GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 25 de agosto de 2012

Caraguatatuba precisa de reformas políticas urgentes

Gostaria de alertar que a nossa Caraguatatuba necessita, com urgência, de reformas essenciais no Legislativo.

Faltam também planos estratégicos, sobretudo para as áreas da educação, cultura, saneamentos básicos e transporte.

Ora, se é difícil fazer grandes reformas e grandes planos estratégicos, podemos, pelo menos, avançar aos poucos na hora de votar e escolher melhor os nossos vereadores a serem eleitos.
O que não podemos é continuar parados, sem avançar nas reformas que agora parecem adiáveis, mas serão vistas como urgentes, quando chegar à próxima crise.

O PRB conta com você na hora de você escolher na urna o seu candidato...

Aviso aos seguidores


Aviso aos seguidores, a partir e hoje o Blog do Guilherme Araújo NÃO vai aceitar as matérias que são enviadas através de e-mails, MSN, torpedos e muitas das vezes o consultor de negócios e políticas Guilherme Araújo é procurado por assessores de vereadores, funcionários da Câmara Municipal de Caraguatatuba e Prefeitura Municipal de Caraguatatuba para denunciar sobre diversos assuntos.
As publicações e postagens (só) serão publicadas após o denunciante autorizar que sua identidade seja revelada, esta medida esta sendo tomada, porque que as mesmas pessoas que enviam as matérias, são os mesmos que vem atualmente criticando arduamente o Blog do Guilherme Araújo pelos 04 (quatros) cantos da cidade de Caraguatatuba.

Obrigado


Estou muito feliz com o resultado das enquetes e visita aos moradores e eleitores de Caraguatatuba. Agradeço de coração a cada um dos cidadãos que acreditam na mudança verdadeira e que enxergam em mim, no meu partido, o PRB, e nos aliados da coligação "Avança Caraguá" a alternativa que Caraguatatuba tanto buscava. 

Queremos escrever uma nova história para Caraguatatuba na qual as pessoas que vivem nesta terra sejam personagens principais. A colaboração e a participação de todos são reflexos desse resultado positivo. É possível, sim. Tá na nossa mão.

Obrigado pelos apoios de intenções de voto. Seguirei com humildade trabalhando cada dia mais até o último minuto. Quero muito que vocês participem da construção dessa nova história!



STF concede liberdade a fazendeiro acusado de matar Dorothy Stang


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta terça-feira, 21, liminar em habeas corpus que determina liberdade provisória para Regivaldo Pereira Galvão, condenado pelo Tribunal do Júri de Belém (PA) a 30 anos de prisão pela morte da missionária Dorothy Mae Stang. Segundo o ministro, o alvará de soltura deve ser cumprido "com as cautelas próprias", caso Regivaldo não esteja preso por outro motivo. Regivaldo está preso em Altamira (PA) desde setembro de 2011, quando se apresentou à polícia.
Marco Aurélio afirmou que a prisão preventiva deve se basear em razões objetivas e concretas, capazes de corresponder às hipóteses que a autorizem. Na decisão, o ministro afirma que, na sentença, "o juízo inviabilizou o recurso em liberdade com base no fato de o Tribunal do Júri haver concluído pela culpa", determinando a expedição do mandado de prisão. "Deu, a toda evidência, o paciente como culpado, muito embora não houvesse ocorrido a preclusão do veredicto dos jurados", afirmou.
Em maio, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia negado pedido de habeas corpus em favor do fazendeiro. O réu teve prisão preventiva decretada pelo presidente do Tribunal do Júri, como garantia de manutenção da ordem pública, e ingressou no STJ com pedido para recorrer em liberdade.
Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005 com seis tiros, no município de Anapu (PA). Na época, a defesa já havia alegado que o fato de o réu responder por crime hediondo não o impediria de recorrer em liberdade. Apontou também que haveria constrangimento ilegal na decisão que determinou a prisão preventiva, pois não haveria fato novo que a justificasse.

Defesa comemora e já fala em enviar novo texto ao STF


Ricardo Lewandowski devolveu a esperança, a confiança e o sorriso à defesa dos réus do mensalão. A absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) fez seu advogado, o criminalista Alberto Zacharias Toron, deixar o Supremo Tribunal Federal no início da noite reverenciando "a densidade" do voto do ministro revisor e se declarando "muito feliz, muito feliz mesmo", enquanto era cumprimentado e beijado por colegas de beca. "Toron, você é dez, dez, dez", abraçou-o Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o marqueteiro Duda Mendonça.
O voto de Lewandowski empolgou até quem não foi julgado ontem. Márcio Thomaz Bastos, o decano dos causídicos, viu na manifestação do revisor a brecha que esperava para retocar sua estratégia em favor do cliente, o executivo Roberto Salgado, do Banco Rural. "Provavelmente, apresentaremos novo memorial à luz das discussões de hoje (ontem). O contraditório (entre revisor e relator) é sempre melhor que o monólogo."
A defesa andava carrancuda, apreensiva até, sobretudo ao final da sessão de quarta-feira, quando o revisor se pôs a condenar implacavelmente - Henrique Pizzolato, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dois peculatos; Marcos Valério e seus ex-sócios, Cristiano Paz e Ramón Hollerbach, por corrupção ativa e dois peculatos. Mas, ontem, o cenário mudou.
"Vamos ter agora dois pontos de apoio, o voto do relator e o do revisor, para que os outros ministros façam as suas opções, ou até apareça uma terceira posição", declarou Thomaz Bastos.
O fator Lewandowski o faz mirar lá na frente alguma medida que possa fazer esticar no tempo a solução final do julgamento.
Para Toron, Barbosa "não apenas ignorou as provas dos autos, como as que apresentou foram distorcidas". Indagado sobre o fato de o revisor ter condenado todos os outros réus desse bloco e absolvido o deputado, ele ponderou: "As imputações são diferentes. Mas ainda não há nada a ser comemorado, vamos aguardar a continuação do julgamento." Ao sair do plenário, ele deparou com foguetório dos grevistas no entorno da Corte e não resistiu: "É por causa do João Paulo?"

Jantar que une acusação, defesa e juiz


Os atores do mensalão frequentam dois cenários distintos em Brasília. Nos dias de sessão do Supremo Tribunal Federal, à tarde, advogados e ministros guardam distância protocolar e, não raras vezes, os bacharéis são tratados rispidamente. À noite, em festas pela capital, os doutos se confraternizam.
"Foi uma festa absolutamente democrática", disse ontem o advogado José Gerardo Grossi, de 80 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, aniversariante da noite de quarta-feira. Carismático, ele recebeu no tradicional Palace Brasília Hotel muitos convidados. Estavam no mesmo ambiente protagonistas e coadjuvantes do mensalão - acusação, defesa e julgador - como o ministro Marco Aurélio Mello e a mulher do ex-ministro José Dirceu, Evanise Santos.
O próprio Dirceu, que está recluso enquanto transcorre o julgamento, fez questão de ligar para o anfitrião e o felicitou. "Ele (Dirceu) me ligou parabenizando, é outra pessoa de quem gosto muito", afirmou Grossi.
A festa reuniu os notáveis da advocacia criminal, ora defensores dos réus do esquema que abalou o governo Lula. Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e advogado do executivo José Roberto Salgado, do Banco Rural, Arnaldo Malheiros Filho, que representa Delúbio Soares, Alberto Zacharias Toron, defensor do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), Pierpaolo Bottini, constituído pelo ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP).
No mesmo ambiente, estavam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e seu antecessor, Antonio Fernando de Souza, acusadores do mensalão. Assim como o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu de outro mensalão - o mineiro.
Língua afiada. Num canto, faceiro, Marco Aurélio estava rodeado pelos convivas e, com a língua afiada, de tudo falava. Indagado sobre o que quis dizer com contraponto no julgamento, ele assim se manifestou: "Pretendi restabelecer a harmonia na Corte".
Aqui e ali, o tema das rodinhas era o julgamento. "O comentário geral era a expectativa em relação à conclusão do voto do relator", disse o ministro Marco Aurélio. "Houve uma inversão na apreciação da conduta dos réus."
O anfitrião ficou emocionado com o carinho recebido dos amigos. "A festa foi absolutamente democrática. Veio o José Batista Sobrinho, do Friboi, maior abatedouro de carne bovina do mundo, e a Maria José, que passa a nossa roupa há muitos anos", disse Grossi

Direito GV comenta semana do julgamento do mensalão


Os ministros do STF deram continuidade nesta semana ao julgamento da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão, dando os primeiros votos de condenação e absolvição aos envolvidos no esquema de corrupção. Acompanhe a análise feita pelos professores da Direito GV sobre o caso.
Acompanhe o balanço da semana com os professores da Direito GV:
Veja também a página especial sobre o caso do mensalão e fique por dentro das novidades do julgamento, considerado o mais complexo já enfrentado pela Corta suprema.

'Meu pai já foi condenado, destruíram a imagem dele'


A reclusão adotada pelo ex-ministro José Dirceu desde a aproximação do julgamento do mensalão tem sido reproduzida por sua família e amigos mais próximos para evitar qualquer declaração sobre o escândalo. Mas seu filho mais velho, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), rompeu o silêncio e falou sobre como o réu e sua família estão vivendo esses "sete anos de pancadaria", desde que Dirceu deixou a Casa Civil.
Como seu pai está enfrentando o julgamento do mensalão?
São sete anos de pancadaria, né? Meu pai está sendo massacrado. Nada do que acontecer daqui para frente pode ser pior, nem para ele, nem para nós, do que tudo o que passamos nesses sete anos. É tão difícil falar sobre isso, por isso nunca falo. Vou dizer o quê? Ele é meu pai e eu amo o meu pai.
E vocês, filhos, como reagem ao ver seu pai sendo julgado como mentor do mensalão?
Eu ainda estou mais acostumado com o jogo político, vivo na política há muitos anos, sou jovem, tenho 34 anos, mas tenho uma trajetória considerável, já fui prefeito de Cruzeiro do Oeste (Paraná) por duas vezes. Mas para as minhas duas irmãs, que não são dessa área, está sendo ainda mais difícil de lidar com esta situação. Elas são novas, uma delas tem 22, a outra tem 24 anos, imagine como fica a cabeça delas?
O senhor disse que nada pode ser pior do que o que já passaram. Nem se ele for condenado?
Mas ele já foi condenado. Destruíram a imagem dele, que tanto tempo ele levou para construir. O que pode ser pior que isso? É um massacre, inclusive por parte da mídia. É claro que estamos todos confiantes no resultado do julgamento do Supremo. Mas ele vive como condenado. E a família sofre junto, eu, minhas irmãs, minha avó de 92 anos, que é a mãe dele.
Sua avó acompanha o noticiário sobre o assunto?
Ah, ela não entende exatamente o que está acontecendo, mas ela lê, assiste aos jornais na TV. É muito difícil para ela. Traçando um paralelo, a minha avó foi criada na Igreja Católica, ela nunca entendeu essa coisa de guerrilha, da qual meu pai participava. Passados dez, 20 anos, hoje ter sido engajado nas lutas de guerrilha é até motivo de orgulho nacional. Essas acusações de agora, daqui a um tempo, vão pesar. Não sei qual será o peso, mas haverá.

Defesa comemora e já fala em enviar novo texto ao STF


Ricardo Lewandowski devolveu a esperança, a confiança e o sorriso à defesa dos réus do mensalão. A absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) fez seu advogado, o criminalista Alberto Zacharias Toron, deixar o Supremo Tribunal Federal no início da noite reverenciando "a densidade" do voto do ministro revisor e se declarando "muito feliz, muito feliz mesmo", enquanto era cumprimentado e beijado por colegas de beca. "Toron, você é dez, dez, dez", abraçou-o Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o marqueteiro Duda Mendonça.
O voto de Lewandowski empolgou até quem não foi julgado ontem. Márcio Thomaz Bastos, o decano dos causídicos, viu na manifestação do revisor a brecha que esperava para retocar sua estratégia em favor do cliente, o executivo Roberto Salgado, do Banco Rural. "Provavelmente, apresentaremos novo memorial à luz das discussões de hoje (ontem). O contraditório (entre revisor e relator) é sempre melhor que o monólogo."
A defesa andava carrancuda, apreensiva até, sobretudo ao final da sessão de quarta-feira, quando o revisor se pôs a condenar implacavelmente - Henrique Pizzolato, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dois peculatos; Marcos Valério e seus ex-sócios, Cristiano Paz e Ramón Hollerbach, por corrupção ativa e dois peculatos. Mas, ontem, o cenário mudou.
"Vamos ter agora dois pontos de apoio, o voto do relator e o do revisor, para que os outros ministros façam as suas opções, ou até apareça uma terceira posição", declarou Thomaz Bastos.
O fator Lewandowski o faz mirar lá na frente alguma medida que possa fazer esticar no tempo a solução final do julgamento.
Para Toron, Barbosa "não apenas ignorou as provas dos autos, como as que apresentou foram distorcidas". Indagado sobre o fato de o revisor ter condenado todos os outros réus desse bloco e absolvido o deputado, ele ponderou: "As imputações são diferentes. Mas ainda não há nada a ser comemorado, vamos aguardar a continuação do julgamento." Ao sair do plenário, ele deparou com foguetório dos grevistas no entorno da Corte e não resistiu: "É por causa do João Paulo?"

Defesa deve comandar segurança de eventos


Cauteloso e escolhendo com cuidado as palavras, o ministro da Defesa, Celso Amorim, indicou ontem que o órgão se prepara para assumir o comando da segurança nos grandes eventos previstos para o Brasil de 2013 a 2016, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. A medida colocaria em papel secundário a Polícia Federal, cujos agentes atualmente participam das greves por aumento salarial e reestruturação da carreira.
Amorim afirmou que caberá à presidente Dilma Rousseff determinar qual será o papel das Forças Armadas nesse caso, mas ressaltou que os militares estarão prontos, se forem chamados, para cumprir a missão. "Não estamos reivindicando nada. Agora, se for necessário, naturalmente estaremos (prontos). Alguma função seguramente haverá", afirmou Amorim, após participar de evento na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O ministro destacou que quem fará o controle do espaço aéreo durante os eventos será a Força Aérea Brasileira e lembrou que, durante a Rio+20, navios da Marinha patrulharam o litoral. Também na defesa cibernética, declarou, poderá haver ajuda da área militar. "Agora, qual papel exatamente, vamos ter é a presidenta que vai decidir", repisou.
O ministro ressaltou que as Forças Armadas também têm como atributo atuar na área de segurança pública, de forma "supletiva". "A Constituição prevê que (segurança pública) é primordialmente tarefa dos Estados. Mas evidentemente quando há um envolvimento, o poder público federal também pode ser acionado. Como de fato foi por exemplo no caso da Rio+20. O que vai acontecer exatamente nos eventos futuros eu não sei, porque a presidenta é quem vai decidir. E as Forças Armadas desempenharão o papel que for pedido a elas desempenhar."

Voto prenuncia vitória da tese do caixa 2, diz Bastos


O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos disse ontem que o voto do revisor Ricardo Lewandowski, pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) no julgamento do mensalão, abre caminho para o triunfo da tese de caixa 2.
"Acho que é um começo de reconhecimento da procedência dessa tese. De certa maneira é uma vitória da tese do caixa 2, que não fui eu quem criou, apesar dessa lenda urbana aí de que fui eu quem inventou."
Caixa 2 é a versão apresentada por um núcleo de réus do mensalão para tentar justificar saques em espécie na boca do caixa. A proposição de crime eleitoral se contrapõe à acusação da Procuradoria da República - endossada pelo relator, Joaquim Barbosa -, que imputa aos acusados peculato, quadrilha, corrupção, lavagem de dinheiro e evasão, ilícitos punidos com reclusão.
João Paulo alegou que os R$ 50 mil que sua mulher resgatou em uma agência do Banco Rural foram usados para pagamento de pesquisas eleitorais. "Isso (tese de caixa 2) vai ser agora caldeado nos debates", prevê Thomaz Bastos. "Deixamos o pensamento único, que é o pensamento da acusação, encampado pelo relator, e passamos a um outro tipo de pensamento. Agora tem divergência e, portanto, tem diálogo e discussão, avaliação e sopesamento de teses. O julgamento fica mais vivo e mais justo."
Bastos foi homenageado em almoço oferecido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), no Jockey Club, e fez palestra sobre direito de defesa. Nos autos da Ação Penal 470 é defensor do executivo José Roberto Salgado, do Banco Rural. Para ele, "depois do voto do Lewandowski, o voto dos outros ministros vai ser mais vivo, mais submetido a debate, à discussão, porque abriu uma outra vereda".
Cronograma. Thomaz Bastos reprovou a hipótese de o ministro Cezar Peluso, que se aposenta no dia 3, antecipar seu voto integralmente. "Votar antecipadamente é um direito que ele tem, é bom que ele vote. É um juiz experimentado, conhece esse processo desde o começo. Mas não acredito que ele possa, nem deva, apresentar voto completo porque iria assumir o papel de relator e de revisor. Iria votar sobre matérias que não foram discutidas nem por um nem pelo outro, então iria tomar essa posição, o que acho que é ilegal. Não acredito que ele vá fazer isso."
O ex-ministro fez críticas à lentidão do julgamento. "O cronograma do julgamento já foi mesmo para o espaço, não vai ser obedecido. Fui intimado a permanecer no julgamento até 30 de agosto, mas acho que não termina nem em 30 de setembro, pelo andar da carruagem."
Na palestra para cem advogados, o ex-ministro protestou contra a censura que sofreu por ter defendido o contraventor Carlos Cachoeira - até um amigo, professor de Direito, o reprovou por e-mail que chegou ao seu conhecimento. "Vivo essa quadra da minha vida como se fosse uma espécie de Joana D'Arc do direito de defesa. Fui questionado, incompreendido, eu, que tenho biografia notória, fui ministro da Justiça e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Senti na pele e na carne como é importante o direito de defesa. Criou-se certa indignação, como se alguns acusados não merecessem a defesa. Levar esse raciocínio no limite é a estrada aberta para o Estado de ditadura. Nem na ditadura militar talvez tenhamos tido tamanha escalada contra o direito de defesa."
Ele reportou-se ao julgamento do mensalão e ao episódio em que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, indeferiu rispidamente a manifestação de um defensor. "Até no STF tentou-se calar a palavra do advogado, tentou-se censurar a temperatura alta que o advogado deve usar quando quer efetivamente defender uma pessoa quando precisa cumprir o seu dever de afrontar o juiz, de transgredir o juiz, de invocar a suspeição do juiz. Novos obstáculos, novos tsunamis estão aparecendo no horizonte contra o direito de defesa."

'Juiz não pode se pautar por opinião pública', diz revisor


O ministro revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski, disse ontem que já esperava críticas por seu voto pela absolvição do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) e afirmou não pautar suas decisões pela opinião pública. Defendeu a independência do Judiciário e disse esperar que os magistrados não temam "pressões de qualquer espécie".
"Acho que o juiz não deve ter medo das críticas porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública", afirmou. "Já esperava as críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho. Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões de qualquer espécie."
O voto do revisor pela absolvição do deputado João Paulo Cunha e dos ex-sócios da SMPB - Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach - no caso do contrato da agência com a Câmara dos Deputados, marcou sua primeira divergência com o relator do processo, Joaquim Barbosa. Para Lewandowski, o petista não cometeu os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dois peculatos que foram atribuídos a ele pelo Ministério Público. Barbosa, ao contrário, entendeu que o réu deve ser condenado em todos estes casos - e pediu também a condenação dos sócios da SMPB por corrupção ativa e peculato.
Lewandowski procurou minimizar a divergência e afirmou que isso vai auxiliar o tribunal a tomar uma decisão. "Cada juiz tem uma visão muito particular do conjunto de provas que existe no processo. Então, esse contraponto entre relator e revisor ajudará os demais ministros a decidirem o que se contém nos autos."
O ministro disse ainda não se preocupar se vencerá a disputa com Barbosa. "Nós, que vivemos em um ambiente colegiado, estamos acostumados a divergir, a ver nossas posições vencedoras ou perdedoras. Isso faz parte. Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, é o destino dos réus."
O revisor afirmou que nos próximos itens ele e Barbosa podem abreviar a exposição em plenário fazendo a distribuição do voto aos colegas. "Eu tenho certeza de que nós podemos melhorar o nosso processo, nossa metodologia de julgamento, abreviando os votos", disse. "Vamos fazer o possível para que esse processo tenha um curso célere", completou Lewandowski.
Desfalque. A uma semana de deixar o Supremo ao se aposentar compulsoriamente por causa do aniversário de 70 anos, o ministro Cezar Peluso mantém o suspense sobre sua participação no julgamento do mensalão. Ontem, ao receber a Medalha do Pacificador no Quartel-General do Exército, em Brasília, o ministro recusou-se a dizer se antecipará a íntegra de seu voto antes de se aposentar ou se sua participação será curta. "Vocês verão na hora oportuna", disse Peluso.
Ministros afirmaram que Peluso não deve antecipar seu voto dando suas sentenças sobre todos os réus - e não de forma "fatiada" conforme o rito sugerido por Barbosa e aceito pelo plenário do Supremo. Ainda segundo os ministros, Peluso deve apenas cumprir o cronograma normal de julgamento. Assim, deve votar no primeiro dos itens da ação penal do mensalão, que envolvem os contratos do fundo Visanet, do Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados com as agências de publicidade do empresário mineiro Marcos Valério. Os réus são Valério e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e João Paulo.
O chamado "núcleo político do mensalão", no qual está o ex-ministro José Dirceu, está no fim da fila de "fatias". Não deve, portanto, ser julgado por Peluso.

Na TV, candidato tucano apresenta novas propostas

Enquanto os candidatos à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB) optaram por repetir seus programas de estreia no horário eleitoral que foi ao ar no período da tarde de ontem, a campanha do tucano José Serra apostou na estratégia de apresentar novas propostas nas áreas da saúde e educação e destacar a parceria com o governador Geraldo Alckmin. Na ponta nas pesquisas de intenção de voto ao lado de Serra, Celso Russomanno (PRB) também apresentou um vídeo novo. A campanha do PRB mostrou imagens de São Paulo ao som da narração de uma mulher que atua como se fosse a cidade. "É preciso estar atenta para não me iludir de novo", diz a narradora, reclamando de estar "cansada de promessas". 

Após absolver João Paulo, Lewandowski diz que 'juiz não pode ceder a pressões'


O ministro revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira, 24, que já esperava "críticas" e "incompreensões" por votar a favor da absolvição do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Ele defendeu que um juiz não pode dar seu voto de acordo com pressões da opinião pública.
"Eu acho que o juiz não deve ter medo das críticas, porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis, não pode se pautar pela opinião pública", disse Lewandowski após participar de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o uso do amianto na indústria brasileira.
O ministro admitiu que seu voto foi um "contraponto" ao do relator Joaquim Barbosa, que tinha defendido a condenação. Disse que essa divergência é positiva para ajudar os outros integrantes do Supremo a decidirem. "Cada juiz tem uma visão muito particular do conjunto de provas que existe no processo. Então, esse contraponto entre relator e revisor ajudará os demais ministros a decidirem o que se contém nos autos".
Lewandowski afirmou que o julgamento poderá ser acelerado nas próximas semanas com a distribuição antecipada dos votos e abreviação das exposições. Disse ainda não se importar se seu voto vai sair vencedor ou não.
"Nós que vivemos em um ambiente colegiado, nós estamos acostumados a divergir, a ver nossas posições vencedoras ou perdedoras. Isso faz parte. Nós não levamos nada pessoalmente, defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus", afirmou o ministro revisor.

Aluna morre na sala de aula e faculdade é acusada de impedir socorro


A estudante Angelita Pinto, de 28 anos, aluna do 1º semestre do curso de Ciências Contábeis das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), morreu na noite desta quinta-feira, 23, dentro de uma sala de aula, no Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.
Segundo familiares, a vítima sofria de arritmia cardíaca e parou de tomar os remédios há um mês por orientação médica. Testemunhas disseram à polícia que a aluna começou a passar mal por volta de 21h30, mas os colegas de classe foram impedidos pela faculdade de levá-la ao Hospital São Luiz, que fica a cerca de 2 quilômetros da instituição.
Ainda de acordo com o relato dos estudantes à polícia, amigos de Angelita tentaram socorrê-la dentro da sala de aula até a chegada do Corpo de Bombeiros, cerca de 40 minutos após o primeiro chamado. Uma unidade do SAMU também foi solicitada, mas quando os paramédicos chegaram ao local, a estudante já estava morta.
A reportagem do 'Estado' tenta falar com a direção da FMU desde o começo da manhã desta sexta-feira, mais ainda não houve resposta.
O marido da universitária, José Carlos dos Santos, disse que pretende processar a FMU. "Foi praticamente um homicídio", afirmou. "Não tem uma enfermeira. Se o pessoal comer uma coxinha e engasgar, morre".
A extensão do percurso, feito de carro, entre a faculdade e o Hospital São Luiz, localizado na Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, no mesmo bairro, é de cerca de 2 quilômetros.