989, e o roteirista Michael Blodgett, entre 1995 e 2000. Ela tem cinco filhos e três netos.
"Eu contei para você que, se me ligasse contando que iria se casar novamente, eu ia pôr sua cabeça a prêmio?", indaga Gross.
Os dois riem.
"Talvez você tenha essa chance", diz Baxter, que se anunciou lésbica em 2009. "Depende da Suprema Corte."

UNDATED -- BC-STARBEAT-BAXTER-GROSS-ART-NYTSF -- Former "Family Ties" stars Michael Gross and Meredith Baxter are reunited for the Hallmark Channel movie "Naughty or Nice." .This picture accompanies an article by Nancy Mills. (© CREDIT: Photo copyright 2012 Hallmark Channel.)

Ambição na gastronomia dos Andes

Ambição na gastronomia dos Andes


A Bolívia nunca gostou de estrangeiros que tentassem importar revoluções; a tentativa do argentino Che Guevara de causar uma revolta camponesa acabou muito mal. Mas o veredito ainda não foi anunciado ao último estrangeiro a chegar nesta nação empobrecida para tentar mudar um pouco as coisas.
Ele é um chefe de cozinha, não um Che.
Claus Meyer é chef, apresentador e empresário dinamarquês, além de um dos sócios do Noma, restaurante em Copenhague, na Dinamarca, que se tornou o queridinho dos críticos pela mistura de purismo locavorista e métodos de vanguarda. Atualmente, revistas e jornais especializados o consideram o melhor restaurante do mundo.
Mas agora Meyer está construindo um restaurante aqui, um experimento em alta gastronomia dos Andes, acompanhado por grandes porções de revolução e ambição.
Meyer veio à Bolívia pela primeira vez no ano passado e já retornou três vezes desde então. O chef descreveu o Gustu, o restaurante que será inaugurado em janeiro, como muito mais que um lugar para comprar um jantar luxuoso no país mais pobre do continente. Ele e seus seguidores o descrevem como o começo de um movimento gastronômico boliviano que irá redescobrir ingredientes locais como carne de lhama, chunos (batatas desidratadas nas altitudes andinas) e coca, a planta utilizada para fazer cocaína, mas que também é usada há séculos pelos habitantes como erva medicinal estimulante para mascar e fazer chás.
A missão do Gustu é a de ensinar os bolivianos a comer de forma mais saudável, abrindo espaço para o crescimento econômico, o turismo e a exportação, apoiando fazendeiros locais e transformado a gastronomia boliviana na próxima sensação mundial. Se tudo caminhar conforme planejado, afirmou Meyer por telefone de Copenhague, o restaurante vai usar a comida "para mudar o destino de um país".
O novo restaurante está sendo construído no bairro de alta classe de Calacoto e não se parece em nada com a incubadora de uma revolução. Há poucos dias os pedreiros estavam instalando o isolamento no telhado. A cozinha estava cheia de sacos de cimento e cal, ao invés de farinha.

Students studying at Gustu cooking school shop for fresh produce at a street market in La Paz, Bolivia, Oct. 31, 2012. Claus Meyer, a Danish television chef, is building a new restaurant in La Paz, an experiment in Andean haute cuisine that comes with hefty side orders of revolution and high ambition. (© Meridith Kohut/The New York Times)

Igreja copta escolhe papa que rejeita papel político


Igreja copta escolhe papa que rejeita papel político

Uma criança de 6 anos com os olhos vendados estendeu a mão a um cálice de vidro no dia 4 de novembro para escolher o primeiro novo papa copta em mais de 40 anos, um patriarca que promete uma nova era de integração para a minoria cristã egípcia, enquanto luta com a onda de violência sectária, com a nova dominação islâmica, e com pressões internas por reformas.
Falando às câmeras de TV que o cercavam em seu mosteiro em uma cidade deserta, o papa designado, bispo Tawadros, indicou que planejava reverter o papel explicitamente político de seu predecessor, o Papa Shenouda III, que morreu em março. Por quatro décadas, Shenouda atuou como principal representante copta na vida pública, e conquistou favores especiais para o seu rebanho ao apoiar publicamente o presidente Hosni Mubarak, e no ano passado exortou em vão que os coptas se afastassem dos protestos que finalmente derrubaram o regime.
"É importante que a igreja volte e viva consistentemente dentro dos limites espirituais porque essa é a sua obra principal, a obra espiritual", o bispo afirmou; e prometeu dar início ao processo de "reorganizar a casa começando por dentro" e "de atrair sangue novo" após sua ordenação, no dia 18 de novembro, como Papa Tawadros II. Em uma entrevista à televisão copta recentemente, ele deu um novo tom ao incluir como suas prioridades "conviver com nossos irmãos, os muçulmanos" e "a responsabilidade de preservar nossa vida comum".
"Biblicamente, a integração na sociedade é uma característica cristã fundamental", Tawadros afirmou então. "Essa integração é fundamental – a integração construtiva moderada", acrescentou. "Todos nós, como egípcios, temos de participar."
Ativistas e intelectuais coptas disseram que o afastamento da política sinalizou uma transformação avassaladora no relacionamento da minoria cristã com o estado egípcio, mas também respondeu a uma demanda forte dos cristãos leigos de ter voz própria no Egito mais democrático.

Christians pray during the papal election ceremony at the Coptic Cathedral in Cairo, Nov. 4, 2012. Many Christians in Egypt are worried about political gains made by Islamists, and hope Bishop Tawadros, who was chosen as the new pope for Egypt's Coptic Orthodox church, will protect what is the Middle East's biggest Christian community. (© Tara Todras-Whitehill/The New York Times)

Imóveis vendidos em outlets virtuais têm desconto de até 30%


As desgastantes visitas aos plantões de vendas para a compra do imóvel dos sonhos têm ficado cada vez menos frequentes. Segundo a Lopes, que atua na área de consultoria e comercialização de imóveis no Brasil, entre 20% e 25% das vendas da casa própria já têm origem na internet.
E, fruto desta nova demanda pelas buscas online, surgiram os outlets virtuais, sites que vendem imóveis usados ou que estão no estoque com até 30% de desconto.
Com serviços de tira-dúvidas, estudos por preços e regiões, e até de “encomende o seu imóvel”, estas páginas na web reúnem diversas promoções em um só lugar, o que facilita e agiliza o processo inicial de pesquisa.
Compra de imóveis pela internet requer cuidados; para especialistas, maneira digital dispensa somente algumas partes dos processos presenciais (Fotos: Banco de Imagem/Think Stock)
No ar somente há três meses, o Home4Less já fez parceria com dez incorporadoras do Estado de São Paulo para oferecer imóveis a partir de R$ 400 mil, com 90% das ofertas sendo de apartamentos.
Apesar do pouco tempo de funcionamento, o site já conta com 250 acessos por dia e 2.500 clientes cadastrados, que resultaram na venda de nove produtos neste período
“Funcionamos como uma revenda de imóveis estocados. Geralmente, temos uma comissão que vai de 3% a 5%, mas eu consigo descontos em vários imóveis, pois retiro a diferença da minha margem de lucro. Então, ao invés de o consumidor comprar na incorporadora, ele faz a aquisição comigo”, afirma Jo Luis Ribas, sócio-fundador do Home4Less.
Além de buscar os imóveis com desconto, por meio do site é possível também fazer uma encomenda, na qual o cliente informa o tipo de imóvel que deseja comprar, a região e qual o valor que se dispõe a pagar.
“Não trabalhamos com lançamentos e ainda estamos em fase de avaliação com as locações. Mas, entre os imóveis prontos, o negócio pode chegar a 30% de desconto”, completa Ribas.
O Realton, lançado no começo do ano, e PromoImóveis, inaugurado em 2011, são outras opções de outlets de imóveis na internet.
No primeiro, é possível visualizar logo na página inicial um apartamento de dois dormitórios, com 76 m², localizado no bairro da Anália Franco, com uma oferta de R$ 638.400 por R$ 498 mil, o que significa um abatimento no preço de 22%.
Os sites de outlets vendem imóveis usados ou que estão no estoque com até 30% de desconto
Já no PromoImóveis, o cliente negocia a compra diretamente com as incorporadoras. O site apenas gera um cupom de desconto do imóvel pretendido, mas sem representar compromisso no processo da venda.
“Acredito que este movimento de compra pela internet seja muito saudável. Mas recomendo que o cliente nunca faça a aquisição sem antes ver pessoalmente o local. Comprar um imóvel pela web não é igual adquirir uma geladeira. Além disso, sempre é bom conhecer o entorno do imóvel antes de tomar a decisão da compra”, orienta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi.
Para ele, a maneira digital dispensa somente algumas partes dos processos presenciais, como a procura pelo lugar e as fases de negociação.
“Tudo o que você conseguir fazer pela internet terá um ganho de tempo. Mas, que fique claro: ninguém vai fazer a compra na sua totalidade pelo modo virtual. Uma hora do processo será preciso ser presencial”, selou.

Tendência primavera/verão: transparências

Tendência primavera/verão: transparências

A transparência é prioridade na temporada primavera/verão ‒ e se revela através do jogo de inserções e barras e túnicas longas sobre saias mais curtas.

Vestido jacquard de algodón y poliéster de Sauder. Aretes BCBG Max Azria.. (© Credit: WWD)

O figurino de 'Anna Karenina'

O figurino de 'Anna Karenina'


Anna Karenina é puro luxo.
Dois milhões de dólares em diamantes Chanel e vestidos inspirados em peças vintage de Balenciaga são só alguns dos toques que Jacqueline Durran organizou/criou para a personagem de Keira Knightley no filme de Joe Wright, a nova adaptação do clássico de 1877 de Tolstói.
Talvez mais conhecida pelo vestido verde-esmeralda de "Desejo e Reparação", Jacqueline fez da moda o ponto central dessa nova produção, que foi lançada no Reino Unido em setembro e chegará aos cinemas do resto do mundo nos próximos meses. Em vez de vesti-la com roupas da Rússia de 1870, o diretor sugeriu que a figurinista fizesse as peças inspiradas nos anos 50 para criar um espírito "mais contemporâneo". Depois de analisar fotos e pinturas do fim do século XIX, ela estudou as criações de Christian Dior, Balenciaga, Jacques Fath e Lanvin da década de 50 ‒ e o resultado é que traços desses looks ficam evidentes nos chapéus da atriz, assim como nos corpetes assimétricos, botões e outros detalhes mais sutis. Através do Costume Institute do Museu Metropolitano de Arte, Jacqueline pôde estudar os primeiros vestidos de Charles Frederick Worth, que também lhe serviram de inspiração. O resultado final foi uma combinação pouco provável de saias dos idos de 1870 com corpetes dos anos 50, incluindo um vestido azul de brim.
Por telefone de seu escritório em Londres, Jacqueline descreveu o método de criação de cada detalhe. "Os chefes de cinco departamentos se reuniram para resolver a cor do quimono que Keira devia usar, por exemplo. Acho legal poder dizer isso, mostra como a estética é importante nos filmes de Wright", conta ela.
A própria protagonista se envolveu no processo, avaliando as opções de cor e tecido, mas nunca em nome da vaidade. "Keira nunca disse: 'Não gosto desse vestido.' Tudo foi bem estabelecido nesse trabalho", explicou ela, acrescentando que a atriz começava o dia de filmagens escolhendo as peças de Chanel espalhadas numa mesa à sua frente. "Nunca na minha vida profissional vi alguém com tantas opções de diamantes e pérolas, mas a verdade é que foi muito útil essa disponibilidade porque era exatamente assim que a coisa funcionava com a personagem. Era a aura de Anna Karenina que estávamos reproduzindo", afirmou.

UNDATED -- BC-FAIRCHILD-ANNA-KARENINA-COSTUMES-ART-NYTSF –- Keira Knightley stars as Anna in the film "ANNA KARENINA," directed by Joe Wright, a Focus Features release. . (© Credit: Laurie Sparham/Focus Features)

Bateria inteligente reduz conta de luz de edifícios


Bateria inteligente reduz conta de luz de edifícios

Uma startup de energia chamada Stem desenvolveu uma bateria, para prédios comerciais, que é inteligente o bastante para prever – com base no preço da eletricidade – quando armazenar energia e quando liberá-la. O mercado para a tecnologia da empresa é limitado por enquanto, mas seu produto sugere como o armazenamento de energia distribuída e seu manuseio poderá transformar a rede.
O proprietário de um prédio pode economizar analisando tendências de uso de energia e alterando as configurações do termostato em resposta. Dezenas de empresas estão desenvolvendo softwares analíticos voltados a essas melhorias de eficiência.
A Stem, de Millbrae, na Califórnia, combina essa técnica de "grandes dados para prédios" com o armazenamento local de energia. As baterias não são usadas apenas como reserva de energia. Em vez disso, junto a um software, elas fazem parte de um sistema projetado para permitir que um edifício utilize a forma mais barata de energia disponível em determinado momento, quer essa energia venha das baterias da Stem ou da rede elétrica.
O sistema usa algoritmos adaptados da indústria financeira para prever o uso de energia de um prédio de hora em hora. A bateria pode começar a entregar energia no minuto em que um preço mais alto entra em efeito – em momentos de pico no uso – ou evitar as tarifas algumas vezes desencadeadas pelas companhias de luz quando um prédio consome energia demais em determinado momento.
"Esse tipo de coisa não era possível cinco ou seis anos atrás. Para qualquer lugar, administraremos literalmente milhões de simulações por dia", disse o fundador e vice-presidente executivo da Stem, Brian Thompson, ex-profissional de tecnologia da informação que desenvolveu sistemas de comércio eletrônico de alto volume.
As baterias da Stem são peças de íon-lítio automotivas, ligadas a eletrônicos desenvolvidos para alternar rapidamente entre alimentar parcialmente um edifício ou buscar carga na rede. A maior parte das análises é feita pela internet e enviada a um computador no local, que usa técnicas de aprendizado de máquinas para aprimorar suas previsões de energia. O sistema pode ser maior ou menor, dependendo do número de baterias usado, mas pode chegar a ser tão pequeno quanto uma geladeira ou lavadora de louça.
Diversas empresas já usam a geração de energia no local para capitalizar a diferença entre taxas de pico e de fora do pico. A Stem, que surgiu na Wharton Business School, havia inicialmente planejado combinar energia solar de telhados com baterias.

Estiagem acelerou declínio dos maias

Estiagem acelerou declínio dos maias


O declínio rápido da civilização maia – que ocupou a maior parte do território onde ficam atualmente o México e a América Central – intriga os cientistas há bastante tempo. Não foi encontrada uma explicação clara para o aparente colapso dessa sociedade – conhecida pelo sistema de calendário sofisticado e pela construção de pirâmides – ocorrido entre 800 e 1000 D.C.
Um estudo recente, publicado na revista Science, sugere que mudanças extremas nas condições climáticas foram as causadoras da derrocada dessa civilização.
Após analisar estalagmites de 2 mil anos de uma caverna no sul de Belize e estudar registros arqueológicos, Douglas Kennett, especialista em paleoclimatologia da Universidade do Estado da Pensilvânia, em University Park, e seus colegas afirmam que padrões de chuva incomuns criaram condições para a destruição da população maia. Outros pesquisadores propuseram que o clima seco tinha acelerado o colapso dos maias, mas dados mais recentes fornecem um dos registros de precipitações mais completos e detalhados do centro geográfico do território maia.
A equipe calculou as precipitações que ocorreram nas planícies maias no passado por meio da medição dos isótopos de oxigênio presentes nas estalagmites, provenientes da água de chuva que se infiltrou ao cair sobre o solo na parte superior da caverna. Os níveis de precipitação foram associados a datas específicas por meio do cálculo da porcentagem de isótopos radioativos presentes nas estalagmites.
"Estamos falando de uma história complexa e não descobrimos todos os detalhes até o momento." Ele sugere que o aumento incomum da pluviosidade levou a um rápido crescimento populacional entre 440 e 660 D.C. As estalagmites também revelaram um clima seco prolongado entre 660 e 1000 D.C., associado a um período de instabilidade política – refletido na rápida multiplicação dos monumentos de pedra datados, erigidos por diferentes governantes.
"Eu acredito que uma das maiores contribuições desse estudo é a grande precisão de datação dos registros", afirmou David Hodell, especialista em paleoclimatologia da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que apresentou alguns dos dados iniciais que apoiam a teoria de que a mudança climática foi um fator de declínio da civilização maia. Ele ficou impressionado com as margens de erro de 1 a 17 anos obtidas por Kennett – as datações por carbono anteriores tinham margem de erro de 100 anos.

Emoções primitivas ganham destaque no jogo político


Basta ver o olhar de abatimento no rosto dos eleitores de Romney e de júbilo no rosto dos de Obama após o resultado das eleições para afirmar que as eleições são um acontecimento principalmente emocional.
Ann Romney estava chorando enquanto o marido realizava o conciso discurso de concessão, não porque a maioria dos americanos votou contra sua política econômica, mas por causa da rejeição pessoal – e extremamente pública – de Mitt Romney como o próximo presidente.
Os eleitores de Barack Obama também não ficaram extasiados porque a política de saúde do presidente continuaria a existir. Ao invés disso, ambos os lados foram animados por poderosas emoções parecidas com a paixão dos torcedores em eventos esportivos.
É verdade, os democratas falarão apaixonadamente sobre a justiça social e a desigualdade de renda, ao passo que os republicanos farão questão de lembrar da natureza perniciosa de um grande governo e das virtudes das conquistas pessoais.
Entretanto, a afiliação política não é motivada apenas por ideias. A maioria das pessoas não escolhe o partido político com base na análise cuidadosa de suas abordagens, ou de seu histórico de competência. Na verdade, alguns cientistas sociais argumentam que as pessoas escolhem os partidos políticos no início da idade adulta pelas mesmas razões que escolhem amigos e grupos sociais: vão para o partido das pessoas parecidas com elas próprias.
Depois de escolhido o partido, as pessoas geralmente readaptam as próprias crenças e filosofias para se alinharem. Sob esse aspecto, partidos políticos são como tribos; ser membro da tribo determina valores e influencia a fidelidade de cada membro ao grupo.
Os laços sociais e emocionais são tão fortes entre os membros de uma tribo política que provavelmente continuarão leais ao partido até quando o desempenho ficar aquém do desejado. Os torcedores dos Yankees não abandonam a equipe quando o time está perdendo, assim como republicanos não trocam de partido quando perdem a eleição.

Antibióticos são dádivas a serem manuseadas com cuidado

Antibióticos são dádivas a serem manuseadas com cuidado


Devo começar dizendo da forma mais clara que eu puder que amo antibióticos. Recentemente jantei com uma amiga pediatra, e ela me contou a história da criança mais doente que atendeu naquele dia. Antes de ela enviar a criança ao pronto-socorro em uma ambulância, ela me disse que lhe deu 50 miligramas por quilograma de ceftriaxona, um antibiótico poderoso.
"Você provavelmente salvou sua vida", disse eu, e minha amiga concordou; isso é bem possível.
Os antibióticos representam um enorme presente na luta contra a mortalidade neonatal e infantil, uma dádiva (ou, na verdade, muitas dádivas) do engenho humano e da ciência sobre a doença e a morte, desde que a era dos antibióticos começou na quarta e quinta décadas do século 20.
Mas uma nova pesquisa está examinando algumas questões sobre os complexos efeitos dos antibióticos – nas bactérias, em cada criança e sobre a população –, desenvolvendo uma consciência muito maior de quão poderosos os antibióticos podem ser e como é importante usá-los criteriosamente.
Ao longo dos últimos 15 anos ou mais, estimulados por novas percepções – e novos temores – sobre os riscos da criação de bactérias resistentes, os pediatras nos Estados Unidos reduziram drasticamente a prescrição de antibióticos em situações em que eles podem não ser necessários. E os pais tornaram-se menos propensos a exigi-los.
"Tem sido realmente uma mudança notável na prática, desde meados dos anos 90", disse o Dr. Jonathan Finkelstein, pediatra do Hospital Infantil de Boston que estuda o uso de antibióticos e resistência a antibióticos, "e nós fizemos isso com médicos e pacientes reconhecendo que os antibióticos são bastante eficazes, seguros, mas não é como um almoço grátis e, como com qualquer outra decisão médica, temos que pesar os riscos e benefícios de cada tratamento".
Nenhum antibiótico é necessário para infecções respiratórias superiores – resfriado, tosse, coriza – que são causadas por vírus. Houve muita discussão sobre se infecções de ouvido devem ser sempre tratadas com antibióticos ou se em algumas situações (crianças mais velhas, menos doentes) a "espera vigilante" pode ser mais apropriada – mas também é verdade que muitos de nós nos tornamos relutantes em diagnosticar infecções de ouvido em casos menos severos.

Imigrantes complicam o debate separatista na Espanha

Imigrantes complicam o debate separatista na Espanha

A campanha crescente da Catalunha para se separar da Espanha tem sido uma bênção mista para Enrique Shen.
Tem sido bom para os negócios. Em setembro, antes de uma carreata gigante na vizinha Barcelona para apoiar a independência, Enrique Shen ficou sem estoque da bandeiras catalãs que ele vende no atacado porque os clientes tinham comprado aproximadamente 10.000 delas em apenas uma semana.
Mas, como imigrante que se mudou para cá vindo de Xangai há 20 anos, ele está preocupado com a maneira pela qual os separatistas avançam em sua causa de nacionalidade com alegações de uma cultura nacional catalã distinta, uma língua e identidade que a separam da Espanha.
"É sempre bom fazer parte de um país maior, assim como ter uma família grande para ajudá-lo", disse Shen.
Imigrantes como Enrique Shen ilustram as complexidades de identidade na Catalunha, onde ajudaram a tornar a economia a maior e a mais diversa entre as regiões espanholas, lado a lado com Madri, com grandes populações de muçulmanos, siques, chineses e outros.
Enquanto a Catalunha se prepara para uma eleição regional em 25 de novembro, que poderia tornar-se um plebiscito não oficial sobre a independência, até 1 milhão e meio de residentes da região, de um total de 7 milhões e meio, não terão direito ao voto porque não são cidadãos espanhóis.
Embora esses recém-chegados tenham desempenhado um papel pequeno no debate separatista até agora, os simples números e suas contribuições para a economia catalã indiretamente reforçaram a alegação de alguns políticos de que a região deveria ocupar um lugar separado da Espanha na União Europeia. Com a produção anual de aproximadamente 260 bilhões de dólares em bens e serviços, uma economia catalã independente seria maior do que 12 dos 27 membros da União Europeia.

A Sikh praying session at a temple in Badalona city, Catalan, Spain, Oct. 7, 2012. Up to 1.5 million immigrants in Catalonia cannot vote in what could be an unofficial referendum on independence from Spain, but their numbers and economic contributions may indirectly reinforce the separatists' case. (© Edu Bayer/International Herald Tribune)

A batalha do axolotle, a salamandra mítica mexicana


A batalha do axolotle, a salamandra mítica mexicana

A lenda asteca diz que o primeiro axolotle – a salamandra com brânquias externas que já encheu os lagos ao redor da cidade – era um deus que mudava de forma para evitar o sacrifício.
Mas o que restou de seu habitat atualmente – uma rede poluída de canais lotados de peixes famintos trazidos de outro continente – parece ter se transformado em uma armadilha inevitável.
"Muito em breve eles serão extintos", afirmou Sandra Balderas Arias, bióloga da Universidade Nacional Autônoma do México que trabalha para conservar os axolotles em seu habitat natural.
O desaparecimento dessa salamandra em seu habitat será o fim de um dos poucos elos naturais que os mexicanos ainda possuem com a cidade que os Astecas construíram nas ilhas de uma rede de vastos lagos montanhosos. A extinção do axolotle poderia acabar com as pistas procuradas por cientistas que estudam suas características impressionantes.
A despeito de seu futuro precário na água fresca, há muito tempo os axolotles prosperam em aquários de todo o mundo. As salamandras foram criadas com sucesso ao longo do século passado, seja como animais de estimação exóticos, ou espécimes de laboratório para cientistas que estudam sua extraordinária capacidade de regenerar membros e rabos decepados.
O axolotle mexicano é uma salamandra de aparência estranha, com cabeça chata e pés espinhentos, que geralmente passa a vida toda em estágio larval, como um girino, sem nunca ir para a superfície.
"Eles crescem sem mudar de forma e têm a capacidade de se reproduzirem", afirmou o biólogo Armando Tovar Garza. "Ninguém sabe por que ele não muda."
A aparência da salamandra cativa todos que veem suas guelras se mexerem. No conto "Axolotle", de Julio Cortázar, o narrador fica paralisado – "Fiquei ali olhando por uma hora e parti, sem conseguir pensar em outra coisa" –, enquanto vivencia a própria metamorfose.

Sandra Balderas Arias, right, a biologist at the National Autonomous University of Mexico, and her assistant, Marlen Montes Ruiz, take samples of water in a pond used for a pilot project to introduce laboratory-bred axolotl salamanders into the wild, in Tepotzotlan, Mexico, Aug. 16, 2012. The decline of the axolotl in the wild has been precipitous and its extinction would extinguish one of the few natural links Mexicans still have with the city that the Aztecs built. (© Rodrigo Cruz/The New York Times)

Para desacelerar o aquecimento global: imposto sobre emissões de carbono


O meio ambiente teve apenas um papel modesto na recente eleição presidencial dos Estados Unidos. O presidente Obama elogiou os novos padrões de eficiência para combustíveis, além do apoio para o desenvolvimento de novas fontes renováveis, ao passo que Romney acusou o presidente de aumentar o preço da gasolina e criar novas restrições para a exploração de carvão mineral.
Entretanto, ainda que os ambientalistas lamentem a demora na reação americana às mudanças climáticas, os Estados Unidos estão seguindo um caminho muito melhor que o da Europa. O país está fazendo a transição do carvão mineral para o gás natural, está investindo em novas tecnologias energéticas e as emissões de carbono estão caindo muito mais rápido que na Europa.
Mas não queremos pintar um retrato cor-de-rosa. Desde que os líderes mundiais se encontraram em Quioto, no Japão, em 1997, concordando em reduzir as emissões de dióxido de carbono dos países industriais para cerca de 5 por cento abaixo dos níveis de 1990, mas até 2012 praticamente nada foi feito para desacelerar o acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera. Em 1990, as emissões de carbono aumentavam menos de 2 partes por milhão ao ano. Agora, estão crescendo cerca de 3 partes por milhão ao ano.
Como tão pouco pode ter sido feito durante esse tempo, apesar dos consideráveis custos econômicos do aquecimento global? Especialmente a Europa tem feito grandes esforços para se tornar a "líder mundial" em mudanças de hábito, gastando rios de dinheiro em fazendas eólicas e painéis solares. Mas, infelizmente, o impacto global dessas iniciativas foi quase nulo.
A principal razão para que as emissões estejam aumentando é o uso de carvão mineral – especialmente na China. Hoje, o carvão mineral é fonte de quase 30 por cento da energia mundial, enquanto que nos anos 1990 o total era de 25 por cento. As iniciativas europeias não afetaram as políticas chinesas de queima de carvão. Na verdade, a postura da Europa piorou a situação. À medida que o preço da energia subiu com o uso dos atuais combustíveis renováveis, setores que consomem muita energia estão se tornando menos competitivos e seus produtos passaram a ser importados para a União Europeia.

Segundo mulheres da Força Aérea dos EUA, má conduta sexual ainda é excessiva


Jennifer Smith, sargento técnica da Força Aérea norte-americana, entrou na sala de um oficial sênior na Base Aérea de Kunsan, na Coreia do Sul, com uma pilha de papéis. Ao invés de assinar os documentos, segundo ela, ele insistiu que ela se sentasse. "Ele me disse: 'é final de sexta-feira, por que você não tira a blusa e fica à vontade?'", lembrou Smith.
Na Alemanha, um sargento que se ofereceu para acompanhá-la até sua casa tentou agredi-la sexualmente, ela disse, e só parou quando colegas de trabalho intervieram. Na Base da Força Aérea de Shaw, na Carolina do Sul, onde ela acabou reclamando sobre pornografia e outros materiais explícitos nos computadores da sua unidade, um supervisor a aconselhou a ficar quieta, ela contou.
Durante sua carreira de 17 anos como mulher alistada fazendo trabalho administrativo para esquadrões da Força Aérea, Smith disse ter sofrido repetidas agressões e assédios sexuais. Ela disse que agora está decidida a contar tudo, depois de ficar calada por muitos anos, já que os oficiais superiores estavam envolvidos ou pareciam tolerar comportamentos impróprios vindos dos pilotos, um dos grupos militares mais de elite.

Segundo mulheres da Força Aérea dos EUA, má conduta sexual ainda é excessiva