O espírito esportivo, baseado em histórias de superação e de dedicação, aliado à irreverência e à alegria do carnaval carioca promete contagiar o público durante os dias de folia no Rio de Janeiro. Impulsionada pelo enredo Olê, lê! Olá, lá! As Paralimpíadas Vêm Aí E O Bicho Vai Pegar!, a escola Embaixadores da Alegria vai levar cerca de 50 atletas paraolímpicos para a Avenida Marquês de Sapucaí com o objetivo de destacar a inclusão por meio do esporte.
Única agremiação do mundo voltada para pessoas com deficiência, a escola vai abrir - pelo terceiro ano consecutivo - o Desfile das Campeãs no dia 25 de fevereiro, data em que se apresentam as melhores escolas do Grupo Especial do carnaval carioca.
De acordo com um dos diretores da Embaixadores da Alegria, Paul Davies, serão ao todo 1.800 componentes, entre pessoas com qualquer tipo de deficiência, parentes e amigos, que vão atravessar a avenida numa lição de esforço e inclusão social por meio da arte.
“Escolhemos o enredo porque Londres vai sediar, este ano, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Acho que a escolha foi um grande sucesso, porque vamos ter pessoas ligadas aos Jogos da Inglaterra e quase 50 para-atletas brasileiros desfilando pela primeira vez na Sapucaí. Vai ser muito emocionante."
O desfile também vai contar com um grande carro alegórico adaptado e cheio de cores.
Outra escola que vai levar para a Marquês de Sapucaí a história de quem venceu preconceitos e transformou limitações em oportunidades de sucesso é a Acadêmicos do Grande Rio. A escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, promete encantar o público com o enredo Eu Acredito Em Você! E Você?
Na ala dedicada ao esporte como ferramenta de superação, um carro alegórico trará como destaque o nadador para-olímpico Clodoaldo Silva.
Para o atleta, manifestações de destaque como estas do carnaval carioca revelam que o Brasil está caminhando “para se tornar primeiro mundo em questões de respeitabilidade às pessoas com deficiência”.
“Muito desse espaço que conquistamos devemos ao esporte paraolímpico, que já é referência nacional e garante visibilidade ao tema”, afirmou.
Apesar de contabilizar avanços, o esportista destacou que os maiores desafios que o Brasil ainda precisa enfrentar são a ampliação da acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
“Estes são os dois grandes desafios. Se conseguirmos oferecer acessibilidade e inclusão no mercado de trabalho o Brasil vai ser um país muito melhor do que já é e as pessoas com deficiência terão mais liberdade”, acrescentou. "Estamos caminhando lentamente, mas com toda esta visibilidade que estamos tendo, vamos crescer em todos os segmentos."
O Ministério Público Federal propôs, no último dia 13, uma ação civil pública por improbidade administrativa contra os ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, além de outras 17 pessoas. Os acusados são, segundo o MP, envolvidos num esquema que desviou verba pública federal em favor de campanhas eleitorais do casal Garotinho. Se condenados na Justiça Federal, entre outras penas, o casal Garotinho poderá perder os direitos políticos por até dez anos.
O procurador da República Edson Abdon sustenta que o “Esquema das ONG's”, supostamente montado na gestão da governadora Rosinha, envolvendo a contratação irregular de organizações não governamentais pela Fundação Escola do Serviço Público (Fesp) — órgão estadual — também desviou recursos de uma empresa pública federal: a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). O Ministério Público estadual já apontara o desvio de recursos públicos estaduais no “esquema”.
O MPF constatou que a CPRM contratou, em 2 de janeiro de 2004, a Fesp, num contrato emergencial e sem licitação, para prestar serviços técnicos de informática. O valor do contrato foi de R$ 780 mil. Um mês antes, no entanto, a Fesp, incapaz de prestar ela mesma o serviço, já tinha recebido três orçamentos de organizações para a subcontratação. O escolhido foi o Instituto Nacional de Aperfeiçoamento da Administração Pública (INAAP), que cobrou R$ 757 mil. O MPF constatou que o serviço nunca foi realizado.
“(...) a inevitável conclusão que se chega é a de que os recursos empregados pela empresa pública federal possuíam um único destino: o financiamento das campanhas eleitorais dos réus Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho”, diz o procurador na ação.
O procurador lembra que, num processo anterior, o Ministério Público estadual constatou também a remessa de dinheiro repassado a essas ONGs pelo governo Rosinha para as campanhas do casal Garotinho.
Procurado, o ex-governador Anthony Garotinho disse que não tinha conhecimento da ação movida pelo MPF. Disse ainda: “Não dá para acreditar que seja sério (a ação). Todo ano de eleição é assim. Ficam esquentando coisas antigas”.A ex-governadora Rosinha não foi encontrada.
